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Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO DO DIA

Dólar e juros disparam com proposta ‘torta’ do governo para segurar preço dos combustíveis; Ibovespa tem leve queda

Os ruídos em torno da saúde fiscal fo país voltam a ganhar força, pesando sobre os negócios do Ibovespa

Jasmine Olga
Jasmine Olga
7 de junho de 2022
18:59 - atualizado às 19:10
Imagem mostrando uma bomba de combustíveis abastecendo um carro, sinalizando o preço da gasolina e do etanol ao consumidor | ICMS
Imagem: Shutterstock

Pelo menos por um dia, a segunda-feira (06) teve cara de uma tarde de domingo dos anos 90 em Brasília – e hoje (07) só se falava nisso na bolsa. 

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro entrava em cena, as lideranças do Congresso e o ministro Paulo Guedes serviam como fiéis assistentes de palco. Encurralados em uma cabine, sem contrapartidas ou detalhes dos planos do apresentar, os governadores dos 27 Estados da Federação se veem obrigados a responder uma pergunta que pode colocar tudo a perder. 

“Você troca o certo pelo incerto? Sim ou não?”, pergunta o presidente. Até agora a resposta tem sido o silêncio, mas a plateia assiste preocupada "à gincana de poder". 

Seja lá qual for a resposta à tentativa do governo federal de reduzir o preço dos combustíveis por meio de subsídios, o mais provável é que não exista vencedor nesse jogo. 

Para Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, os Estados devem ser relutantes a trocar o certo pelo incerto e, ainda que aceitem a proposta do governo, a medida está longe de resolver os problemas inflacionários dos combustíveis. 

Isso porque ainda existe uma defasagem de cerca de 40% entre o preço do petróleo no mercado internacional e os reajustes promovidos pela Petrobras – o que significa que ainda que algum governador aceite reduzir a alíquota ao mínimo possível, ainda existe um potencial de alta de 10% a ser aplicado. 

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O fato da medida ser ineficiente é preocupante, principalmente por comprometer ainda mais a saúde das contas públicas. 

Na análise de Argenta, a alta da arrecadação observada nos últimos meses é inflada pela inflação mais elevada e o Estado abrir mão dessa receita para fins políticos, com um método de compensação questionável, pode trazer problemas ainda maiores para o presidente Jair Bolsonaro caso ele seja reeleito. 

No momento, boa parte do mercado acha que esse é um blefe para tirar a atenção das mudanças realizadas na Petrobras (PETR4) e tentar ganhar simpatia do eleitorado, mas caso as pesquisas de opinião não reajam, o risco do governo insistir na proposta traz preocupação. 

Assim, o mercado de juros e o dólar operaram em forte alta nesta sessão, refletindo os temores renovados com o quadro fiscal brasileiro. A moeda americana fechou o dia em alta de 1,64%, a R$ 4,8742. 

Contrariando o movimento visto no exterior, o Ibovespa recuou 0,11%, aos 110.069 pontos. A queda foi amparada pelo bom desempenho do setor de commodities na bolsa.

Uma proposta indecente?

O presidente Jair Bolsonaro anunciou na noite de ontem a intenção de zerar os impostos federais sobre a gasolina, diesel, etanol e gás de cozinha. O fato repercutiu hoje no Ibovespa.

Sem deixar claro como o governo pretende honrar com a promessa, Bolsonaro – acompanhado dos presidentes da Câmara e do Senado, e do ministro Paulo Guedes – anunciou que a intenção de zerar impostos federais como o PIS e Cofins, entre outros.

Quanto ao ICMS, um tributo estadual, há um projeto de lei tramitando no Congresso para fixar a tarifa em 17%; o governo propõe, no entanto, uma ferramenta para baixar ainda mais essa alíquota.

Além do estresse no mercado de câmbio e juros, a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, vê também uma possibilidade de que Bolsonaro tenha problemas em caso de uma reeleição. Nesta manhã, o presidente voltou a dizer que poderia declarar estado de calamidade – algo que pode ser visto como um crime de responsabilidade em um segundo mandato. 

Confira o comportamento do mercado de juros:

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F23DI jan/2313,48%13,45%
DI1F25DI Jan/2512,66%12,54%
DI1F26DI Jan/2612,57%12,40%
DI1F27DI Jan/2712,57%12,41%

Sobe e desce do Ibovespa

Durante boa parte do dia, o setor de commodities sustentou os ganhos do Ibovespa, mas acabou perdendo força ao longo do dia. 

Ainda assim, a Vale (VALE3) seguiu na liderança, acumulando ganhos de mais de 2%, acompanhando a alta do minério de ferro na China. 

No caso da BR Malls, o avanço foi reflexo da expectativa de conclusão do processo de fusão com a Alliance Sonae. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
VALE3Vale ONR$ 90,702,43%
LWSA3Locaweb ONR$ 7,382,36%
BRML3BR Malls ONR$ 8,462,05%
SUZB3Suzano ONR$ 54,421,89%
ASAI3Assaí ONR$ 15,741,75%

O avanço da curva de juros voltou a pressionar o setor de varejo e tecnologia. As incorporadoras e construtoras também tiveram um dia ruim na bolsa. Confira as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
POSI3Positivo Tecnologia ONR$ 7,72-4,81%
CIEL3Cielo ONR$ 3,80-4,28%
BIDI11Banco Inter unitR$ 11,27-3,68%
CSAN3Cosan ONR$ 20,53-3,66%
SOMA3Grupo SomaR$ 10,71-3,51%

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