Primavera chegou para o Brasil, mas bitcoin (BTC) e as criptomoedas seguem no longo inverno; entenda
Taxas mais altas por lá devem manter o preço do BTC pressionado e o mercado de criptomoedas não deve buscar cotações mais altas tão cedo
O hemisfério sul entrou no seu equinócio de primavera nesta quinta-feira (22), mas os investidores em criptomoedas ainda estão de olho no longo inverno: o bitcoin (BTC) permanece pressionado na faixa dos US$ 19 mil e não deve voltar a florescer tão cedo.
A metáfora das estações realmente cai como uma luva aqui. O Banco Central brasileiro manteve os juros inalterados em sua mais recente reunião de política monetária, dando sinais de um possível fim do ciclo de altas da Selic.
Já no norte geográfico, o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) decidiu pela terceira elevação de 0,75 ponto porcentual consecutiva da taxa básica, colocando-a na faixa entre 3,00% a 3,25% ao ano.
Traduzindo esses eventos para o mercado de criptomoedas: os investidores brasileiros podem se beneficiar de uma queda de juros locais, mas quem acaba exercendo mais influência sobre o preço do bitcoin é o Fed.
Ou seja, taxas mais altas por lá devem manter o preço do BTC pressionado e o mercado de criptomoedas não deve buscar cotações mais altas tão cedo.
Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:
Leia Também
O bitcoin está morto? Se você investisse um dólar a cada vez que profetizaram a morte da criptomoeda, estaria milionário
Uptober vermelho: Bitcoin encerra outubro em queda acumulada pela primeira vez em 7 anos
| # | Nome | Preço | 24h % | 7d % |
| 1 | Bitcoin (BTC) | US$ 19.252,08 | -0,04% | -4,64% |
| 2 | Ethereum (ETH) | US$ 1.309,16 | -3,45% | -17,69% |
| 3 | Tether (USDT) | US$ 1,00 | -0,01% | 0,00% |
| 4 | USD Coin (USDC) | US$ 1,00 | 0,01% | 0,00% |
| 5 | BNB (BNB) | US$ 270,74 | 0,24% | -2,11% |
| 6 | XRP (XRP) | US$ 0,4422 | 9,77% | 32,23% |
| 7 | Binance USD (BUSD) | US$ 0,9999 | 0,07% | -0,04% |
| 8 | Cardano (ADA) | US$ 0,4571 | 0,84% | -3,93% |
| 9 | Solana (SOL) | US$ 32,31 | 0,32% | -4,40% |
| 10 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,5935 | 0,48% | -2,38% |
Bitcoin X Federal Reserve
O efeito imediato do aumento de juros no preço do bitcoin foi a liquidação de mais de US$ 334 milhões em criptomoedas. O token BTC chegou a despencar para os US$ 18.100, mas conseguiu recuperar patamares mais elevados de preço ao longo da madrugada no Brasil.
Entretanto, esse efeito rebote já era esperado — o problema é o que vem a seguir.
Alguns analistas já enxergam que as métricas on-chain indicam uma fraqueza das cotações, que podem despencar até os US$ 17.500.
Perspectiva de juros
O longo inverno cripto não deve acabar tão cedo. Quem praticamente deu isso como certo foi o comunicado após a decisão de juros.
Isso porque a expectativa é de que a taxa de juros termine o ano acima dos 4%, em 4,4%, uma revisão para cima de 1 ponto percentual em relação à estimativa de junho. O comitê norte-americano então vê o juro subindo para 4,6% em 2023.
Só a partir de 2024, a tendência é de que o juro nos EUA diminua e encerre o ano em 3,9% e depois em 2,9% em 2025.
Juros por todos os lados
O efeito dos juros nos EUA sobre as cotações das criptomoedas é potencializado pelo cenário de aperto monetário geral nas principais economias do planeta.
Não apenas o Federal Reserve, mas também o Banco da Inglaterra (BoE, em inglês), elevou os juros em 50 pontos base, a sétima elevação consecutiva, para 2,25% ao ano; o Banco Central Europeu (BCE) também já deu sinais de que deve apertar ainda mais a política monetária por lá, ao passo entre 50 e 75 pontos base.
E como isso afeta as criptomoedas e o bitcoin?
Um juro mais alto por mais tempo deve impedir que ativos de risco — como ações e criptomoedas — busquem uma valorização durante esse período.
Ativos mais seguros — como títulos do Tesouro de grandes economias — tendem a atrair os investidores durante períodos de incerteza. Isso gera uma fuga de investimentos mais voláteis e, consequentemente, a queda nas cotações.
Uma luz no fim do túnel?
Analistas do mercado de criptomoedas entendem que uma tese pode retirar as criptomoedas do atoleiro.
Ela se chama decoupling (dissociação, na tradução do inglês) e diz que as moedas digitais podem se distanciar das dinâmicas dos mercados tradicionais, o que pode beneficiar o setor.
Atualmente, o BTC não serve como proteção contra inflação ou reserva de valor porque está muito associado ao mercado acionário norte-americano.
Em outros termos, qualquer coisa que afete as bolsas de Nova York também influencia o desempenho das criptomoedas, apesar de serem mercados diferentes.
A partir do decoupling o preço das criptomoedas começará a reagir de outra maneira aos anúncios de juros, inflação, PIB e outros dados que afetam o mercado tradicional.O problema é que essa dissociação não tem prazo para acontecer.
