Mercado em 5 Minutos: Há quem diga que a ignorância é uma benção… Veja tudo o que influencia as bolsas hoje
A semana é relevante para o contexto internacional, com dados de inflação nos EUA — e eventuais surpresas negativas sobre os preços podem fazer com que os investidores saiam da ignorância

Bom dia, pessoal.
Lá fora, em dia de menor liquidez (China, Hong Kong e Coréia do Sul estiveram em feriado), os mercados asiáticos subiram nesta segunda-feira, aproveitando o impulso de ganhos nos Estados Unidos e em outras regiões no final da semana passada, com os investidores indiferentes à expectativa de mais aumentos nas taxas de juros com o objetivo de controlar a inflação.
Nota-se uma preferência por capturar as famosas "barganhas" (as ações que sofreram uma forte queda nos últimos pregões).
Não se esqueça, no entanto, que as preocupações com a desaceleração do crescimento e aumentos acentuados das taxas de juros continuam ao fundo.
Os ativos europeus e os futuros americanos também sustentam alta nesta manhã.
A semana é relevante para o contexto internacional, com dados de inflação ao consumidor e ao produtor agendados para serem apresentados nos EUA — eventuais surpresas negativas sobre os preços poderão fazer com que os investidores saiam da ignorância.
Leia Também
A ver...
00:50 — Quem adivinha os dados de atividade brasileira?
No Brasil, os ativos têm espaço para acompanhar o otimismo global neste início de semana.
Não só as ações europeias e americanas sobem nesta manhã, mas as commodities, de maneira geral, também o fazem, com o petróleo voltando a se aproximar de US$ 95 por barril no contrato Brent (referência para a Petrobras) e o minério de ferro acima de US$ 100 por tonelada — como sabemos, o mercado local é sensível aos preços das commodities.
Além de acompanharmos a euforia internacional, não podemos nos esquecer da agenda doméstica, com alguns indicadores de atividade previstos para serem entregues nos próximos dias.
Os dados do setor de serviço, os números do varejo e a variação do IBC-Br (proxy do PIB), todos referentes ao mês de julho, podem nortear as expectativas sobre o crescimento da economia brasileira, que até aqui vai bem.
No ambiente político, as novas pesquisas eleitorais devem apresentar pouca variação do cenário.
01:32 — Não vamos nos afastar tão cedo dos dados de inflação americana
Em 2022, a volatilidade parece ser o nome do jogo.
Nos EUA, por exemplo, as ações caíram, subiram e caíram novamente, impulsionadas pelas revisões das expectativas em constante alteração para as taxas de juros e a inflação.
Agora, depois de se encontrar com os 3.900 pontos na semana passada, o S&P 500 voltou a subir, sem perceber que o motivo pelo qual caiu na virada do mês ainda está presente.
Então, para onde ir agora? Temos dois pontos de atenção:
- Os dados de inflação desta semana; e
- Renovadas revisões nas expectativas dos lucros corporativos. Sobre o segundo ponto, desde junho, as projeções dos analistas para os lucros do S&P 500 no terceiro trimestre caíram cerca de 5,5%, enquanto as estimativas para 2023 se mantiveram melhores, com queda de 3,7%.
Tal evolução não parece adequada para um contexto de desaceleração nos EUA ou até mesmo recessão; afinal, o aperto monetário precisa ter efeito sobre a economia real.
Ao mesmo tempo, não podemos nos esquecer de eventuais frustrações nos preços ao consumidor e ao produtor que serão apresentados nesta semana — números mais altos do que o esperado por voltar a pressionar as ações.
02:45 — Decisões energéticas
Na semana passada, a reunião dos ministros de energia da União Europeia confirmou a tomada de decisão do G7, com o quadro geral sendo acordado (limites no preço de energia, novos impostos e reduções obrigatórias no consumo).
A ideia aqui é construir um plano para sobreviver ao inverno depois que a Rússia cortou alguns dos principais suprimentos de gás do continente — os russos forneciam cerca de 40% do gás natural da Europa antes de invadir a Ucrânia.
As medidas, entretanto, não impedem a elevação dos preços. Os custos totais anuais de gás e energia da UE podem subir para € 1,4 trilhão de apenas € 200 bilhões antes da guerra, com um aumento equivalente a 8% da economia.
Novidades devem ser apresentadas na quarta-feira, na fala da presidente do bloco, Ursula von der Leyen.
A situação europeia ainda não é favorável (assim como a dos russos, diga-se de passagem).
Apesar do desempenho positivo recente, seria natural esperar uma underperformance dos ativos europeus nesse momento em que a crise energética flerta com seu auge (o inverno) e a atividade mostra sinais de fraqueza.
03:34 — Por falar na Europa…
O euro voltou a ganhar força nos últimos dias, assim como faz nesta manhã.
O fôlego se deu depois que o Banco Central Europeu apresentou, na quinta-feira passada, a maior alta de juros desde que foi fundado em 1999.
Diante da inflação elevada, novos aumentos são esperados, o que atrai recursos para a Europa e fortalece o euro.
Essa tendência foi reforçada depois que o presidente do banco central alemão, Joachim Nagel, sinalizou que o Banco Central Europeu (BCE) provavelmente continuaria aumentando sua taxa básica, confirmando as expectativas formadas na semana passada.
O euro deve continuar a se valorizar na margem, enquanto a inflação europeia só deve se encontrar com seu pico em dezembro, em mais de 10%.
04:10 — A questão de Taiwan deve mudar o mercado de semicondutores
Recentemente, o governo Biden divulgou planos para seu investimento de US$ 50 bilhões na indústria de semicondutores dos EUA.
Com o objetivo de moldar uma importante indústria nos EUA e combater a China, os americanos têm grandes expectativas para o setor para os próximos anos.
De acordo com a Casa Branca, cerca de US$ 28 bilhões do fundo serão destinados a empréstimos para ajudar a construir instalações para fabricação de chips avançados e de ponta.
Outros US$ 10 bilhões serão destinados à expansão da fabricação para as gerações mais antigas de tecnologia usada em carros e tecnologia de comunicação.
Os últimos US$ 11 bilhões serão destinados à pesquisa e desenvolvimento.
Vale lembrar que os Estados Unidos já foram líderes na fabricação de chips semicondutores, mas perderam terreno para outros países como Taiwan, hoje líder absoluto na fabricação de semicondutores de última geração.
Os conflitos recentes com a China, contudo, estão provocando uma grande mudança no mercado, que deverá se consolidar na próxima década, recriando um mercado robusto de chips nos EUA.
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar
As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)
No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro
Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses
Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível