Mercado em 5 Minutos: Um respiro para a atividade global
Investidores assistem à divulgação do sentimento do consumidor de Michigan nos EUA e digerem dados de inflação na Europa. Por aqui, o contexto internacional conturbado dificulta qualquer ânimo para esta sexta-feira

Bom dia, pessoal.
Lá fora, as ações europeias caem na manhã desta sexta-feira (16), com os yields dos títulos alemães de 10 anos atingindo seu maior nível desde meados de junho.
Os investidores já aguardam por uma alta de juros nos EUA, mas novos alertas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional alimentaram os temores de uma desaceleração global, apesar dos bons dados verificados na China.
Em poucas palavras, o economista-chefe do Banco Mundial argumentou que está preocupado com um período de baixo crescimento e alta inflação pela frente, muito parecido com os argumentos do FMI.
O pessimismo foi o suficiente para pagar qualquer presságio mais positivo dos números de atividade chinesa, resultando em queda na maioria dos mercados asiáticos.
Os futuros americanos também caem nesta manhã, assim como boa parte das commodities.
Leia Também
A semana foi difícil para os ativos de risco globais, em especial depois do sell-off generalizado de terça-feira.
Infelizmente, as coisas não parecem muito diferentes para a conclusão da semana, devendo o tom mais pessimista espraiar para os ativos brasileiros também.
A ver...
00:52 — Teremos hoje um dia mais volátil
No Brasil, diante de um contexto mais complicado no âmbito internacional para os mercados, em especial de commodities (sinais de recessão global são ruins para as matérias-primas), fica difícil ficar animado com a sexta-feira.
A cereja do bolo é o exercício de opções na B3, que deverá elevar a volatilidade (há nos EUA também).
Os dados para a agenda do dia no âmbito local são menos relevantes, contando principalmente com as prévias de inflação pelo IGP-10 de setembro e o IPC-S da 2ª quadrissemana de setembro — ao que tudo indica, os dois devem mostrar deflação, enquanto caminhamos para mais um mês de queda no índice de preços.
01:23 — Os olhares sobre os americanos
Para o bem da economia americana e global, a greve dos ferroviários parece ter sido evitada com um acordo provisório entre as empresas ferroviárias e os negociadores sindicais — um aumento salarial de 24% durante o período de cinco anos de 2020 a 2024, bem como um pagamento imediato de cerca de US$ 11.000.
O acordo de última hora evita uma greve que poderia ter interrompido as cadeias de suprimentos em todo o país (cerca de 40% do comércio de longa distância é transportado por ferrovia, com uma greve poderia ter paralisado mais de 7.000 trens e custando à economia dos EUA cerca de US$ 2 bilhões por dia).
Com isso tirado do caminho, pelo menos por enquanto, podemos voltar a nos preocupar com todos o resto (só tem problemas), em especial com o risco de recessão.
Essencialmente, quanto melhor a economia, mais o banco central precisa usar os freios para desacelerar as coisas e manter a inflação sob controle (sinuca de bico).
Ao mesmo tempo, as taxas de juros mais altas são ruins para os valuations das ações, sendo que sempre há o risco de o Fed ir longe demais e empurrar a economia para uma recessão.
Ou seja, os dados de ontem, nos EUA, de um varejo e mercado de trabalho fortes acabaram sendo ruins para os ativos de risco.
Não há uma saída clara para a atual volatilidade, a não ser a inflação caindo de forma contundente, o que parece cada vez menos provável.
Por isso, hoje, os investidores estarão de olho nos dados de sentimento do consumidor de Michigan. Em vindo pior do que o esperado, o mercado começa a ver mais espaço para a inflação cair.
02:47 — Digerindo a inflação da Zona do Euro
Hoje, na Europa, se digere os dados de inflação, que vieram em linha com o esperado.
Os preços ao consumidor ficaram estável em agosto frente ao mês de julho, com crescimento 0,6% na comparação mensal e 9,1% na anual.
Apesar de não saírem muito fora das expectativas, os dados ainda não são animadores, com o núcleo de preços repousando em +4,3% em um ano (máxima histórica para a Zona do Euro).
Até agora, o dia parece ruim na Europa, com expectativa para a fala da presidente do BCE, Christine Lagarde, hoje mais tarde.
Espera-se que a autoridade mantenha o discurso mais agressivo, o que deverá voltar a pressionar ativos de risco e as estimativas para crescimento na União Europeia, que já estão bem ruins, principalmente por conta de toda a crise energética.