Além disso, o mercado é altamente volátil e o investidor não deve esperar uma tese quase milagrosa para investir em criptomoedas. Sempre lembrando que o recomendado por especialistas é uma parcela de até 5% do seu portfólio exposto a ativos digitais.
Méliuz (CASH3) deve ter bom resultado no 3T25, prevê BTG; após queda de 40% desde o meio do ano, vale a pena comprar as ações?
Analistas projetam que a plataforma de cashback vai ter um Ebitda de R$ 20 milhões no terceiro semestre deste ano
Bitcoin (BTC) renova máxima histórica impulsionado por investidores de varejo
Criptomoeda superou os US$ 125 mil em meio ao feriado na China e ao “shutdown” nos EUA
Com recorde atrás de recorde do bitcoin, número de bilionários (e milionários) relacionados a criptomoedas salta forte de um ano para cá
Alta histórica do bitcoin impulsiona número de milionários e bilionários ligados a criptomoedas; estudo mostra salto expressivo em apenas um ano
Campos Neto sobre stablecoins: redução da intermediação bancária será o grande tema do universo dos criptoativos no curto prazo
Além disso, o ex-presidente do BC explica que a política monetária também está ameaçada com essa desintermediação
Bitcoin (BTC) atinge o patamar de US$ 117 mil nesta quinta-feira (18), impulsionado pelo corte de juros nos EUA
Além da criptomoeda mais valiosa do mundo, outros ativos digitais se aproveitaram da onda otimista para operar no verde hoje
ETFs de bitcoin (BTC) nos Estados Unidos acumulam entradas de US$ 2,34 bilhões em semana de preços estagnados
Só na última semana, as entradas líquidas acumularam US$ 2,34 bilhões, de acordo com dados do SoSoValue
Tether (USDT) planeja nova stablecoin para os Estados Unidos lastreada no dólar, de acordo com CEO
Em comunicado à imprensa, a Tether afirmou que a nova moeda digital foi projetado para cumprir a Lei Genius
Por que o Itaú BBA diz que o ethereum (ETH) será o novo protagonista do ciclo de alta no mercado cripto
O entusiasmo com o ETH, segunda maior criptomoeda do mundo, se apoia em uma recuperação vertiginosa após um início de ano pouco animador
IPO da Gemini surpreende com demanda 20 vezes maior que o esperado e faz preço das ações saltarem
Setor de criptoativos virou protagonista de ofertas públicas em Wall Street em 2025, após anos de desconfiança e embates regulatórios
Com novas regras nos EUA e otimismo no mercado, confira as criptomoedas para investir em setembro
Levantamento do Crypto Times traz indicações de Foxbit, MB Research, Coinext, Bitso, QR Asset, Vault Capital, Hurst Capital e BTG Pactual
Como uma atualização na rede do ethereum (ETH) fez disparar o roubo de tokens por meio de ‘phishing’
Golpistas roubaram mais de US$ 12 milhões da rede do ethereum por meio de esquemas de phishing em agosto, um aumento de 72% em relação a julho
Cruz da Morte: o que é o padrão que ameaça distanciar ainda mais o bitcoin (BTC) da busca por novos recordes
Pouco mais de duas semanas depois de atingir sua máxima histórica, bitcoin (BTC) agora acumula queda de mais de 10%
Hackers internacionais roubam US$ 28 milhões em dinheiro e criptomoedas na Coreia do Sul — até Jungkook, do BTS, entrou na mira
Rede de hackers desviou US$ 28 milhões em dinheiro e criptomoedas de investidores, celebridades e executivos na Coreia do Sul
Economista brasileiro lança robô que ‘vasculha’ o mercado em busca de criptomoedas com potencial de explodir; veja
Ferramenta desenvolvida por Valter Rebelo, economista do Insper, busca identificar ativos com potencial de multiplicar investimentos
Conheça a Cronos (CRO), criptomoeda que chegou a disparar mais de 40% após aquisição bilionária do Trump Media Group
A Crypto.com, desenvolvedora da CRO, é uma das principais parceiras de cripto da administração Trump
Grupo de mídia da família Trump fecha acordo de US$ 6,4 bilhões com empresa de criptomoedas
O movimento aprofunda os laços entre os negócios do presidente dos Estados Unidos e a indústria de criptoativos
Entre cortes de juros e barulhos de Brasília: por que o desafio brasileiro não dá trégua
Crescem os sinais de que os juros podem começar a cair por aqui, porém o cenário brasileiro não se resume apenas à inflação e à atividade econômica, contando com outros obstáculos
Ethereum (ETH) supera bitcoin (BTC) com máximas históricas. O que impulsionou a segunda criptomoeda mais valiosa do mundo?
Depois de um começo de ano difícil em 2025, o ethereum recuperou as perdas no último final de semana
Ele passou 5 anos em fuga sob suspeita de roubar R$ 70 milhões em criptomoedas — e acabou na cadeia por causa de uma bituca de cigarro
Suspeito teria lesado cerca de 1.300 pessoas em fraude com criptomoedas contra investidores na Coreia do Sul
Criptomoedas sobrevivem à ata do Fed e ganho passa de 10%; taxa de juros nos EUA é o nome do jogo
Com o Fed dividido e Congresso dos EUA de olho na regulação do setor, criptomoedas reagem a falas de dirigentes e ganham fôlego antes do decisivo encontro de Jackson Hole
