Corretoras diversificam e dois fundos imobiliários de tijolo e dois de papel são os FIIs mais recomendados para novembro; confira os destaques de 11 carteiras
Investir em FIIs é como montar uma banda: não basta descobrir um ativo promissor e encher a carteira, pois cada fundo desempenha um papel importante para que o resultado final seja harmônico — e lucrativo

Investir em fundos imobiliários, ou FIIs, é como montar uma banda: cada músico desempenha um papel importante para que o resultado final seja harmônico — e lucrativo.
E não basta apenas descobrir um ativo promissor e encher a carteira com suas cotas, é necessário diversificar. Os Beatles, por exemplo, precisaram de quatro membros para se tornar uma das bandas mais famosas de todos os tempos.
John Lennon e Paul McCartney lideravam o grupo, mas George Harrison — que compôs a segunda música mais regravada da banda* — e Ringo Starr, considerado um dos maiores bateristas de todos os tempos, também foram essenciais para a construção do som que conquistou fãs ao redor do mundo.
- Melhor que MXRF11: analista diz que FII pode ‘comer poeira’ com este outro fundo que valorizou 267% do Ifix em 2 meses, está barato e pode se beneficiar com a retomada da renda variável; conheça ele aqui .
Buscando montar carteiras tão bem sucedidas quanto o Quarteto Fabuloso, as corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro seguiram o princípio da diversificação e também elegeram, com três recomendações cada, quatro fundos imobiliários como os favoritos de novembro.
Dois deles, Bresco Logística (BRCO11) e BTG Pactual Logística (BTLG11), podem ser considerados Lennon e McCartney dos FIIs.
Ambos são fundos de tijolo, cujo patrimônio está em ativos reais, ligados à logística. O segmento ocupa os holofotes da indústria desde que a pandemia de covid-19 acelerou o e-commerce e, consequentemente, quem estava exposto à dinâmica do setor.
Leia Também
Os outros dois integrantes dessa banda, Kinea Índice de Preços (KNIP11) e Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), são FIIs de papel, ou seja, que investem em títulos de crédito ligados ao setor imobiliário.
A classe já foi uma favorita dos fãs, mas perdeu espaço quando o arrefecimento da inflação e o fim do ciclo de alta da taxa Selic ameaçaram reduzir os proventos pagos pelos ativos. Contudo, os descontos oferecidos pelas cotas e as perspectivas macroeconômicas para o próximo ano soam novamente como música para os ouvidos do investidor.
- Melhor que MXRF11: analista diz que FII pode ‘comer poeira’ com este outro fundo que valorizou 267% do Ifix em 2 meses, está barato e pode se beneficiar com a retomada da renda variável; conheça ele aqui
Além disso, os analistas também oferecem opções para quem procura um “quinto Beatle” para a carteira. CSGH Renda Urbana (HGRU11), RBR Alpha Multiestratégia Real Estate (RBRF11), Valora RE III (VGIR11) e Vinci Shopping Centers (VISC11) receberam duas recomendações cada e completam a banda dos FIIs.
Confira a seguir os favoritos de cada corretora entre os indicados nas suas respectivas carteiras recomendadas para novembro:
Entendendo o FII do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 fundos imobiliários, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
Bresco Logística (BRCO11) — afinado com o e-commerce
No geral, os ruídos da pandemia de covid-19 e o aperto nos juros brasileiros promovido para conter a inflação atrapalharam o compasso fundos imobiliários de tijolo. Mas o isolamento social acelerou o e-commerce — e quem estava afinado com o setor acabou se dando bem.
Esse é o caso do Bresco Logística (BRCO11), cujo portfólio de locatários está cerca de 57% ligado ao varejo online e tem Magazine Luiza, Mercado Livre e Americanas entre os inquilinos
Com 11 ativos na carteira, o fundo também chama a atenção pela qualidade dos imóveis. Novos ativos só entram se possuírem especificações técnicas “A+” — ou seja, de alto padrão construtivo —, e a manutenção constante mantém a boa condição dos empreendimentos que já estão na carteira.
A localização dos galpões é outro ponto forte: 59% deles estão em São Paulo e 39% da receita total do fundo vem da capital do Estado, a maior metrópole do país. O restante dos ativos está dividido entre Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Além disso, a taxa de vacância física atualmente zerada agrada os analistas. E a situação deve permanecer assim por mais algum tempo, já que os contratos de locação possuem prazo médio remanescente de 4,8 anos.
BTG Pactual Logística (BTLG11) — salto no portfólio
Por falar em portfólio afinado, outro fundo de logística recomendado por três corretoras em novembro é o BTG Pactual Logística (BTLG11).
O fundo, que também foca empreendimentos logísticos “A+”, nasceu em 2010 como TRX Realty Logística Renda Fundo de Investimento. A mudança de nome ocorreu em 2019, quando o ativo foi reestruturado e passou para a gestão do BTG Pactual Gestora de Recursos.
Para a Órama Investimentos, uma das corretoras que recomenda o BTLG11 neste mês, a troca foi acertada: “O BTG vem realizando boas aquisições por meio de suas últimas emissões, com ativos logísticos de qualidade, bom risco de crédito dos inquilinos e taxas de retorno acima de 8% ao ano, na média”.
