🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

A Ilha: Taiwan pode virar o palco de uma nova guerra e abalar ainda mais a economia global?

O mundo voltou a falar da hipótese da China tomar Taiwan após a invasão da Ucrânia pela Rússia de Vladimir Putin

12 de junho de 2022
7:25 - atualizado às 14:26
Mapa da China e Taiwan
Mapa da China e de Taiwan - Imagem: Canva Pro

Nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), na China havia duas grandes forças políticas antagônicas: os nacionalistas, liderados pelo generalíssimo Chiang Kai-shek, e os comunistas, comandados por Mao Tsé-Tung.   

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em 1931, os imperialistas japoneses, que desejavam se transformar em uma potência produtora de matérias-primas, além da força militar que já eram, tinham invadido o território da China, através da província da Manchúria.

Para enfrentar o inimigo comum, e tentar pôr fim às atrocidades que cometiam contra a população chinesa, Mao e Chiang unificaram seus exércitos. Comunistas e nacionalistas esqueceram momentaneamente suas diferenças e passaram a lutar em aliança contra os invasores.

Nesse esforço conjunto, receberam, dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, auxílio em armas, munições, suprimentos e aeronaves (inclusive com os respectivos pilotos).

Terminado o conflito, com o lançamento das bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, Chiang Kai-shek e Mao Tsé-Tung voltaram a ser inimigos na disputa pelo poder.  A guerra civil chinesa, que ocorria antes da chegada dos japoneses, teve um, digamos, Segundo Tempo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após intensa luta fratricida, os comunistas venceram. Com o apoio dos Estados Unidos, os nacionalistas se refugiaram na ilha de Formosa (Taiwan), distante apenas 160 quilômetros do ponto mais próximo do litoral chinês. Isso aconteceu em dezembro de 1949.

Leia Também

Nessa ocasião, dois dos grandes aliados da Segunda Guerra, Estados Unidos e União Soviética, iniciaram uma disputa que ficaria sendo conhecida como Guerra Fria, agravada pelo primeiro teste nuclear dos russos, no Cazaquistão.

Em São Francisco, na Costa Oeste dos EUA, em 1945, fora criada a Organização das Nações Unidas, em substituição à fracassada Liga das Nações, que tinha sido totalmente incapaz de impedir a Segunda Grande Guerra.

Na ONU, ficou estabelecido que Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha, França e China seriam os Cinco Grandes. Teriam direito a veto nas reuniões do Conselho de Segurança da nova entidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Acontece que, por imposição dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, Taiwan passou a representar toda a China. Era como se o gigantesco país comandado por Mao Tsé-Tung simplesmente não existisse, embora lá vivesse mais de um quinto da população mundial.

Evidentemente, a China continental, inconformada com a decisão, se isolou do mundo, com exceção da União Soviética e de outros partidos comunistas da Ásia (Coreia do Norte, por exemplo) e do Leste Europeu, satélites de Moscou.

A reaproximação da China com os Estados Unidos

Passaram-se os anos.

A reaproximação sino-americana começou a ser costurada em 1971 no governo de Richard Nixon, pelo então assessor de Segurança Nacional (mais tarde, Secretário de Estado), Henry Kissinger, que viajou secretamente à China para se encontrar com o vice-líder do país, Chou En-Lai.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um ano depois, para grande surpresa mundial, Mao Tsé-Tung recebeu Nixon em Pequim e os dois países iniciaram relações, ainda tímidas mas amistosas.

A principal exigência de Mao Tsé-Tung era que a China continental representasse toda a China na ONU e que Taiwan fosse excluída do organismo. Além disso, as nações que quisessem estabelecer relações diplomáticas com Pequim teriam de rompê-las com a ilha de Formosa, que o governo chinês considerava (e continua considerando até hoje) uma província rebelde.

A era do pragmatismo

Mao Tse-tung morreu em 1976 e, com ele, um movimento extremamente obscurantista chamado Revolução Cultural.

