Elon Musk e Twitter (TWTR34): Entenda os principais percalços da negociação — que terminou sem acordo
Os acionistas devem entram com outra ação contra o bilionários, nos próximos dias; a queda do acordo prevê multa rescisória de US$ 1 bilhão

O flerte entre Elon Musk e Twitter (TWTR34) durou exatos 98 dias. Uma relação conturbada, com idas e vindas, parece ter chegado ao fim e pegou todo mundo de surpresa.
O bilionário decidiu romper o acordo de compra da rede social por US$ 44 bilhões, na sexta-feira (8), em comunicado à Securities and Exchange Commission (SEC) — equivalente à CVM brasileira. O motivo: o número de contas falsas ou “spam” na plataforma.
Mas, a relação de Musk e a rede social ainda deve perdurar, pelo menos por algumas semanas ou até meses. Isso porque o Twitter pode entrar com uma ação contra o bilionário em razão da quebra do acordo.
Após o anúncio de desistência e fim das negociações, Bret Taylor, presidente do conselho de administração do Twitter, prometeu firmar uma batalha judicial contra o bilionário.
Na própria rede social, ele afirmou que o conselho segue “comprometido em fechar a transação no preço e nos termos acordados” e que planeja entrar com ação legal “para fazer cumprir o acordo de fusão”.
Briga judicial vem aí?
Antes de tudo, vale lembrar que os acionistas do passarinho azul já estão processando o dono da Tesla. A acusação é de que as idas e vindas de Musk durante a negociação, o favoreceu. Isso porque, a cada declaração, a rede social sofria duras perdas com a queda de ações.
Leia Também
Uma nova ação contra o bilionário pode obrigá-lo a cumprir o acordo de compra do Twitter por US$ 54,20 por ação.
Isso porque o documento, assinado em abril, prevê que em caso de desistência de qualquer uma das partes, haveria a obrigação de pagamento de uma multa rescisória de US$ 1 bilhão (cerca R$ 5,3 bilhões no câmbio atual).
Contudo, também existe uma possibilidade de um novo acordo. A rede social pode concordar com uma mudança no preço de negócio — a depender dos acionistas.
Veja também — Elon Musk está perdendo 'rios de dinheiro' se comprasse o Twitter (TWTR34) | Fortuna de Musk ameaçada?
Desdobramentos da negociação entre Elon Musk e Twitter
A história de Elon Musk e o Twitter começou, efetivamente, em 1º de abril quando o CEO da Tesla comprou uma fatia de 9% da rede social. 25 dias depois, o bilionário propôs a compra total da plataforma a US$ 54,20 por ação — cerca de 38% acima dos valor dos papéis da aquisição inicial.
No dia do anúncio, as ações do Twitter em Nova York valorizaram 6% e as BDRs subiram mais de 10% na B3. Na mesma semana, o bilionário vendeu o equivalente a US$ 4 bilhões em ações da Tesla (TSLA34) para pagar a aquisição.
O valor foi somado a sua fortuna, da qual US$ 21 bilhões seriam destinados ao Twitter. O restante seria captado em instituições financeiras — Musk contou com a “ajuda” de US$ 1,9 bilhão do príncipe saudita Alwaleed bin Talal.
Mas, os bons momentos entre Musk e o conselho do Twitter duraram pouco. Em maio o bilionário já havia suspendido o acordo de aquisição. A razão também era a falta de informações sobre o número de contas falsas ou spams na plataforma.
Em contrapartida, os acionistas da rede social entraram com ação contra Musk por conta das oscilações dos preços dos papéis à medida que as manifestações do bilionário envolviam a plataforma.
Os acionistas, então, acusaram o CEO da Tesla de se beneficiar financeiramente com a polêmica da suspensão do acordo, além de violar leis corporativas da Califórnia.
No início de junho, Musk se comprometeu a investir mais de sua fortuna para financiar o acordo avaliado em US$$ 44 bilhões. Ele decidiu incluir US$ 33,5 bilhões em ações no plano e desistiu de utilizar um empréstimo de margem garantida por papéis da Tesla.
Contudo, um mês depois, o bilionário decidiu pôr fim às negociações.
*Com informações de CNBC
Ironia? Elon Musk foi quem sofreu a maior queda na fortuna nos primeiros 100 dias de Trump; veja os bilionários que mais saíram perdendo
Bilionários da tecnologia foram os mais afetados pelo caos nos mercados provocado pela guerra tarifária; Warren Buffett foi quem ficou mais rico
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
BYD acelera e deixa Tesla para trás no mercado global de veículos elétricos em 2025
Montadora chinesa vendeu mais carros elétricos a bateria do que a rival americana no 1º trimestre e dobrou lucro, com forte crescimento dentro e fora da China
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Azul (AZUL4) capta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações e avança na reestruturação financeira
Oferta da aérea visa também a melhorar a estrutura de capital, aumentar a liquidez das ações e equitizar dívidas, além de incluir bônus de subscrição aos acionistas
Startup franco-brasileira de remoção de carbono leva prêmio de R$ 85 milhões da fundação de Elon Musk
NetZero utiliza tecnologia circular para processar resíduos agrícolas que sequestram carbono e aumentam a resiliência das lavouras
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Nem Elon Musk escapou da fúria de Trump: Tesla (TSLA34) sente na pele os efeitos da guerra comercial e receita com carros despenca 20%
As tarifas anunciadas pelo governo norte-americano pesaram sobre o desempenho do primeiro trimestre e a companhia revela planos para retomar o crescimento
Tesla (TSLA34) não escapa das tarifas contra a China, e BofA corta preço-alvo pela segunda vez no ano — mas balanço do 1T25 devem vir bom
Bank of America reduz preço-alvo em antecipação ao relatório trimestral previsto para esta terça-feira; resultados devem vir bons, mas perspectiva futura é de dificuldades
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
O que aconteceu com a fortuna dos maiores bilionários chineses com Trump ‘tocando o terror’ nas tarifas contra o gigante asiático?
Com a guerra comercial que está acontecendo entre China e EUA, os bilionários norte-americanos já perderam quase meio trilhão de dólares somados. Nesse cenário, como estão os ricaços chineses?
Inteligência artificial e Elon Musk podem manchar a imagem das empresas? Pesquisa revela os maiores riscos à reputação em 2025
A pesquisa Reputation Risk Index mostrou que os atuais riscos à reputação das empresas devem aumentar no decorrer deste ano
Os cinco bilionários que mais perderam dinheiro neste ano em meio ao novo governo Trump – e o que mais aumentou sua fortuna
O ano não tem sido fácil nem para os ricaços; a oscilação do mercado tem sido fortemente influenciada pelas decisões do novo governo Trump, em especial o tarifaço global proposto por ele