03:27 — China ainda respira
Na China, apesar da queda de hoje dos mercados por lá, os investidores foram surpreendidos positivamente com dados de crescimento.
Respondendo a uma produção de eletricidade e automotiva mais robusta, os números de produção industrial vieram mais fortes do que o esperado, crescendo 4,2% em agosto (comparação anual).
O número não é só mais alto do que o esperado, como uma aceleração frente ao dado de julho, quando o indicador marcou 3,8% na base anual.
Não apenas isso, mas as vendas no varejo também surpreenderam na mesma linha (aceleração entre os meses e acima do esperado), indicando que os estímulos econômicos começam a surtir efeito.
Apesar de soar positivo, o bom desempenho desses setores não sinaliza uma demanda global mais forte.
Ainda assim, já passam um indicativo um pouco melhor sobre o gigante asiático, podendo haver um respiro para as commodities na entrada do último trimestre de 2022, o que seria bom para o Brasil.
04:13 — Ethereum 2.0
Depois de muita espera, o mundo cripto passou por uma grande mudança ontem (15), quando foi finalmente concluída a atualização da rede do Ethereum (o ether é o segundo maior ativo digital depois do Bitcoin).
Conhecida como "The Merge", o evento é uma marca importante neste representativo segmento do mercado.
O que aconteceu e qual a razão de isso ser importante? Bem, o "Merge" se trata de uma mudança no mecanismo de funcionamento do protocolo para validação de transações.
Passa-se do método de Proof-of-Work (PoW), utilizado até hoje pelo Bitcoin e que necessita de um gasto energético maior, para Proof-of-Stake (PoS), que não depende de um esforço computacional tão intenso e, por isso, é mais amigável ao ambiente.
Para que isso aconteça, o Ethereum fundiu os dois blockchains que estava executando em um (por isso o termo "Merge", de fusão), podendo reduzir seu uso de energia em 99,95% e abrindo o caminho para o crescimento da rede.
Nossa especialista em criptos, Vinicius Bazan, apresentou uma comparação interessante: se o gasto energético do Bitcoin fosse o Burj Khalifa (prédio mais alto do mundo), o do Ethereum passa a ser o equivalente a um parafuso, tamanha a diferença.
Segundo um dos criadores da rede, Vitalik Buterin, o "Merge" reduzirá o consumo de energia global em 0,2% (ou seja, como o consumo atual é irrisório, o Ethereum já usava 0,2% de toda a economia do mundo, o que é muita coisa para uma tecnologia tão nova).
Agora, a fusão pode causar um grande impacto no impacto ambiental do setor e possivelmente até pressionar o Bitcoin a reduzir seu uso de energia.
Menos demanda de energia também abre as portas para futuras atualizações que eram planejadas para acelerar o processamento de transações e escalar toda a atividade da rede — a atividade de mineração deixou de existir e passou-se a utilizar um mecanismo de validação.
Além disso, outro ponto da mudança é que, a partir de agora, haverá uma redução potencial na emissão de ETH, uma vez que a depender do uso da rede, a emissão passará a ser negativa, o que tornará o ETH um ativo deflacionário.
O movimento deverá ter um efeito interessante nesse mercado, o qual pode ser explorado por meio de veículos como CriptoMoedas e Cripto Smart.
Sob forte pressão nas finanças, Raízen (RAIZ4) tem prejuízo de R$ 1,66 bilhão no ano e dívida avança 22%
O prejuízo líquido somou R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025, revertendo o lucro de R$ 793 milhões do mesmo período do ano anterior
Ação da Caixa Seguridade dispara na B3 após balanço bem avaliado e proposta de distribuir quase R$ 1 bi em dividendos. E agora, vale comprar CXSE3?