- Melhor que MXRF11: analista diz que FII pode ‘comer poeira’ com este outro fundo que valorizou 267% do Ifix em 2 meses, está barato e pode se beneficiar com a retomada da renda variável; conheça ele aqui
A corretora elogia ainda o trabalho ativo da gestão com a carteira, destacando os oito contratos de locação firmados neste ano.
O movimento reduziu a vacância do FII para 0%, “além de ter gerado um aumento real nos valores e estendido o prazo médio de vencimento da carteira”.
Kinea Índice de Preços (KNIP11) — uma canção de amor ao IPCA
Assim como a história da música, o mercado de capitais brasileiros tem alguns clássicos que, por mais que fiquem esquecidos como discos no fundo da prateleira por algum tempo, sempre voltam aos holofotes mais cedo ou mais tarde.
Um desses clássicos é a inflação — e o Daycoval acredita que a canção da alta dos preços voltará a tocar nos próximos meses. Por isso, o banco incluiu o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) entre os favoritos da carteira recomendada deste mês.
Com o portfólio 95% indexado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a medida oficial da inflação no país, o fundo se prepara para tocar os acordes inflacionários a qualquer momento.
“A última projeção realizada para o IPCA de outubro, já indicou uma variação positiva do indicador para 0,44%, sinalizando que o período deflacionário tende a não persistir além desta janela de curto prazo”, destaca o último relatório gerencial do FII.
Enquanto aguarda nos bastidores, o fundo oferece um desconto para quem quiser participar do show: o KINP11 acumula queda de quase 10% no mercado secundário neste ano e negocia cerca de 3,3% abaixo do valor patrimonial da cota, de R$ 96,64.
Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) — dando um show de dividendos
Se o KNIP11 aguarda o aquecimento da inflação para voltar aos palcos, outro fundo gerido pela Kinea vive a situação oposta e é uma das estrelas da carteira dos investidores desde o ano passado, quando começou o ciclo de alta da Selic.
O Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) está 97,9% indexado ao CDI, uma referência para o rendimento dos investimentos em renda fixa que segue de perto as variações da taxa básica de juros brasileira.
“Neste momento de juros elevados, o fundo tende a ser mais defensivo e manter seus dividendos, além disso conta com uma carteira pulverizada de crédito com bons devedores”, destaca a Genial Investimentos.
E o cenário positivo para o fundo não deve mudar tão cedo: segundo o último Boletim Focus, o mercado projeta a Selic dois dígitos até o final de 2023.
Com isso, o arranjo para os dividendos do KNCR11 segue na partitura. O FII distribuirá R$ 1,10 por cota em novembro, o que representa uma rentabilidade de 104% da taxa DI.
Repercussão — BRCO11 ligou o amplificador
Em outubro, o IFIX registrou o quarto mês seguido de alta. Mas o avanço do índice que reúne os principais fundos imobiliários da B3 foi tímido, de apenas 0,02%.
Já o Bresco Logística (BRCO11) — FII mais recomendado pelas corretoras no período — anotou um crescimento maior, de 1,33%, enquanto as medalhas de prata do mês recuaram até 1,07%.
Veja a seguir como operaram todos os fundos dos top 3 das corretoras:
*PS: para quem não sabe, a segunda música mais regravada dos Beatles é Something, lançada em 1969 e com covers de mais de 150 artistas. A canção fica atrás apenas de Yesterday, de 1965, que foi regravada em 4,136 mil ocasiões.
Cessar-fogo no radar dos investidores: Ibovespa se aproxima dos 140 mil pontos, enquanto dólar e petróleo perdem fôlego
O Irã sinaliza que busca um fim para as hostilidades e a retomada das negociações sobre seu programa nuclear
17 OPA X 0 IPO: Em meio à seca de estreias na bolsa, vimos uma enxurrada de OPAs — e novas regras podem aumentar ainda mais essa tendência
Mudança nas regras para Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) que entram em vigor em 1º de julho devem tornar mais simples, ágil e barato o processo de aquisição de controle e cancelamento de registro das companhias listadas
Dividendos bilionários: JBS (JBSS32) anuncia data de pagamento de R$ 2,2 bilhões em proventos; veja quem tem direito a receber
Após o pagamento dos dividendos, há ainda uma previsão de leilão das frações de ações do frigorífico
Quatro fundos imobiliários estão em vias de dizer adeus à B3, mas envolvem emissões bilionárias de outros FIIs; entenda o imbróglio
A votação para dar fim aos fundos imobiliários faz parte de fusões entre FIIs do Patria Investimentos e da Genial Investimentos
É hora de comprar Suzano? Bancão eleva recomendação para ações e revela se vale a pena colocar SUZB3 na carteira agora
O Goldman Sachs aponta quatro razões principais para apostar nas ações da Suzano neste momento; veja os pilares da tese otimista
Méliuz (CASH3) levanta R$ 180,1 milhões com oferta de ações; confira o valor do papel e entenda o que acontece agora
O anúncio de nova oferta de ações não foi uma surpresa, já que a plataforma de cashback analisava formas de levantar capital para adquirir mais bitcoin
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado