Cibersegurança, inteligência artificial e computação na nuvem: veja 3 ações de tecnologia para comprar agora
Depois de aprender onde não investir no setor de tecnologia, hoje é dia de conhecer os segmentos onde estão as melhores oportunidades
Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia.
Na semana passada, escrevi sobre 3 sub-segmentos de empresas de tecnologia que você deveria evitar neste momento, mesmo pensando com um horizonte de investimentos de longo prazo.
Numa rápida recapitulação, sugeri evitar as fintechs (especialmente bancos digitais e empresas de pagamentos), os marketplaces (e-commerce e agregadores de serviços como Uber e seus pares) e, por último, empresas cuja missão é salvar o mundo.
Especialmente sobre a última categoria, vai por mim… ainda existem várias delas por aí, oferecendo benefícios como "dia do chinelo" e piscina de bolinha no escritório.
Hoje, quero seguir uma abordagem totalmente oposta e falar sobre 3 sub-segmentos em tecnologia onde acredito existirem imensas oportunidades de longo prazo.
Claro, em cada uma dos segmentos, vou mencionar também quais são minhas ações preferidas.
Leia Também
Cibersegurança
A guerra entre Ucrânia e Rússia deixou em evidência o que nós já sabíamos há algum tempo: as guerras do século XXI serão tão (ou mais) intensas no mundo virtual do que no mundo real.
A maioria das pessoas nutre uma visão hollywoodiana sobre ataques hackers e cibersegurança. Aquele clichê do cara de de capuz, no quarto, sozinho, às 3 horas da manhã, hackeando um dos maiores bancos do mundo.
De acordo com a Okta (Nasdaq: OKTA), a empresa mais relevante do mercado para segurança de logins, mais de 90% dos hacks acontecem através de vazamentos de credenciais.
Ou seja, na maioria dos casos não existe um algoritmo super complexo burlando sistemas de segurança; há apenas um funcionário distraído que clicou no link errado, ou informou seus dados numa página falsa que mimetiza um site que ele utiliza com frequência.
Uma tragicomédia sobre segurança no mundo da tecnologia
Um estudo de 2016, da Universidade de Illinois, nos EUA, ilustra uma tragicomédia dessa situação.
Os pesquisadores deixaram 300 pen drives no chão do estacionamento do campus. A ideia era mensurar, entre os pendrives encontrados, quantos seriam conectados em computadores.
O resultado é de fazer perder a fé na humanidade: 48% dos pendrives foram conectados em computadores e tiveram um arquivo aberto!
Qualquer "malware" (ou vírus) instalado nessas aplicações poderia contaminar imediatamente a máquina.
As pessoas colocam os seus dados, acessos e senhas em risco por um pendrive que elas não faziam ideia do que continha!
Além disso, não adianta você fazer essa cara aí: eu sei que você usa a mesma senha em diversos aplicativos…
Os hackers também sabem e isso só aumenta o retorno potencial caso eles consigam um vazamento seu.
Não só precisamos de ferramentas que protejam nossos dados (e nos protejam de nós mesmos, como exemplificamos acima), mas precisamos de uma nova geração de empresas de cibersegurança, capazes não apenas de remediar danos, mas se antecipar a eles.
- ESTÁ GOSTANDO DESTE CONTEÚDO? Tenha acesso a ideias de investimento para sair do lugar comum, multiplicar e proteger o patrimônio.
A nova geração se chama ‘cloud security’
As empresas da nova geração são bem diferentes dos tempos em que você abria seu antivírus e deixava uma varredura rodando por horas, para descobrir que ela não seria capaz de resolver nada.
Empresas modernas de cibersegurança fazem o streaming de toda a sua atividade no computador para a nuvem, comparam seus padrões com o de outros milhões de dispositivos e aplicações em sua rede e descobrem em tempo real como enfrentar novos malwares.
Entre essas novas empresas, minha preferida é a Crowdstrike, negociada no exterior com o ticker "CRWD" - e na B3 através do BDR "C2RW34".
Inteligência artificial
Tá aí algo que todo mundo fala, mas só uma meia dúzia de empresas o fazem de verdade (a Crowdstrike é uma delas).
Inteligência artificial (IA daqui para a frente) pode ser muitas coisas diferentes, mas o conceito mais geral e aplicável atualmente é o da automação de processos manuais, em que um algoritmo aprende a replicar processos repetitivos.
IA está cada vez mais presente no segmento de publicidade. O Meta (Facebook) ocupou muitas manchetes recentemente devido a seus enormes investimentos na construção de data centers focados em IA.
O Meta está num processo de mudar estruturalmente sua engine de anúncios, se distanciando dos tradicionais modelos da audiência "look alike" (parecido com…) e em direção a um modelo de probabilidades.
Usos mais "futuristas" dessa tecnologia recaem sobre apostas como veículos autônomos, drones autônomos e até mesmo o desenvolvimento de software sem a interação humana.
Por exemplo, o Waymo, veículo autônomo do Google, é operacional em várias cidades médias americanas, como Phoenix, em que você consegue chamar o carro autônomo para uma corrida, como se fosse um Uber.
Qual gigante da tecnologia está por trás de tudo isso?
Por trás de todos esses usos tão diferentes está uma empresa específica, a Nvidia!
Famosa pela linha de processadores gráficos RTX (GPUs) para games, a Nvidia é a líder absoluta no mercado de GPUs para inteligência artificial.
Por exemplo, quando eu comparo a composição das receitas da Nvidia em 2013 com 2021, vejo que a divisão de "Data Centers" (as GPUs de IA) subiu de 4,8% para 39,4%.
Em números absolutos, o salto é de US$ 200 milhões em GPUs em 2013, para mais de US$ 10,6 bilhões em 2021!
A posição da Nvidia é consolidada por mais de 10 anos em investimentos numa suíte de softwares e aplicações de IA complementares a suas GPUs.
Na minha opinião, as ações da Nvidia, negociadas no exterior sob o ticker "NVDA" e na B3 através do BDR "NVDC34", são a melhor maneira de se expor a essa tendência.
- SIGA A GENTE NO INSTAGRAM: análises de mercado, insights de investimentos e notícias exclusivas sobre finanças.
Infraestrutura em nuvem
A história da Amazon AWS é relativamente nova. Pense que em 2008 o Netflix iniciou sua migração para a nuvem, mas apenas em 2016 a concluiu.
Durante muitos anos, essa foi uma história de "nós contra o mundo".
A AWS focou, durante anos, em lançar cada vez mais produtos dentro da sua infraestrutura.
Basicamente todos os grandes projetos open source do mercado, como MongoDB, Elastic, Confluent e tantos outros, ganharam uma versão na AWS similar ao software aberto, porém hospedado em nuvem.
A lógica era bem simples: a Amazon estava na missão de oferecer todos os serviços possíveis em suas plataformas e obter uma receita recorrente a partir deles.
A maioria desses serviços, uma vez em produção, oferecem uma estrutura bastante antifrágil: são baratos de manter em caso de fracasso (baixa ou nenhuma adoção), e apesar de requererem constante investimento em caso de sucesso, o economics costuma ser maravilhoso, com os clientes consumindo cada vez mais o produto, à medida que tornam-se mais digitais.
Obviamente, com tantos engenheiros bem qualificados, a AWS foi muito além das cópias e contribuiu para esses ecossistemas, além de ter lançado diversos produtos próprios.
Amazon em conflito direto com a indústria da tecnologia
Na sessão de "riscos" de todo prospecto de IPO de empresas de tecnologia havia uma menção à Amazon. Algo como "ó, meu amigo, pode ser que esses caras entrem no setor e destruam meu produto".
Um exército de pequenos Davis, apavorados com o tamanho desse Golias.
Alguns episódios ficaram famosos. O MongoDB, que é um banco de dados open source, listado na Nasdaq e avaliado em mais de US$ 26 bilhões, foi a primeira empresa a mudar seus termos de uso, em 2018, criando barreiras para que a AWS (bem como Azure e Google Cloud) pudesse obter ganhos financeiros com seus produtos sem o devido compartilhamento.
Pouco tempo depois foi a vez da Elastic, que é a maior engine de buscas para serviços corporativos do mercado e também um produto open source. Quando você busca um filme no Netflix ou uma hospedagem no AirBnb, é o software da Elastic quem realiza o trabalho de encontrá-los.
A Elastic acusou a AWS durante anos de ter se apropriado do seu software, criado sua versão AWS e estar obtendo ganhos financeiros relevantes enquanto a comunidade ficava chupando o dedo.
De inimiga a parceira
Eis que então, as coisas começaram a mudar. A AWS se acertou, um a um, com os grandes players do ecossistema open source.
Se acertou é pouco. Cada vez mais, eles passaram de inimigos a parceiros. E essa é apenas a ponta do iceberg.
Mais recentemente, no "Investor Day" da Snowflake, a principal empresa de data warehouse do mercado, houve uma sessão inteira dedicada a explorar os contratos vendidos em parceria com a AWS.
A Snowflake é uma das empresas que mais crescem no segmento de software e passou por uma história semelhante: a Amazon possui um produto concorrente ao deles (o "Redshift"), e passaram de inimigos a melhores amigos.
Mais de 50% do guidance esperado pela Snowflake para este ano virá de contratos fechados através da AWS, em parceria.
A AWS, em muitos casos, tem abordado proativamente seus clientes para oferecer não as suas próprias soluções, mas as soluções "top de linha" dos seus parceiros.
Em vários releases, calls de resultados, eventos com investidores, eu vejo empresa após empresa exaltando como a AWS será um dos seus grandes canais de crescimento nos próximos anos.
Se você me dissesse isso em 2018, eu não seria capaz de acreditar.
Cada vez mais, ela (bem como o Azure, da Microsoft), foca em conquistar clientes através da infraestrutura e do armazenamento, e desenham para esses clientes soluções que envolvam uma série de parceiros independentes (que, não raro, irão retribuir o favor).
Sem dúvidas, a ação da Amazon é outra presença obrigatória no seu portfólio de tecnologia.
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil