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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
MERCADOS HOJE

Risco fiscal e cautela pré-Copom pesam e o Ibovespa recua 1%; Petrobras tem forte queda antes do balanço

A temporada de balanços segue a todo vapor, mas o Ibovespa também fica de olho nos atritos políticos em Brasília e nas contas públicas

Renan SousaJasmine Olga
Renan Sousa, Jasmine Olga
4 de agosto de 2021
10:37 - atualizado às 16:39
Petrobras, Ibovespa, queda, mercados
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O Ibovespa encara uma quarta-feira (04) tensa, com direito a bateria de resultados e a decisão de política monetária do Banco Central brasileiro. 

Ao contrário das últimas reuniões, pode ser que venha surpresa por aí. No comunicado de junho, o BC sinalizou uma alta de pelo menos 0,75 ponto percentual em seu processo de normalização da taxa de juros.

Mas com os índices de inflação não mostrando sinais de arrefecimento e a perspectiva de que os preços devem seguir se elevando nos próximos meses, a maior parte dos investidores aposta em uma elevação de 1 ponto percentual. 

Tão importante quanto o novo nível da Selic deve ser o tom utilizado pelos dirigentes da instituição. O comunicado deve trazer os próximos passos do BC para a economia e guiar o reajuste de apostas para a inflação e juros. 

Na última edição do Boletim Focus, os economistas alteraram a previsão de alta de 6,56% para 6,79% para o IPCA. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 8,35%.

A decisão só será conhecida após o fechamento do mercado, às 18h30, e antes disso Brasília deve concentrar as atenções dos investidores. 

O clima nos corredores do Congresso não é dos melhores. Os parlamentares voltaram do recesso e com eles os debates envolvendo a reforma tributária. Além disso, as contas públicas geram preocupação, com o governo buscando soluções para honrar a dívida de quase R$ 90 bilhões em precatórios, incluídos no Orçamento de 2022. 

Embora o presidente da Câmara, Arthur Lira, já tenha expressado contrariedade à possibilidade de que o teto de gastos seja furado, as negociações em torno do novo Bolsa Família seguem em alta. 

Nesta quarta-feira, nem mesmo o exterior ajuda. Após dados mistos da economia americana, os índices em Wall Street operam em queda. Por aqui, o Ibovespa acompanha, ainda que o ritmo de queda tenha reduzido na última hora. Por volta das 16h30, o principal índice da bolsa opera com um recuo de 1,33%, aos 121.928 pontos. Já o dólar à vista que chegou a subir mais de 1% mais cedo, agora opera em queda de 0,13%, a R$ 5,1858.

Com a tensão pré-Copom e a ameaça fiscal, os juros futuros também são pressionados. Confira as taxas de hoje:

  • Janeiro/22: de 6,36% para 6,37%
  • Janeiro/23: de 7,88% para 7,94%
  • Janeiro/25: de 8,77% para 8,88%
  • Janeiro/27: de 9,11% para 9,19%

Desfile de estrelas

No Ibovespa, a cautela dá pouco espaço para uma repercussão mais positiva dos números da temporada de balanços.

Mais cedo, a Gerdau divulgou os seus resultados do segundo trimestre e mostrou um crescimento de 1.149% no lucro líquido em relação ao mesmo período de 2020.

Depois do fechamento do mercado, a decisão do Copom divide espaço com o balanço da Petrobras. Mas as ações da petroleira pesam sobre o índice. Com a variante delta no radar, a cotação do petróleo Brent e do WTI recua mais de 3% e a empresa brasileira acompanha e fica entre as mairoes quedas do dia.

Giro internacional

No exterior, uma série de dados mistos acabam aumentando a cautela nas bolsas americanas e, por tabela, afeta o desempenho do Ibovespa hoje.

O relatório de empregos privados ADP, que é considerado uma prévia do payroll dos Estados Unidos, veio abaixo do esperado. A previsão do The Wall Street Journal era de  653 mil novos postos de trabalho, mas o número veio quase pela metade: foram 330 mil vagas de emprego em julho.

A piora do sentimento em relação ao emprego fez Nova York inverter o sinal e passar a operar no vermelho nesta manhã, ainda que reforce a tese defendida pelo Federal Reserve para justificar a manutenção dos estímulos.

O momento inflacionário dos Estados Unidos segue pressionando o Federal Reserve, que vê o fim da compra de bônus no fim do primeiro trimestre de 2022.

Os índices do gerente de compras dos países (PMI, na sigla em inglês) também é uma preocupação. O PMI composto dos Estados Unidos recuou de 63,7 para 59,9 em julho. Já o PMI de serviços caiu de 64,6 para 59,9, acima da previsão do The Wall Street Journal de 59,8.

A leitura do mercado é que a economia está longe do superaquecimento que por vezes é sugerida. Quando o índice está acima de 50 pontos, a economia é considera em expansão e abaixo disso, retração.

Lá fora, a temporada de balanços vai chegando ao final. O balanço da General Motors foi o destaque antes da abertura.

Sobe e desce do Ibovespa

Após números positivos da Gerdau, o setor de siderúrgia sobe em bloco, mas não é suficiente para aliviar o Ibovespa. Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
USIM5Usiminas PNAR$ 21,253,91%
CSNA3CSN ONR$ 45,521,27%
BRAP4Bradespar PNR$ 76,720,77%
SUZB3Suzano ONR$ 55,130,33%
CPFE3CPFL Energia ONR$ 25,600,27%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
CSAN3Cosan ONR$ 24,33-4,92%
PETR3Petrobras ONR$ 26,66-3,75%
CCRO3CCR ONR$ 12,68-3,65%
BBDC3Bradesco ONR$ 20,19-3,58%
PRIO3PetroRio ONR$ 17,26-3,58%

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