Produção e vendas da Vale (VALE3) decepcionam e bancos cortam preço-alvo das ações
Trimestre pior fez a Vale atualizar as estimativas de produção para 2022, com cortes no guidance para o minério de ferro e para o cobre.

A queda na produção e nas vendas da Vale (VALE3) no segundo trimestre, divulgada na terça (19), já provoca revisões do preço-alvo das ações da mineradora.
A mineradora registrou recuo de 1,2% na produção de minério de ferro em relação ao mesmo período do ano passado e queda de 2,3% nas vendas na mesma base de comparação.
Ambas as quedas fizeram a Vale atualizar as estimativas de produção para 2022, com cortes no guidance para o minério de ferro e para o cobre.
Nesta quarta-feira (20), as ações da Vale operavam em queda na B3.
Dentre os analistas que cobrem a Vale, o Seu Dinheiro teve acesso aos relatórios do JP Morgan, do Goldman Sachs, do Bank of America e do Itaú BBA.
Vale: revisão de estimativas de produção desagradou
De maneira geral, o relatório de produção e vendas veio em linha com o que o mercado esperava, mas a revisão para baixo das estimativas de produção desagradou os analistas.
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O minério de ferro sofreu um corte de 10 megatoneladas (Mt) no limite inferior e de 15 Mt no teto do guidance, passando para entre 310 e 320 Mt.
Já o cobre sofreu um corte ainda maior e passou de uma faixa de 330-355 quilo toneladas (kt) para uma faixa de 370-285 kt.
De acordo com o Goldman Sachs, a faixa intermediária do guidance para o minério de ferro da Vale implica em estagnação da produção comparado a 2021.
“[...] o que é decepcionante e provavelmente alimentará as preocupações dos investidores sobre a capacidade da empresa de retomar a produção para os níveis de acidentes anteriores a Brumadinho de 385 Mt (relatados em 2018)”, escreveram os analistas em relatório.
Assim, o Goldman Sachs cortou o preço-alvo para as ADRs da Vale de US$ 17 para US$ 15 e manteve a recomendação neutra.
O JP Morgan também aproveitou para atualizar seu modelo, com base nas novas projeções da Vale.
Isso resultou em redução significativa dos preços-alvo tanto da ação negociada no Brasil quanto da ADR negociada em Nova York.
O preço-alvo da ação passou de R$ 127 para R$ 109, enquanto o da ADR foi de US$ 24 para US$ 20,50.
Decepcionante, mas em linha
Enquanto o Goldman Sachs e o JP Morgan revisaram os preços-alvo para a Vale, o Bank of America e o Itaú BBA não alteraram os cálculos.
Para o BofA, os números reportados pela Vale vieram em linha com o consenso e também com as projeções do banco, com a produção do minério de ferro levemente desapontadora.
“Acreditamos que o corte no guidance pode dar algum alívio aos preços do minério de ferro, mas no final das contas esse corte apenas formaliza os volumes mais baixos na maioria dos investidores e nossos modelos”, apontou o BofA.
O preço-alvo do BofA para a ação da Vale foi mantido em R$ 92 e a ADR em US$ 18.
Já o Itaú BBA trouxe um relatório com menos análise e mais um resumo dos resultados da Vale. O banco manteve a recomendação Neutra e o preço alvo da ADR em US$ 20.
Confira abaixo as atualizações mais recentes dos analistas que cobrem a Vale:
Recomendação | Preço-alvo ação | Potencial de alta* | Preço-alvo ADR | Potencial de alta* | |
Goldman Sachs | Neutra | - | - | US$ 15 | 18% |
JP Morgan | Overweight (compra) | R$ 109 | 58% | US$ 20,50 | 61% |
BofA | Neutra | - | - | US$ 18 | 42% |
Itaú BBA | Neutra | - | - | US$ 20 | 57% |
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