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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
FECHAMENTO DO DIA

Ibovespa aproveita mar bom para commodities e sobe mais de 1%, mas Petrobras vai na contramão; juros se acomodam pós-Copom

A nova disparada do petróleo não trouxe grandes preocupações inflacionárias, mas o Ibovespa perdeu fôlego com a queda da Petrobras

Jasmine Olga
Jasmine Olga
17 de março de 2022
18:38 - atualizado às 11:53
Petrobras, Ibovespa, queda, mercados
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Se você era um dos investidores que esperavam uma bela indigestão do mercado após a Super Quarta cheia de acontecimentos, sinto decepcionar, mas esse não foi o caminho escolhido pelo Ibovespa e demais índices globais. As bolsas americanas fecharam o dia em forte alta, e o Ibovespa só não foi além porque a Petrobras (PETR4) impediu um voo mais alto. 

De modo geral, as surpresas nos comunicados do Federal Reserve e do Banco Central brasileiro foram poucas e estavam potencialmente precificadas, o que levou a um dia de meros ajustes. Por aqui, o mercado de juros operou em queda nos vencimentos mais curtos, diante da leitura de que o Banco Central deve encerrar em breve o ajuste na taxa Selic. 

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F23DI jan/2312,93%13,08%
DI1F25DI Jan/2512,35%12,39%
DI1F26DI Jan/2612,17%12,19%
DI1F27DI Jan/2712,18%12,17%

Os bons ventos que vieram da China deram o fôlego extra necessário – o país deve voltar a investir fortemente em infraestrutura, o que é uma boa notícia para as mineradoras e siderúrgicas, empresas que puxaram as altas da bolsa hoje. 

A falta de acordo entre Rússia e Ucrânia seguiu sendo uma não-notícia para os investidores. Na realidade, a nova alta de 8% do petróleo ajudou o Ibovespa a fechar em alta de 1,77%, aos 113.076 pontos. O dólar à vista acompanhou a curva de juros e encerrou o dia em queda de 1,16%, a R$ 5,0343. 

Mas teve alguém que não conseguiu surfar essa onda. A Petrobras é mais uma vez assombrada pela perspectiva de interferência governamental para controlar a escalada do preço dos combustíveis.

A situação prejudicaria os acionistas minoritários e lembra ao mercado que, mesmo diante dos reajustes recentes, a companhia ainda possui um déficit em relação ao preço do petróleo praticado no mercado internacional.

Vai parar por aí?

Ontem, o Fed anunciou a elevação da sua taxa de juros pela primeira vez desde 2018 e também mais seis altas para 2022. Enquanto para alguns o movimento pode parecer extremo, para outros é apenas o começo.

Eduardo Cubas, sócio e head de alocação da Manchester Investimentos, acredita que o banco central americano arrastou a inflação por tempo demais, e uma subida pouco além do patamar neutro pode ser insuficiente para controlar o dragão voraz. Na visão de Cubas, se o Fomc persistir com o plano de voo atual, deve seguir sendo surpreendido negativamente.

Dando um passo além 

Depois de mostrar avanço na negociação de um termo de paz que aborda 15 itens, Rússia e Ucrânia parecem ter chegado a um impasse. O governo de Vladimir Putin pede que o país vizinho renuncie ao desejo de entrar para para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e que recuse o auxílio militar estrangeiro. 

Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, não está seguro quanto às garantias propostas pelos russos e teme que uma nova invasão possa ocorrer mesmo após o acordo. Sem poder contar com o apoio da Otan, Zelensky tenta garantir que os países do leste europeu se comprometam a proteger a Ucrânia em caso de nova invasão. 

Além da falta de acordo entre as duas partes diretamente envolvidas no conflito, o presidente americano Joe Biden elevou o tom e chamou Putin de “criminoso de guerra” ao falar sobre os ataques a alvos civis. 

A tensão no leste europeu pressionou mais uma vez o preço do barril de petróleo, com incerteza sobre o futuro da oferta russa do óleo. O Brent – utilizado como referência global – avançou 8,79% hoje, a US$ 106,41. 

... Mas Petrobras não acompanha

Falas do presidente Jair Bolsonaro voltaram a pesar sobre as ações da Petrobras. Na tarde de ontem, o presidente admitiu que soube do último reajuste proposto pela companhia antes do anúncio e pediu que a estatal atrasasse em um dia a medida, dando tempo para que os projetos que visam a estabelecer um subsídio para a compra de combustíveis fosse aprovado no Congresso. 

Embora o pedido não tenha sido aceito, a situação causou desconforto na bolsa e no cenário político, com o presidente afirmando que a recusa foi um crime contra a população.

Além disso, Bolsonaro afirmou que "existe uma possibilidade" de que o general Joaquim Silva e Luna seja substituído no comando da Petrobras, aumentando o temor de que o governo trabalhe para que a estatal esteja por trás da absorção do custo da elevação do preço do barril de petróleo. 

Vale lembrar que a entrada do próprio Silva e Luna foi cercada de incertezas, mas o general se mostrou resistente ao não mexer na política de preços da companhia. 

Victor Benndorf, diretor na Benndorf Consultoria, classifica uma possível troca de comando como "péssima" e acredita que a movimentação pode abrir espaço para que o mercado penalize a Petrobras pelo atraso dos ajustes necessários para que a companhia de fato siga a paridade com o petróleo. 

"O mercado já deveria ter penalizado PETR4 pelo atraso. O molho saiu mais caro que o peixe, teria sido melhor seguir o Brent de forma mais homeopática". 

Sobe e desce do Ibovespa

Com a alta do petróleo e do minério de ferro e perspectivas favoráveis de que o governo chinês deve voltar a estimular o setor de infraestrutura do país, as commodities reinaram entre os principais destaques do dia. A única exceção ficou por conta da Petrobras, afetada por ruídos políticos . Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
PRIO3PetroRio ONR$ 25,058,16%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 5,547,99%
CSNA3CSN ONR$ 25,807,95%
CMIG4Cemig PNR$ 13,546,36%
BIDI11Banco Inter unitR$ 18,246,36%

Pelo segundo dia consecutivo, as ações da Yduqs tiveram perdas significativas. A MRV, no entanto, ficou com o título de pior desempenho do dia, repercutindo o balanço do quarto trimestre da companhia. Confira também as maiores quedas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
MRVE3MRV ONR$ 10,11-4,89%
YDUQ3Yduqs ONR$ 15,81-3,60%
PETR4Petrobras PNR$ 30,01-2,66%
PETR3Petrobras ONR$ 32,87-2,64%
FLRY3Fleury ONR$ 16,86-2,37%

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