Dois anos depois da morte de Mao, assumiu o poder Deng Xiaoping, o estadista que transformou a China numa nação moderna.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Foi dele a frase antológica:

Não importa se o gato é branco ou preto desde que mate o rato.”

Ao contrário de Mikhail Gorbachev, que implantara na União Soviética a Glasnost (transparência) e a Perestroika (reestruturação) Xiaoping se limitou à segunda.

O país continuou com partido único, sem liberdade de imprensa, e se manteve comunista só no nome e no retrato de Mao Tsé-Tung na Praça da Paz Celestial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em contrapartida, iniciou um avanço econômico estrondoso, passou a crescer em ritmo de dois dígitos, situação que permaneceu nos governos que sucederam ao de Xiaoping.

Em 2010, o PIB chinês ultrapassou o do Japão e se tornou o segundo maior do mundo, só atrás dos Estados Unidos.

Por enquanto.

Depois da Ucrânia vem Taiwan? 

Em fevereiro deste ano, a Rússia de Vladimir Putin invadiu a Ucrânia, numa atitude (guerra de conquista) que se considerava impensável nos tempos atuais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O mundo então voltou a falar da hipótese da China tomar Taiwan.

O próprio líder chinês atual, Xi Jinping, fez questão de não desmentir a conjectura e até andou insinuando a respeito.

Aviões da força aérea da China têm feito voos rasantes sobre águas territoriais de Taiwan – parte do espaço aéreo chinês no entender de Pequim.

Acho extremamente improvável que a invasão a Taiwan aconteça.

Tenho várias razões para pensar dessa maneira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Antes de mais nada, a operação teria de começar com um pesado bombardeio da ilha, o que causaria uma quantidade enorme de mortos, entre eles civis, mulheres e crianças.

Apesar da desproporcionalidade de território e população entre as duas Chinas (267/1 e 59/1), Taiwan é bem armada e irá se defender com a mesma coragem e garra da Ucrânia.

A ilha tem personalidade totalmente própria. Afinal de contas, restam poucos habitantes originários da fuga da China, que ocorreu já lá se vão 73 anos.

Ao contrário da época de Chiang Kai-shek, quando Formosa vivia sob a ditadura do generalíssimo, hoje em dia o regime é democrático, com presidente e vice-presidente eleitos a cada quatro anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os chineses continentais não têm outra alternativa a não ser a de se conformar que Taiwan é um país independente de fato, mesmo sem fazer parte da ONU nem ser reconhecido formalmente pelas demais nações.

Mesmo após a ousadia de Vladimir Putin invadindo a Ucrânia, duvido que o ponderado Xi Jinping imite o colega russo.

A China tem um objetivo, que logo será alcançado, de se tornar a maior economia do mundo. Para isso, o país depende do comércio internacional, do qual já é o principal player.

Uma invasão de Taiwan poria tudo isso a perder.

Ivan Sant’Anna

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?

11 de novembro de 2025 - 7:28

No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício

10 de novembro de 2025 - 19:57

Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje

10 de novembro de 2025 - 7:55

Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados

TRILHAS DE CARREIRA

Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas

9 de novembro de 2025 - 8:00

Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje

7 de novembro de 2025 - 8:14

Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde

SEXTOU COM O RUY

Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis

7 de novembro de 2025 - 7:03

Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR

6 de novembro de 2025 - 8:03

BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil

FII DO MÊS

É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar

6 de novembro de 2025 - 6:03

Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje

5 de novembro de 2025 - 8:04

Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje

4 de novembro de 2025 - 7:50

O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação

4 de novembro de 2025 - 7:10

Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998

3 de novembro de 2025 - 22:11

Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.

DÉCIMO ANDAR

Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários

2 de novembro de 2025 - 8:00

Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje

31 de outubro de 2025 - 7:58

A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi

SEXTOU COM O RUY

Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado

31 de outubro de 2025 - 6:07

A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje

30 de outubro de 2025 - 7:34

A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas

29 de outubro de 2025 - 20:00

Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje

29 de outubro de 2025 - 8:10

Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje

28 de outubro de 2025 - 7:50

A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul

28 de outubro de 2025 - 7:31

Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar