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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas operam mistas antes do payroll dos EUA e paralisação dos auditores da Receita pressiona governo federal

O Ibovespa ainda registra queda na casa dos 3% e o exterior morno não deve ajudar o índice brasileiro

Renan Sousa
Renan Sousa
7 de janeiro de 2022
7:57 - atualizado às 8:02
payroll
Saiba o que movimenta o Ibovespa, dólar e as bolsas pelo mundo hoje (07). Imagem: Shutterstock

A primeira semana de janeiro caminha para o fim mas já deixou uma marca nos investidores em 2022. O Ibovespa conseguiu emplacar a primeira alta do ano no pregão de ontem (06), aos 101.561 pontos, um avanço da ordem de 0,55%.

Contudo, isso ainda não foi o suficiente para reverter o prejuízo das primeiras sessões do ano: no acumulado, a queda ainda é na casa dos 3% e o terreno não deve ser nada fértil pela frente nesta sexta-feira (07). 

O governo federal permanece em conflito com os auditores da Receita, que reivindicam reajuste salarial e bônus por desempenho. Diversos auditores já entregaram seus cargos e as atividades do fisco podem afetar até mesmo o preço dos combustíveis — com ameaças de um possível desabastecimento ainda em janeiro. 

O exterior ainda se recupera da ressaca pós-Fed da última quarta-feira (05). O tom mais agressivo (hawkish, no jargão do mercado) do Banco Central americano não chegou a surpreender, mas desagradou os investidores por todo o mundo. 

Ainda hoje, o payroll dos EUA, que traz os dados da folha de pagamento, geram grande expectativa de que o desemprego chegue aos menores patamares do período da pandemia. 

Saiba o que esperar dos mercados nesta sexta-feira: 

Pressão da Receita Federal

Os auditores fiscais da Receita Federal paralisaram parte das atividades e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) anunciou a suspensão dos julgamentos de processos a partir da próxima segunda-feira (10). 

O órgão alega falta de quórum para análise dos processos. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), mais de 60 conselheiros da Receita anunciaram que não vão participar dos julgamentos de janeiro, em meio à pressão para o pagamento do bônus de eficiência.

No total, o colegiado reúne 90 representantes dos contribuintes e 90 da Receita.

Parou a máquina

As operações-padrão dos servidores da Receita, que incluem a liberação de produtos parados no Porto de Santos (SP), também foram paralisadas em virtude da greve por reajuste. 

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) afirma que milhares de litros de combustível estão se acumulando nos terminais do porto por falta de aval da Receita, o que pode encarecer os preços no curto prazo. 

A Abicom ainda alerta, em nota, que a ação dos fiscais ainda pode provocar desabastecimento de combustíveis em janeiro de 2022.

Refis na corda bamba

Pressionado pela decisão dos servidores da Receita, o presidente da República, Jair Bolsonaro, não deve vetar totalmente o novo programa de refinanciamento (Refis) para micro e pequenas empresas. 

Em sua live tradicional de quinta-feira, Bolsonaro mostrou desagrado com a equipe econômica para o veto integral do texto, que não apresenta compensação financeira apesar da renúncia tributária, o que é uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O prazo para análise do presidente expirou ontem (06) e a decisão precisa sair no Diário Oficial da União de hoje. 

Payroll e o emprego nos EUA

O último pregão da semana será marcado pelo payroll, o relatório da folha de pagamento dos Estados Unidos. De acordo com o The Wall Street Journal, é esperado um aumento de 422 mil novas vagas de emprego em dezembro. 

Com isso, a taxa de desemprego deve ir para o menor patamar durante a pandemia, a 4,1%, frente à taxa de 4,2% em novembro. 

Segundo dados do Market Watch, o número de pessoas à procura de trabalho segue muito baixo, mesmo com os empregadores aumentando o salário e o número de benefícios durante a pandemia. Os trabalhadores esperam melhores condições de trabalho e, devido à gigantesca oferta de vagas, os empregados têm maior poder de negociação. 

O departamento de trabalho dos EUA afirma que o país enfrenta um número recorde de pessoas deixando seus postos de trabalho para outros empregos melhor pagos e com maiores benefícios.

Bolsas pelo mundo

Os principais índices asiáticos encerraram a sessão desta sexta-feira sem uma única direção definida. Enquanto os investidores aguardam os últimos dados de emprego nos EUA, o cenário doméstico da região acompanha a situação do setor imobiliário chinês. 

O mesmo ocorre na Europa, que opera de maneira mista antes da abertura do pregão nos Estados Unidos. O viés negativo vem dos últimos dados de inflação (CPI, em inglês) da Zona do Euro, que vieram acima do esperado. 

Por fim, os futuros de Nova York tentam recuperar da queda da sessão anterior, com o S&P 500 futuro e o Dow Jones futuro em leve alta, mas o Nasdaq futuro segue pressionado pela ata do Fed e cai antes da abertura do pregão.

Agenda do dia

  • Anfavea: Produção, venda, exportação e estoque de veículos, bem como o saldo líquido de vagas no setor (10h)
  • Estados Unidos: Payroll de dezembro, salário médio por hora e taxa de desemprego (10h30)

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