Mercado em 5 Minutos: Os investidores se preparam para a Super Quarta
Dados recentes mostram a inflação nos EUA cada vez mais enraizada na máxima de quatro décadas, e o mercado está bastante pessimista sobre as perspectivas para a economia global
Bom dia, pessoal. Lá fora, os mercados asiáticos caíram nesta segunda-feira (19), com os investidores ainda digerindo a correção da semana passada em ativos de risco, com alta expectativa de que o Federal Reserve anunciará nesta semana outro aumento de grande proporção nas taxas de juros.
Na semana passada, as ações globais perderam cerca de US$ 3,75 trilhões em valor de mercado por conta dessas preocupações, com o temor de uma estagflação nas economias centrais.
Com dados recentes mostrando a inflação nos EUA cada vez mais enraizada na máxima de quatro décadas, o mercado está bastante pessimista sobre as perspectivas para a economia global.
Os futuros americanos abriram em queda, assim como os principais mercados europeus.
Outros bancos centrais deverão anunciar taxas de juros nesta semana, inclusive o brasileiro, que deverá encerrar o ciclo de aperto monetário de uma vez por todas na quarta-feira, junto do Fed.
A ver...
Leia Também
00:43 — Como estão os preparativos para a Super Quarta?
Por aqui, no Brasil, os investidores vão lidar também com o Comitê de Política Monetária (Copom) depois do fechamento de mercado na quarta-feira, quando o Banco Central deverá encerrar o ciclo de aperto monetário iniciado no começo do ano passado de uma vez por todas — ele deve deixar a taxa de juros como está, em 13,75% ao ano, ainda que tenha deixado aberta a possibilidade de mais 25 pontos-base.
Sim, ainda podemos caminhar para um final de ciclo em 14% ao ano (cerca de 20% de chance, segundo o mercado), principalmente depois de algumas falas duras de membros da autoridade monetária, incluindo o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e de dados de atividade mais fortes do que o esperado, como foi o caso do IBC-Br e dos números do setor de serviços na semana passada.
Seja qual for a escolha do Bacen, o final do contracionismo monetário permitirá que o mercado passe a precificar um afrouxamento de política (queda dos juros) em um segundo momento, o qual não deverá passar do final do ano que vem.
Com isso, os ativos de risco locais voltam a ficar atrativos, uma vez que a queda dos juros possibilita expansão dos múltiplos e, consequentemente, alta das ações.
01:42 — Um Fed mais agressivo do que o normal
Nesta semana, os investidores globais têm o que comentar. O evento mais importante dos próximos dias se trata da reunião de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc na sigla em inglês) do Federal Reserve.
Mais do que somente a taxa de juros para este encontro, que deverá subir 75 pontos-base (já bem precificado pelo mercado), o foco será a busca por pistas sobre qual o tamanho da caminhada à frente do Fed — se haverá mais uma alta de 75 pontos-base em novembro.
Sabemos que a taxa de juros caminhará para cima de 4% ao ano. Resta entender para quanto além disso ela deverá ir e por quanto tempo ficará por lá.
A incerteza deixa o mercado confuso, optando por um ajuste de posição, muitas vezes de maneira agressiva, como vimos na semana passada.
Algo importante para se mencionar é que há quem considere que a ressaca atual dos mercados seja culpa do próprio Fed, que errou na comunicação muitas vezes ao longo dos últimos meses.
02:34 — A situação europeia: aperto monetário e crise energética
Nesta semana também contaremos com reunião de política monetária no Reino Unido. Além disso, haverá alguns membros do Banco Central Europeu (BCE) agendados para falar nos próximos dias, inclusive hoje.
O BCE enfrenta uma posição econômica diferente do Fed, uma vez que o velho continente está mais exposto aos preços da energia. Ainda assim, é improvável que o BCE espelhe as ações do Fed.
Por falar em energia, a crise nesta frente continua.
Em breve, a Comissão Europeia deverá categorizar como verde a energia a gás e a nuclear (bom para o Urânio), possibilitando estímulos ao investimento nesses tipos energéticos.
O movimento se dá depois que o governo alemão assumiu três refinarias de petróleo de propriedade russa, em um movimento que visa se preparar para a proibição em toda a União Europeia do petróleo russo em 1º de janeiro.
03:16 — A reabertura chinesa
Na Ásia, os investidores continuaram a vender suas posições nesta segunda-feira, apesar de algumas boas notícias sobre a atividade chinesa.
Depois de, na semana passada, alguns dados econômicos terem surpreendido os investidores ao virem melhor do que o esperado, ainda recebemos a informação de que a megacidade de Chengdu, com 21 milhões de habitantes, poderia sair do lockdown.
Então, afinal, qual o problema? Bem, Chengdu agora corre o risco de se tornar outra Xangai, que enfrentou um período de escassez de alimentos ao sair da pandemia, ao passo que as cadeias de suprimentos voltam ao normal.
Além disso, ainda repercute na Ásia os demais problemas globais, como o aperto monetário nas economias centrais. O receio pressiona os preços do petróleo nesta manhã.
04:01 — O fim da pandemia
Depois que o chefe da Organização Mundial da Saúde indicou que o fim da pandemia estaria à vista, foi a vez de Joe Biden registrar o mesmo.
Em entrevista, o presidente americano afirmou que a pandemia teria acabado, o que deveria trazer uma sensação de alívio para as pessoas ao redor do mundo, menos para aqueles que vivem na China.
Isso porque poucos acreditam que Xi Jinping encerrará sua política "Covid Zero" em breve, apesar das revisões recentes de lockdowns. É um problema grave.
Enquanto o resto da humanidade está aprendendo a viver com o vírus, as cidades chinesas continuam enfrentando quarentenas, com a manutenção das políticas radicais governamentais.
Há quem diga que revisões nesta política podem acontecer depois do Congresso do Partido Comunista de outubro, quando Xi Jinping se colocará à frente do gigante asiático para mais um terceiro mandato (a primeira vez que isso acontece desde Mao Tse Tung).
De qualquer forma, o mundo precisará lidar com a desaceleração chinesa.
Fundo imobiliário HCTR11 decide distribuir dividendos e cotas disparam mais de 20% na bolsa hoje; confira os valores e datas
O FII HCTR11 havia anunciado que não seriam distribuídos dividendos referentes ao mês de dezembro, mas, após a gestora ir na direção oposta, o fundo voltou atrás
Após quase dois anos sem pagar proventos, TORD11 anuncia distribuição de dividendos; cotas sobem quase 7% na bolsa hoje
O último pagamento de dividendos realizado pelo FII TORD11 ocorreu em fevereiro de 2023; cotas do fundo vêm patinando na bolsa desde outubro
Vai ficar só na ameaça? Ibovespa busca recuperação, mas feriado em Wall Street drena liquidez
Ibovespa tenta reaver a marca dos 120 mil pontos enquanto EUA se fecham em luto para o funeral de Jimmy Carter
A montanha-russa da bolsa: Ibovespa sob pressão, dólar em alta e Treasury na máxima — tudo o que mexeu com os mercados hoje
Aqui, o Ibovespa chegou a ter apenas seis dos 87 componentes da carteira teórica em alta; lá fora, o yield (rendimento) dos títulos do Tesouro norte-americano de 20 anos passaram de 5% pela primeira vez desde 2023
Trump é uma pedra no sapato: o alerta do maior banco central do mundo sobre os juros antes do novo chefe na Casa Branca
A ata da reunião de dezembro do Federal Reserve mostra preocupação dos membros do comitê de política monetária com relação às medidas que o republicano pode adotar a partir de 20 de janeiro e sinalizam como isso pode mexer com a economia dos EUA
Futebol, ditados populares e a bolsa: Ata do Fed e dados de emprego nos EUA testam fôlego do Ibovespa e alívio no dólar
Comentários de Haddad na GloboNews ajudaram a sustentar segunda alta seguida do Ibovespa e queda do dólar
Caos na terra do rei: por que os títulos de longo prazo do Reino Unido atingiram o maior nível em 30 anos hoje
O yield (retorno) do título de 30 anos subiu 3 pontos-base, para 5,212% — um patamar que não era visto desde os anos de 1990
Com cotas abaixo de R$ 1,00, TORD11 anuncia intenção de promover grupamento e cai quase 10%
O fundo imobiliário TORD11 opera abaixo de R$ 1,00 desde outubro, o que levou a B3 a exigir, em dezembro, que o FII anunciasse medidas para correção do valor
Em busca de ar para respirar: Depois de subir pela primeira vez em 2025, Ibovespa busca nova alta, mas não depende apenas de si
Ausência de uma solução para a crise fiscal vem afastando do Ibovespa não só os investidores locais, mas também os estrangeiros
Felipe Miranda: O que me anima para 2025
Se fosse para dar uma recomendação pragmática e direta para 2025, seria: mantenha uma sólida posição de caixa (pós-fixados), uma exposição razoável ao dólar, algum hedge em ouro e um pezinho nas criptomoedas
A nova carteira do Ibovespa começou a valer hoje: conheça os 87 ativos e as ações que entram no índice em 2025
Contrariando o previsto na versão anterior da carteira, o Banco do Brasil (BBAS3) mantém o posto de top 5 entre os papéis de maior peso no índice
Apenas duas carteiras recomendadas de ações bateram o Ibovespa em 2024 — e nem assim renderam ganhos aos investidores
Mapeamento da Grana Capital considera os portfólios de ações de 8 instituições
Hora de jogar na defesa: Ibovespa luta contra tensão política e juros em alta na primeira semana útil de 2025
Investidores aguardam IPCA de dezembro em meio a expectativa de estouro do teto da meta de inflação em 2024
Os milionários da Mega da Virada, as apostas do ChatGPT e uma ação que disparou na bolsa em 2024 são destaques da semana
Aquela fezinha no último dia do ano foi o assunto de maior interesse na semana que terminou, mas uma gigante do mercado brasileiro conseguiu uma vaga no pódio das mais lidas
A vitrine mudou de lugar: Depois de começar o ano com o pé esquerdo, Ibovespa tenta recuperação em dia sem agenda
Agenda vazia e recesso em Brasília dificultam identificação de gatilhos para eventual recuperação do Ibovespa hoje
GetNinjas (NINJ3) dá adeus à bolsa: empresa muda nome para Reaginvest e passar a ter novo ticker; saiba quando começa a valer
A companhia vinha trabalhando em um processo de reestruturação que também incluiu o aumento de capital no âmbito da Reag Investimentos
Ibovespa começa 2025 com pé esquerdo e fecha em baixa; CVC (CVCB3) lidera ponta positiva e Eneva (ENEV3) cai quase 10% — dólar também recua
Lá fora, Wall Street até tentou começar o ano no positivo, mas inverteu o sinal ao longo da tarde e também terminou o dia em baixa
Dança das cadeiras: Ibovespa começa 2025 em marcha lenta na tentativa de reverter queda de mais de 10% em 2024
Das prefeituras às grandes empresas, ações do passado recente influenciam a busca pelo atingimento de novas metas
Tony Volpon: O Fed estraga o Natal — e três previsões para 2025
O balanço de risco claramente pende mais para más notícias na inflação ao longo de 2025, com o banco central norte-americano jogando a toalha no ciclo de queda de juros
Adeus ano velho: aos 120 mil pontos, Ibovespa amarga perda de mais de 10% no pior ano desde 2021; dólar avança quase 30% no desempenho mais forte desde 2020
Lá fora, Nova York fechou o dia em baixa, com destaque negativo para a Boeing após os acidentes; Wall Street ainda opera nesta terça-feira (31) em uma sessão mais curta