Esquenta dos mercados: bolsas internacionais abrem no vermelho com tensões sobre negociação entre Ucrânia e Rússia; Ibovespa acompanha desemprego de janeiro
Apesar da falta de avanço nas negociações entre os países europeus derrubar os mercados nesta sexta-feira, ela atua como combustível para o petróleo expandir as altas do último pregão

O clima no mercado internacional na manhã desta sexta-feira (18) pode ser definido pela palavra “cautela”, o que leva as bolsas internacionais a iniciarem o último pregão da semana em baixa.
A falta de evolução nas negociações entre a Ucrânia e a Rússia continua em foco e impulsionando o petróleo enquanto pressionam os juros dos Treasuries.
Por aqui, esta sexta-feira é dia de vencimento de opções sobre ações na bolsa brasileira (B3), então, esteja preparado para a possibilidade de uma maior volatilidade nos negócios hoje.
A agenda internacional de hoje vem relativamente esvaziada, mas os investidores têm dados importantes para acompanhar no cenário local.
Na parte econômica, o IBGE divulga os números de desemprego do trimestre móvel encerrado em janeiro, medidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
A FGV também publica a segunda prévia do Índice Geral de Preços- Mercado (IGP-M), também conhecido como "inflação do aluguel”.
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Além disso, a Eletrobras (ELET3) divulga seu resultado do quarto trimestre de 2021 depois do fechamento dos mercados.
Lá fora, o destaque fica para as decisões de política monetária da Rússia e do Japão.
IGP-M: a inflação do aluguel
A inflação medida pelo Índice de Preços Geral - Mercado (IGP-M) avançou 0,9% na segunda prévia de março, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A taxa representa uma desaceleração em relação à alta de 1,94% registrada no mês anterior.
O alívio foi puxado pelo arrefecimento do indicador para o produtor amplo (IPA-M), uma das taxas que compõem o IGP-M. O IPA-M passou de 2,52% em fevereiro para os atuais 1,08%.
No quesito construção, o IPC-M desacelerou para 0,27% em março.
Já a inflação para o consumidor, chamada de IPC-M, acelerou desde a última leitura, ao passar de 0,3% para 0,46%.
Taxa de desemprego
A divulgação da Pnad Contínua, a taxa de desemprego do trimestre móvel até janeiro, acontece só às 9h, mas os analistas já anunciam suas projeções.
Para os economistas consultados pela Broadcast, o desemprego deve subir
0,2 pontos percentuais, para 11,3% no período.
Esse número, porém, é a mediana das projeções, que vão de 10,7% a 11,8%.
Para 2022 como um todo, o mercado estima que o desemprego médio caia para 11,8%, após ter chegado a 13,2% no ano passado. As estimativas dos analistas variam de 10,8% a 13,3%.
Banco Central do Japão
Nesta madrugada, o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, anunciou a decisão de manter o ritmo de sua atual política monetária.
Apesar da inflação no país, a autoridade monetária diz não achar necessário iniciar uma escalada nos juros para frear a alta de preços causada por um aumento temporário nos custos de energia.
O líder do banco ainda informou que os preços para os consumidores no Japão podem subir em torno de 2% a partir de abril, mas a alta não deve gerar uma ação de política imediata do BoJ.
Banco Central da Rússia
O Banco da Rússia (BoR, em inglês) foi o segundo a anunciar suas decisões sobre a política monetária do país.
A autoridade monetária decidiu manter a taxa básica de juros em 20% ao ano, depois de uma disparada da taxa, de 9,5% para 20% no final do mês passado. O avanço intenso em fevereiro aconteceu durante o choque econômico criado após o país invadir a Ucrânia.
"O forte aumento da taxa básica do BoR em fevereiro ajudou a sustentar a estabilidade financeira e impediu altas descontroladas de preços", disse a instituição.
Petróleo e ouro
Com a falta de avanços nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia, os contratos futuros do petróleo registram alta nesta sexta-feira, depois de subirem cerca de 8% no último pregão.
Por volta das 08h35, os futuros do Brent para maio tinham alta de 0,68%, negociados a US$ 107,73 o barril. Já o WTI para abril registrava valorização de 0,86%, a US$ 103,84 o barril.
Enquanto isso, o ouro recuava 0,26% no mesmo horário, cotado a US$ 1.938,20 a onça-troy.
Bolsas pelo mundo
A Super-Quarta trouxe um alívio para os mercados internacionais, com o anúncio do Fed sem muitas surpresas.
A decisão de política monetária do banco central do Japão de não iniciar uma escalada nos juros também deu um gás para o último pregão da semana.
Assim, na Ásia, as bolsas encerraram a sessão desta sexta-feira (18) majoritariamente em alta.
Por lá, ainda há expectativas de uma conversa entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia nesta sexta.
Na Europa, depois de começarem o dia sem direção definida, os mercados passaram a operar em queda moderada nesta manhã.
O desempenho das bolsas europeias reflete a tensão dos investidores sobre a situação no Leste Europeu, além das decisões de política monetária de grandes bancos centrais nesta semana.
Depois de subir com força pelo terceiro pregão seguido, Wall Street amanheceu nesta sexta-feira marcada pelo vermelho. As bolsas de Nova York operam em baixa moderada hoje, atentas às negociações entre a Rússia e a Ucrânia.
Agenda do dia
- Japão: Decisão de política monetária do BC (00h)
- Zona do Euro: Balança comercial de janeiro (7h)
- Rússia: Decisão de política monetária do BC (7h30)
- FGV: 2ª prévia do IGP-M (8h)
- IBGE: Taxa de desemprego Pnad Contínua do trimestre terminado em janeiro (9h)
Balanços do dia
Confira o calendário completo aqui.
Depois do fechamento:
- Eletrobras (Brasil)
- Gafisa (Brasil)
- Lupatech (Brasil)
- M.Dias Branco (Brasil)
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