Quer dividendos fartos? CPFL Energia (CPFE3), CESP (CESP6) e EDP (ENBR3) são boas pedidas, diz Credit Suisse
Para o CS, o setor elétrico não deve ter grandes destaques operacionais e financeiros no quarto trimestre; sendo assim, vale ficar atento aos anúncios de dividendos e proventos aos acionistas
Se você compra ações de olho nos dividendos a serem distribuídos pelas empresas, certamente sabe que o setor de energia é uma aposta relativamente segura — essas companhias são notáveis por remunerarem os acionistas através do pagamento de proventos. E, para o Credit Suisse, três players desse segmento devem encher o bolso dos investidores nesta temporada de balanços: CPFL Energia (CPFE3), CESP (CESP6) e EDP (ENBR3).
Em relatório publicado nesta manhã, o banco suíço analisa as perspectivas para as geradoras, transmissoras e distribuidoras de eletricidade no quarto trimestre. E, na visão da casa, os resultados do setor não trarão grandes emoções: volumes mais fracos tendem a ser compensados pelo controle maior nos custos e despesas, deixando a maior parte das empresas no zero a zero.
Dito isso, a distribuição de proventos tende a ser o principal fator a ser observado nos números dos três últimos meses de 2021. Para os analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano, a CPFL tende a ser a campeã no front do dividend yield — a relação entre os dividendos por ação e o preço unitário dos papéis.
A equipe do Credit Suisse acredita, inclusive, que o pagamento de dividendos da CPFL Energia (CPFE3) poderá chegar a 70% do lucro líquido (um indicador conhecido como taxa de payout). "A CESP (CESP6) também pode ser um destaque positivo", dizem os analistas, destacando ainda que a EDP (ENBR3) tem chance de distribuir proventos volumosos após a venda de alguns ativos de transmissão no quarto trimestre.
Setor de energia: o que esperar no quarto trimestre?
Em termos operacionais e financeiros, o banco pondera que as empresas do setor de energia tendem a ser beneficiadas pelo controle maior no lado da inadimplência dos consumidores e pela incorporação de novos ativos. As taxas de perdas mais baixas também podem ajudar o segmento nos três últimos meses do ano.
Isso, no entanto, não quer dizer que todas as companhias terão um desempenho semelhante. É preciso aprofundar a análise e dividir as energéticas de acordo com o seu segmento de atuação — geradoras, transmissoras e distribuidoras.
Leia Também
- Geradoras: para as hídricas, os resultados tendem a ser impulsionados pelos reajustes nos contratos e um ambiente hidrológico mais saudável, o que reduz os preços no mercado de curto prazo; para as eólicas, é esperado uma temporada fraca; para as térmicas, os níveis ainda elevados de demanda devem garantir bons números;
- Transmissoras: é de se esperar menores benefícios contábeis, considerando o número mais baixo de linhas em construção; e
- Distribuidoras: volumes mais fracos, conforme já foi revelado por EDP (ENBR3), Neoenergia (NEOE3) e Energisa (ENGI11) — é esperado que a tendência também seja vista na CPFL Energia (CPFE3).
No que diz respeito ao volume das distribuidoras, o Credit Suisse aponta que, em linhas gerais, houve um efeito benéfico causado pela recuperação econômica, com indústria e comércio consumindo mais energia. Por outro lado, a demanda residencial diminuiu, dadas as temperaturas mais amenas dos três últimos meses de 2021 em relação ao mesmo período de 2020.
Além disso, a demanda agregada por energia caiu nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, o que ofuscou o aumento no consumo no Norte e Nordeste; assim, por mais que indústria e comércio estejam em trajetória ascendente de demanda, os volumes das distribuidoras tendem a mostrar um quadro ainda fraco como um todo.
"Projetamos resultados sólidos para Neoenergia e Engie (EGIE3), com base nos custos controlados, nos ajustes contratuais, na incorporação de novos ativos e na boa administração do portfólio", escrevem os analistas. "A CPFL também tende a se beneficiar das revisões tarifárias. A Taesa (TAEE11) e a Alupar (ALUP11) devem apresentar bons números".
No mesmo relatório, o banco suíço também faz comentários sobre o setor de saneamento básico, mostrando-se pouco animado com as perspectivas para as companhias. Para os analistas, os volumes apresentados por Sabesp (SBSP3), Sanepar (SAPR4) e Copasa (CSMG3) tendem a ser mais fracos, embora as duas primeiras consigam mitigar parte desse efeito com aumentos tarifários.
Dividendos: CPFL (CPFE3) e o setor
Veja abaixo qual foi o dividend yield das principais empresas do setor de energia elétrica nos últimos 12 meses. Os dados são do TradeMap:
| Empresa | Ação | Dividend Yield (12 meses) |
| Copel | CPLE6 | 17,5% |
| CTEEP | TRPL4 | 14,5% |
| CPFL Energia | CPFE3 | 12,8% |
| Taesa | TAEE11 | 11,7% |
| CESP | CESP6 | 9,4% |
| Energisa | ENGI11 | 9,2% |
| Cemig | CMIG4 | 8,1% |
| EDP | ENBR3 | 7,0% |
| Engie | EGIE3 | 4,4% |
| Light | LIGT3 | 4,1% |
| Alupar | ALUP11 | 3,3% |
| AES Brasil | AESB3 | 2,3% |
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