A seguradora da Caixa Econômica Federal (CEF) reportou lucro líquido gerencial de R$ 1,06 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado
Fraco, mas esperado: balanço da Usiminas (USIM5) desagrada e ações ficam entre as maiores quedas do Ibovespa
A siderúrgica teve um prejuízo líquido de R$ 117 milhões, abaixo das estimativas e revertendo o lucro de R$ 975 milhões visto no 4T23; veja os destaques do balanço
Ex-GetNinjas, Reag vai entrar no Novo Mercado da B3 e detalha cisão parcial; confira o que muda para os investidores
O avanço na cisão da Reag Investimentos faz parte das condições necessárias para a ex-GetNinjas entrar no seleto grupo da B3
Banco de investimentos antecipa pagamento de precatórios para até 5 dias úteis; veja como sair da fila de espera
Enquanto a fila de espera dos precatórios já registrou atraso de até 30 anos, um banco de investimentos pode antecipar o pagamento para até 5 dias úteis; veja como
Casas Bahia (BHIA3) quer captar até R$ 500 milhões com FIDC — após dois anos de espera e com captação menor que a prevista
O início operacional do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) foi anunciado na noite da última quinta-feira (13), com um capital inicial de R$ 300 milhões
Duas faces de uma mesma moeda: Ibovespa monitora Galípolo para manter recuperação em dia sem Trump
Mercados financeiros chegam à última sessão da semana mostrando algum alívio em relação à guerra comercial norte-americana
Até os franceses estão comprando ação brasileira e você não! O caso do Carrefour Brasil mostra as enormes oportunidades da bolsa
Há uma mensagem importante para os investidores nesta operação: as ações brasileiras — não só as do Carrefour — ficaram extremamente baratas
Trump derrubou a bolsa de Moscou? Por que a negociação das ações russas foi suspensa hoje
As operações ainda não têm data para voltar ao normal, de acordo com a operadora da Bolsa de Valores de Moscou
Suzano (SUZB3) reporta prejuízo no 4T24, mas tem bancão elogiando o balanço e prevendo alta de até 40% para as ações
Revertendo o lucro bilionário do terceiro trimestre, a gigante de papel e celulose registrou prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões, causado mais uma vez pela variação cambial
6 em cada 10 reais dos brasileiros foi investido em renda fixa em 2024 — e 2025 deve repetir o mesmo feito, diz Anbima
Brasileiros investiram 12,6% mais no ano passado e a renda fixa é a ‘queridinha’ na hora de fazer a alocação, segundo dados da associação
Totvs (TOTS3) impressiona com salto de 42% do lucro no 4T24 — mas a joia da coroa é outra; ação sobe forte após o balanço
Os resultados robustos colocaram os holofotes na Totvs nesta quinta-feira (13): os papéis da companhia figuram entre as maiores altas do dia, mas quem roubou a cena foi um segmento da companhia
O jogo virou na bolsa? Por que Wall Street acelerou a alta e o Dow Jones subiu 350 pontos após as tarifas recíprocas de Trump
A política tarifária do republicano pode facilmente sair pela culatra se acelerar a inflação e reduzir o crescimento, mas o mercado viu as medidas desta quinta-feira (13) com outros olhos
Magazine Luiza (MGLU3) na berlinda: BB Investimentos deixa de recomendar a ação da varejista — e aqui estão os motivos
Além de atualizar a indicação de compra para neutro, o banco cortou o preço-alvo para R$ 9,00 ao final de 2025
Cosan (CSAN3) pode cair ainda mais — e não é a única. Saiba quais ações brasileiras ganham ou perdem com a nova carteira do índice MSCI
O rebalanceamento do índice global prevê a exclusão de seis ações brasileiras para a carteira trimestral que entra em vigor em março; veja os impactos estimados pelos analistas
Honda e Nissan confirmam o fim das negociações para a fusão dos negócios — e uma dessas montadoras enfrenta futuro incerto
As negociações para a fusão da Honda e da Nissan foram anunciadas no fim do ano passado e, caso fossem concluídas, criariam a terceira maior montadora do mundo
Da ficção científica às IAs: Ibovespa busca recuperação depois de tropeçar na inflação ao consumidor norte-americano
Investidores monitoram ‘tarifas recíprocas’ de Trump, vendas no varejo brasileiro e inflação do produtor dos EUA
BofA mantém recomendação de comprar Brasil com 19 ações da B3 na carteira — ação de elétrica ‘queridinha’ da bolsa é novidade
Em um relatório de estratégia para a América Latina, o Bank of America (BofA) decidiu manter o Brasil em overweight (exposição acima da média) na comparação com o índice de referência para a região, o MSCI LatAm. A preferência do banco americano se dá por empresas que demonstram resiliência em vista dos juros elevados. Nesse […]
Boas novas para os acionistas? TIM Brasil (TIMS3) anuncia recompra de ações, após balanço robusto no 4T24
O programa vai contemplar até 67,2 milhões de ações ordinárias, o que equivale a 2,78% do total de papéis da companhia
Embraer (EMBR3) pretende investir R$ 20 bilhões até o fim da década — e aqui está o que ela quer fazer com o dinheiro
O anúncio acontece poucos dias após a fabricante de aeronaves renovar os recordes na carteira de pedidos no quarto trimestre de 2024 e fechar um acordo histórico