Bolsa sem paz! Europa e Estados Unidos ficam mais um dia no vermelho, na cola do exército russo
Forças militares russas seguem avançando em direção a Kiev, e os mercados globais ficam pressionados

A bolsa de Moscou está blindada contra novas perdas – está fechada desde a última segunda-feira (28), após uma queda de cerca de 50% –, mas as bolsas internacionais seguem repercutindo o avanço da Rússia em território ucraniano e as implicações econômicas do conflito.
A bolsa brasileira só volta a operar amanhã, às 13h, após a pausa para o Carnaval, e deve repercutir um cenário de grande aversão ao risco.
Nesses últimos dois dias, as bolsas americanas e europeias sangraram, ainda que algumas companhias brasileiras que negociam recibos de ações em Nova York (ADRs) tenham tido uma alta expressiva, acompanhando os ganhos do petróleo. O principal destaque fica com a Petrobras, que acompanhou o avanço significativo do petróleo.
As bolsas europeias e americanas, no entanto, não contaram com a mesma sorte. Enquanto os russos seguem avançando pelo território ucraniano, os principais índices globais seguem acumulando perdas.
Na Europa, as principais praças recuaram quase 4% hoje, e em Wall Street as perdas foram da ordem de 2%. Confira o fechamento da bolsas em Nova York:
- S&P 500: -1,59%
- Nasdaq: -1,59%
- Dow Jones: -1,77%
A guerra até aqui
O exército russo atacou a segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, atingindo alvos civis, em direção à capital do país. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participou hoje de uma sessão do Parlamento Europeu, um dia após ter pedido oficialmente a integração do país ao bloco, e agradeceu o apoio recebido até agora.
Leia Também
O governo ucraniano informou que os invasores derrubaram uma torre de TV e atingiram o principal Museu do Holocausto da Ucrânia.
Segundo as agências russas de notícias Tass e RIA, o Ministério de Defesa da Rússia informou que o país irá atacar Kiev para atingir alvos ligados ao serviço de segurança e à unidade de operações especiais ucranianos. O comunicado pede que civis se retirem da cidade.
O Kremlin insiste que, até o momento, somente infraestrutura militar foi atingida e que civis não correm perigo, mas o Ministério do Interior da Ucrânia informou que 352 civis já foram mortos – incluindo 14 crianças.
Bolsa e dólar sob pressão
O dólar encarou mais um dia de fortalecimento em escala global. O DXY, índice que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta com divisas fortes — como o euro, o iene, a libra e o franco suíço — avançou 0,72% nesta terça. O ouro, tradicional reserva de valor em tempos de crise, teve mais um dia de avanço expressivo acima da casa do 2%.
A elevação da tensão na Ucrânia também voltou a pressionar o petróleo. Tanto o barril do WTI quanto o Brent operam acima dos US$ 100, no maior nível em oito anos.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) está pressionada para elevar a produção e reduzir o valor da commodity, mas não deve agir. A Arábia Saudita já se pronunciou, afirmando que irá manter o que foi acordado na reunião anterior e subir lentamente a produção.
Os Estados Unidos e aliados voltaram a falar em lançar as reservas no mercado para tentar conter a escalada da commodity, mas os especialistas julgam o movimento como insuficiente.
Sem chances
Enquanto o presidente russo Vladimir Putin flerta com a possibilidade de uma guerra nuclear, a Casa Branca faz questão de reforçar que essa não é uma possibilidade e que tratados internacionais foram assinados entre as potências para impedir o uso do arsenal disponível, o que aliviou a bolsa na sessão de ontem.
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Veja as empresas que pagam dividendos e juros sobre capital próprio na próxima semana
Magalu, Santander, Fleury e mais 15 empresas pagam proventos nos próximos dias; confira o calendário
Semana mais curta teve ganhos para a Bolsa brasileira e o real; veja como foram os últimos dias para Ibovespa e dólar
O destaque da semana que vem são as reuniões dos comitês de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos para decidir sobre as taxas de juros dos seus países, na chamada “Super Quarta”
Warren Buffett não foi às compras: Berkshire Hathaway tem caixa recorde de US$ 347,7 bilhões no primeiro trimestre; lucro cai 14%
Caixa recorde indica que Buffett não aproveitou a queda do mercado de ações no primeiro trimestre para aplicar o dinheiro em novas oportunidades
Petrobras (PETR3) excluída: Santander retira petroleira da sua principal carteira recomendada de ações em maio; entenda por quê
Papel foi substituído por uma empresa mais sensível a juros, do setor imobiliário; saiba qual
IRB (IRBR3) volta a integrar carteira de small caps do BTG em maio: ‘uma das nossas grandes apostas’ para 2025; veja as demais alterações
Além do retorno da resseguradora, foram acrescentadas também as ações da SLC Agrícola (SLCE3) e da Blau Farmacêutica (BLAU3) no lugar de três papéis que foram retirados
WEG (WEGE3) tem preço-alvo cortado pelo JP Morgan após queda recente; banco diz se ainda vale comprar a ‘fábrica de bilionários’
Preço-alvo para a ação da companhia no fim do ano caiu de R$ 66 para R$ 61 depois de balanço fraco no primeiro trimestre
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Esta empresa mudou de nome e ticker na B3 e começa a negociar de “roupa nova” em 2 de maio: confira quem é ela
Transformação é resultado de programa de revisão de estratégia, organização e cultura da empresa, que estreia nova marca
Ficou com ações da Eletromidia (ELMD3) após a OPA? Ainda dá tempo de vendê-las para não terminar com um ‘mico’ na mão; saiba como
Quem não vendeu suas ações ELMD3 na OPA promovida pela Globo ainda consegue se desfazer dos papéis; veja como
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.