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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

Renan Sousa

Renan Sousa

É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.

ESQUENTA DOS MERCADOS

O medo da recessão está no ar, mas as bolsas sobem mesmo assim; Ibovespa acompanha PEC de Bondades — veja o que mantém os mercados no azul hoje

Ata do Fed traz alívio aos mercados financeiros diante da ausência do termo ‘recessão’ no documento; investidores dão benefício da dúvida à autoridade monetária norte-=americana

Renan Sousa
7 de julho de 2022
6:54 - atualizado às 7:45
Presidente do Fed, Jerome Powell, caminha sobre corda bamba com tubarões na água
O Fed de Jerome Powell traz um pouco de alívio às bolsas hoje. - Imagem: Banco Central da Suíça, iStock, Brenda Silva

Os temores de uma recessão global seguem em pauta. Agora, nem a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, descarta mais o risco de uma recessão econômica em escala mundial. Mesmo assim, a quinta-feira (07) das bolsas internacionais começa com céu azul.

Os índices futuros de Nova York mantêm o sinal positivo para a abertura em Wall Street. Na Ásia, a sessão foi de forte recuperação nas bolsas de valores. Enquanto isso, na Europa, os principais índices de ações abriram em alta consistente.

Até mesmo a bolsa de valores de Londres parece indiferente à pressão para que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renuncie ao cargo em meio a uma debandada entre seus ministros. O índice FTSE-100 sobe pouco mais de 1% na manhã de hoje.

Mas o que está acontecendo com as bolsas?

Ao longo dos últimos meses, os temores de uma recessão levaram alguns dos principais índices de ações do mundo a entrarem em território de bear market, o chamado mercado de baixa.

O que mudou então?

Um dos fatores apontados por analistas é o teor da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), divulgada ontem.

Os dirigentes da autoridade monetária norte-americana entendem que o cenário mudou da reunião de maio para cá e que um novo aumento nos juros não deve ultrapassar os 75 pontos-base. Ainda na publicação, os diretores do Fed afirmam ser “crucial retormar a meta da inflação”.

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Embora o Fed não descarte uma postura ainda mais restritiva para combater a inflação, a autoridade monetária não faz nem menção à palavra “recessão” em sua ata.

Para a próxima reunião do Fomc — o Copom de lá —, a alta de 75 pontos-base nos juros é dada como certa.

Agenda lá fora

Enquanto os investidores acompanham as análises sobre a recessão e a possível queda do primeiro-ministro inglês, nesta quinta-feira (07) ainda deve ser divulgada a ata da mais recente reunião do Banco Central Europeu (BCE).

A autoridade monetária deve seguir a mesma linha do Fed e não dar maiores sustos no mercado com uma política de aumento de juros mais intensa. Contudo, é preciso lembrar que o BCE foi um dos últimos grandes BCs do mundo a combater a inflação, o que pode exigir esforços nada agradáveis ao mercado. 

Por fim, os investidores estrangeiros aguardam a divulgação do relatório ADP de empregos privados. A publicação acontece antes do dado mais esperado da semana, o payroll, na sexta-feira (08). 

Ibovespa e a PEC das Bondades

A aprovação da PEC dos Combustíveis — também chamada de PEC Kamikaze e, mais recentemente, PEC das Bondades — deve acontecer ainda nesta quinta-feira.

O custo total da proposta é de R$ 41,25 bilhões fora da regra do teto de gastos. Esse montante junta-se às renúncias fiscais já contabilizadas no Orçamento, de R$ 65 bilhões.

Mesmo com a aprovação dos gastos fora do teto, o mercado sente um certo alívio. Afinal, a base governista e o próprio presidente da República pretendiam inflar ainda mais o pacote de bondades e aumentar o rombo fiscal. 

Salvo pelo gongo

A queda de cerca de 8% nas cotações internacionais do petróleo retirou a Petrobras (PETR3;PETR4) da mira do governo. 

A principal commodity energética do mundo ronda os US$ 100, o que praticamente eliminou a defasagem entre os preços praticados pela estatal e o mercado internacional. Com isso, é improvável que a empresa precise aumentar novamente os combustíveis no curto prazo. 

O alívio também vem para o atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, que deve deixar de ser pressionado pelo governo. Até o momento, quatro chefes da estatal já caíram após reajustes de preços.

Por volta das 7h30, o barril do petróleo Brent, utilizado como referência internacional, avançava 0,63%, cotado a US$ 101,42.

Agenda do dia

  • FGV: IGP-DI de junho (8h)
  • Alemanha: Ata da mais recente reunião do BCE (8h30)
  • Banco Central: BC divulga questionário pré-Copom de maio e junho (9h)
  • Estados Unidos: Relatório de empregos ADP de junho (9h15)
  • Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
  • Estados Unidos: Balança comercial (9h30)
  • Banco Central: Relatório de poupança de maio e junho (15h)
  • Banco Central: IBC-Br de março e abril (16h30)
  • Congresso Nacional: Comissão especial da Câmara deve votar PEC dos benefícios (sem horário definido)

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