Bolsonaro venceu? Petrobras enfim reduz o preço da gasolina, mas até que ponto vai a influência do presidente?
Se a Petrobras tivesse baixado os preços por mera pressão do governo, as ações teriam desabado; entenda o que está por trás da redução
Nesta semana, os brasileiros receberam uma notícia que estavam esperando há meses: uma redução no preço da gasolina vendida pela Petrobras às refinarias.
Jair Bolsonaro aproveitou o episódio para divulgar a notícia em suas redes sociais, como um canto de vitória depois de tantas trocas no comando da Petrobras e tanta pressão sobre a companhia na mídia.
Isso gerou uma onda de preocupação entre os acionistas da petroleira, com medo de que a Petrobras finalmente tivesse perdido a independência e cedido às vontades do governo.
Mas será que o presidente ou o governo têm alguma coisa a ver com essa redução dos preços?
Calma, não é o que parece
Se a Petrobras tivesse baixado os preços por pura e simples pressão do governo, as ações iriam desabar.
Isso porque ela começaria a comprar gasolina por preços caros lá fora para revender por preços mais baixos no mercado interno. Comprar caro e vender barato: receita infalível para prejuízos bilionários.
Leia Também
Mas não foi o que aconteceu. A Petrobras baixou o preço dos combustíveis, sim. No entanto, não foi por conta da pressão política.
Mercado antecipou possível excesso de oferta do petróleo
O que aconteceu é que, nas últimas semanas, o mercado financeiro começou a se preocupar mais com a possibilidade de uma recessão global pela frente.
Isso impactaria o crescimento econômico, que por sua vez reduziria o consumo de combustíveis.
Faltaria demanda e sobraria oferta, o que deveria reduzir o preço da commodity no futuro.
Mas o mercado sempre tenta se antecipar, e isso levou a uma forte queda no petróleo em julho.
Consequentemente, as cotações da gasolina no mercado internacional também recuaram desde o início deste mês.
Com isso, a Petrobras decidiu cortar os preços. Não porque o governo forçou, ou porque o novo presidente da Petrobras chegou para arruinar a política de paridade internacional.
Essas coisas podem até acontecer no futuro e ainda representam o maior risco para os acionistas da companhia. Mas ainda não chegou o momento em que o governo pode se gabar de ter mudado na marra a estratégia da empresa.
Petrobras dá tanto 'leite' não cabe na jarra
De um lado, o governo não consegue mudar a estratégia da Petrobras, que segue muito lucrativa com o petróleo em patamares elevados.
De outro, investidores continuam apavorados com a possibilidade de uma interferência fazer todo o lucro virar pó de uma hora para a outra.
O resultado dessa combinação é uma empresa muito lucrativa e, ao mesmo tempo, muito barata.
Hoje a Petrobras negocia por apenas duas vezes lucros (linha preta) e absurdos 40% de dividend yield (linha verde).
Essa vaca dá tanto leite que não cabe na jarra!
Petrobras continua valendo a pena
Eu sei dos riscos e que esses lucros podem desaparecer de uma hora para outra. Mas, apesar de todas as ameaças nos últimos anos, não vimos nenhuma mudança drástica na política de preços da companhia até agora.
Além disso, vale lembrar que a Lei das Estatais pune severamente quem permitir o uso da Petrobras como instrumento para angariar votos.
Isso sem falar que o custo político e institucional para o país pode ser enorme, com ainda mais aumento do dólar e dos juros neste momento já bastante delicado.
Eu sigo atento aos possíveis problemas que podem atrapalhar os resultados da Petrobras. Mas neste momento ela faz por merecer a sua posição na série Vacas Leiteiras.
Um grande abraço e até a semana que vem!
Ruy
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.