Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem no último pregão da semana; Ibovespa deve sentir volatilidade com vencimento de opções hoje
Com a agenda econômica esvaziada, a participação de Paulo Guedes em evento da Aeronáutica hoje é destaque do dia
O Ibovespa manteve-se descolado de Wall Street nas últimas duas sessões. Enquanto as bolsas de Nova York amargaram queda anteontem e ontem, o principal índice da B3 fechou em território positivo.
Isoladamente, nada muito robusto. Pouco a pouco ao longo da semana, o Ibovespa conseguiu escalar até os 117 mil pontos, acumulando alta de 4,54% nos últimos dias.
Mas o movimento chama a atenção se considerarmos que esse descolamento ocorre em um momento de turbulência externa e com o Brasil a apenas nove dias do segundo turno das eleições presidenciais.
Na quarta-feira (19), quem segurou a onda do Ibovespa foi a Petrobras. Ontem (10) foram as ações ligadas a commodities.Segunda e terça-feira, uma carona nas altas de Wall Street.
A dúvida para hoje é se, diante da turbulência externa, o Ibovespa será capaz de manter esse descolamento por mais um pregão em uma semana na qual as ações ligadas ao consumo caem vertiginosamente.
Por aqui, o dia deve ser de alta volatilidade devido ao vencimento sobre opções da B3. No exterior, as bolsas da Europa e os futuros dos Estados Unidos seguem no campo negativo pela manhã — e, na ausência de indicadores, devem permanecer assim, sem maiores gatilhos por enquanto.
Leia Também
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa hoje:
Crise na Europa deixa bolsas no vermelho
A crise política no Reino Unido pesa e os principais índices de ações da região operam em queda hoje.
A primeira-ministra Liz Truss sucumbiu ao desafio da alface e agora seus rivais no Partido Conservador estão em campanha para sucedê-la.
Estão na disputa o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, recentemente derrotado por Truss nas eleições internas do partido, a ex-ministra da Defesa Penny Mordaunt e um velho conhecido do público: o ex-primeiro-ministro Boris Johnson.
Juros nos EUA pressionam bolsas (de novo)
Nos Estados Unidos, os índices futuros de Nova York operam no vermelho em meio a temores de uma recessão iminente. Ao mesmo tempo, os juros projetados da dívida norte-americana renovam os níveis mais elevados em 14 anos.
Enquanto alguns indicadores econômicos já sugerem uma desaceleração da economia, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mantém o discurso de combate implacável à inflação por meio da alta dos juros.
Ibovespa de olho na corrida eleitoral
Em mais um dia de olho na disputa pelo segundo turno, a bolsa brasileira acompanha com bons olhos a chance de uma virada nas pesquisas eleitorais. A possibilidade de o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) ultrapassar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 30 de outubro começou a aparecer no cálculo dos analistas.
Isso porque na última pesquisa eleitoral, o Datafolha deu a menor distância entre ambos — 49% das intenções para Lula e 45% para Bolsonaro. No limite da margem de erro, ambos estão empatados tecnicamente.
Mal-entendido
Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os ajustes fiscais para garantir recursos do Auxílio Brasil em R$ 600 ao mês passam pela tributação de lucros e dividendos com o Imposto de Renda (IR).
A fala do ministro colocou panos quentes na sua declaração anterior, de que nem o salário mínimo nem as despesas com previdência seriam corrigidos em 2023. Ainda segundo o chefe da pasta, Guedes afirma estar confiante na reeleição do presidente e na aprovação de uma PEC para revisar o teto de gastos.
Por fim, o ministro voltou a defender a importância “do DDD para o Orçamento federal”. Guedes se refere a Desvincular recursos, Desindexar reajustes automáticos e Desobrigar mínimos constitucionais. Essas propostas estão na pauta do chefe da Economia desde a campanha de 2018, mas pouco avançaram até o momento.
Agenda dos presidenciáveis
O presidente Bolsonaro participa de encontro com lutadores de artes marciais às 9h, mas o evento mais importante do chefe do Planalto hoje é sua entrevista no SBT, às 21h30. O debate entre os candidatos deveria acontecer neste horário, mas o ex-presidente informou que não iria comparecer.
Por fim, Lula participa de caminhada em Teófilo Otoni (MG) às 10h e, às 17h, uma outra em Juiz de Fora (MG). As informações são da Agência Brasil.
Bolsas hoje: agenda do dia
- Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de cerimônia da Aeronáutica (10h)
- Estados Unidos: Poços e plataformas de petróleo em atividade (14h)
- China: 20º Congresso Nacional do Partido Comunista chinês (o dia todo)
- Bélgica: Último dia da reunião do Conselho Europeu (o dia todo)
- Vencimento de opções na B3
Balanços do dia
Antes da abertura:
- Verizon (EUA)
- American Express (EUA)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
