Bolsa começa semana em alta, a fintech promissora e outros destaques do dia
Já dá para farejar o cheirinho de decisão de política monetária no ar. E, enquanto os ingredientes que devem compor a decisão dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos já foram para o forno, os investidores estão ansiosos à espera da cereja do bolo — os dados de inflação ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês), que serão conhecidos amanhã.
Nas últimas semanas, o tom das negociações em Wall Street foi de cautela, acompanhando o discurso mais duro do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e de outros dirigentes do Fed que estiveram ao alcance de um microfone, elevando as apostas em uma nova eleição de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros americana.
Apesar de estar longe do que o mercado considera ideal, o tempo parece ter servido como bálsamo para a ferida e os investidores já aceitam com mais facilidade a ideia de um novo ajuste robusto — principalmente após o Banco Central Europeu (BCE) ter saído da sua zona de conforto no último encontro do bloco europeu.
Desde a reunião de julho do Fed, diversos dados econômicos mostraram sinais mistos para a atividade e inflação, mas os investidores esperam que a divulgação do CPI indique que a disparada dos preços já atingiu o pico e começará a arrefecer.
Essa visão mais otimista fez com que as bolsas em Nova York fechassem em alta de cerca de 1% — com destaque para o Nasdaq, que subiu 1,27%.
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar um avanço de mais de 1% ao longo do dia, o índice fechou o pregão com ganho de 0,98%, aos 113.406 pontos.
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Apesar de os investidores também repercutirem dados que mostram que a inflação segue apresentando sinais de melhora no Brasil, a curva de juros encerrou a sessão em leve alta, mas o dólar à vista recuou a 0,98%, a R$ 5,0974.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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