Esquenta dos mercados: Bolsas lá fora tentam emplacar terceiro dia de alta, limitadas por dados inflacionários; Ibovespa mira Eletrobras (ELET3) e briga entre poderes
Ainda hoje, os investidores acompanham o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento
Os investidores locais acordam de olho no Tribunal de Contas da União (TCU) que deve retomar a sessão para julgar a privatização da Eletrobras (ELET3). Enquanto isso, as bolsas mundo afora tentam emplacar mais um dia de recuperação, em meio a dados inflacionários e temores de desaceleração.
Quem sustentou o bom desempenho de Nova York ontem (17) foram as falas de representantes do Federal Reserve e do presidente da instituição, Jerome Powell, além de dados do varejo e indústria dos EUA.
Já por aqui o Ibovespa aproveitou o bom desempenho do exterior para avançar mais 0,51%, aos 108.789 pontos. Já o dólar à vista voltou a ser negociado abaixo dos R$ 5. A moeda americana teve queda de 2,15%, a R$ 4,9429.
Confira o que movimenta bolsa, dólar e Ibovespa nesta quarta-feira (18):
Foco do Ibovespa: Eletrobras e política
A privatização da estatal de energia brasileira se arrasta por meses e os investidores acompanham ansiosos por quaisquer novidades sobre o avanço da desestatização.
Agora foi a vez do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, fazer sinalizações positivas. O chefe da pasta afirmou que deve ofertar as ações da estatal até a próxima quarta-feira (25), se o TCU der aval para a operação.
Leia Também
A reunião de hoje da Corte dará sequência aos debates legais sobre a privatização. A expectativa geral é de que o Tribunal dê sinal verde para a operação, mas também já adiou o julgamento outras vezes, o que pode ser um banho de água fria para o governo.
Bolsonaro contra STF
O presidente da República, Jair Bolsonaro, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro Alexandre de Moraes por abuso de autoridade. Dessa forma, o chefe do Executivo aprofunda a crise com o judiciário brasileiro, em meio a uma tentativa de elevar o tom e inflar suas bases de apoio antes das eleições de outubro.
Bolsonaro permanece com baixa popularidade entre o eleitorado e tenta “dobrar a aposta”, tomando medidas de caráter populista — como isenção de impostos e ampliação de benefícios — para tomar a frente das pesquisas eleitorais.
Nas contas da proposta de Orçamento para 2023, o governo central deve abrir mão de cerca de R$ 337,9 bilhões, aproximadamente 16,2% da arrecadação esperada para o ano.
Congresso em foco
A Câmara dos Deputados ainda aprovou na última terça-feira (17) um requerimento no Marco das Garantias que facilita a concessão de crédito no país. O projeto de lei (PL) é apoiado pelo Partido Liberal (PL) do presidente Jair Bolsonaro na Casa.
Ainda de olho no Congresso, a câmara aprovou outra medida provisória (MP) que permite o refinanciamento de dívidas de estudantes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A proposta abrange contratos firmados até o segundo semestre de 2017 e que estão com pagamentos atrasados há mais de 90 dias. O texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado.
E ainda hoje
Por fim, o cenário doméstico acompanha a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento do BB nesta quarta-feira. Também tomam parte no encontro o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra Fernandes.
Bolsas lá fora em montanha-russa
Enquanto o cenário doméstico se agarra às notícias locais, o exterior tenta avançar pelo segundo dia seguido, após semanas de alta volatilidade.
Os índices de Ásia e Pacífico fecharam majoritariamente em alta, estendendo os ganhos de ontem das bolsas de Nova York.
Já a Europa amanheceu tentando permanecer no campo positivo, mas os dados inflacionários locais limitam o sentimento dos investidores. O índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) se manteve em níveis recordes em abril, em 7,4%. Isso deve exigir que o Banco Central Europeu (BCE) aperte ainda mais sua política monetária.
Por último, os futuros de Wall Street perdem fôlego nas primeiras horas da manhã após avançarem com força no pregão de ontem.
O que move o exterior
Com a agenda lá fora mais esvaziada, os investidores devem acompanhar a reação da Rússia à entrada de Finlândia e Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Assim, os países encerram décadas de neutralidade entre Ocidente e Oriente — o que pode gerar retaliações de Moscou.
O próprio presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, se opõe à entrada dos países, alegando que Finlândia e Suécia apoiam militares separatistas curdos.
Agenda do dia
- Banco Central: Roberto Campos Neto, presidente do BC, participa da abertura de evento da Petrobras e do BB sobre mercado de carbono (9h)
- Banco Central: Diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra Fernandes, participa de evento da Câmara Espanhola, em São Paulo (9h30)
- Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de painel em evento da Petrobras e do BB sobre mercado de carbono (10h)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de painel em evento da Petrobras e do BB sobre mercado de carbono (11h)
- Tribunal de Contas da União: TCU volta a julgar segunda etapa da privatização da Eletrobras (14h30)
- Alemanha: Encontro de ministros das Finanças e banqueiros centrais do G7 (17h)
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
