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Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances "O Roteirista", "Abandonado" e "Os Jogadores"

ENTREVISTA

Após 15 aquisições em cinco anos, BTG Pactual (BPAC11) vê ‘oba-oba’ no mercado: ‘todo mundo ainda acha que vale muito dinheiro’

Apesar dos preços, banco segue de olho em aquisições para a plataforma de investimentos, que cresce mesmo com cenário desfavorável, diz Marcelo Flora, sócio do BTG

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
26 de julho de 2022
7:07 - atualizado às 17:29
Marcelo Flora, sócio do BTG Pactual
Marcelo Flora, sócio do BTG Pactual - Imagem: Divulgação/BTG Pactual

Você piscou e o BTG Pactual (BPAC11) fechou mais uma compra. Foi assim nos últimos cinco anos, quando o banco anunciou nada menos que 15 aquisições dentro da estratégia de crescimento da plataforma digital para o investidor de varejo.

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Entre os principais negócios desse período está a compra do Grupo Empiricus, do qual o Seu Dinheiro faz parte. Mas desde fevereiro, quando anunciou a aquisição da corretora carioca Elite, o BTG fez uma espécie de pausa estratégica.

Nesse meio tempo, quem se mexeu foi a concorrência, mais notadamente o Itaú, que comprou participações nas corretoras Avenue e Ideal.

O BTG até segue com apetite por aquisições para reforçar sua plataforma. Mas uma variável importante deixou o banco de fora da corrida por aquisições nos últimos meses: o preço.

“O mercado vem em um oba-oba muito forte, todo mundo ainda acha que vale muito dinheiro”, me disse Marcelo Flora, sócio do BTG Pactual responsável pela plataforma digital, em uma entrevista na sede do banco.

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De modo geral, o valor das plataformas que podem ser alvo de aquisição não acompanhou a reavaliação global dos ativos com o processo de alta das taxas de juros e a ameaça de recessão, segundo Flora.

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BTG: crescimento no pior cenário

Esse nem de longe é o melhor ambiente para um negócio de crescimento como o do BTG, que investiu mais de R$ 1 bilhão na plataforma digital.

O cenário de juros altos diminui a insatisfação dos investidores com as aplicações tradicionais, o que diminui a busca por alternativas fora da prateleira dos bancões.

No caso do BTG Pactual, houve uma desaceleração entre 15% a 20% na entrada de dinheiro novo em relação aos recordes alcançados quando a taxa de juros estava nas mínimas.

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Então a aposta no chamado “financial deepening” — a tendência de migração dos recursos dos clientes de grandes bancos para os novos concorrentes — está comprometida?

“Se no pior ambiente para o nosso negócio continuamos registrando crescimento, então estamos muito satisfeitos. O estrutural não mudou”, afirma Flora.

O banco não abre dados específicos da plataforma de investimentos. Os números aparecem junto com os recursos de clientes endinheirados (wealth management), que atingiram R$ 458 bilhões em março deste ano, alta 44,5% em 12 meses.

Plataforma nos EUA

Isso significa que, mesmo em um momento desfavorável, o BTG pode voltar a anunciar aquisições. “Temos o compromisso com os acionistas de estar o tempo inteiro olhando as oportunidades de mercado.”

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A cada novo investimento, os sócios avaliam a relação custo-benefício de crescer via aquisições ou de forma orgânica. Então para a mais nova empreitada a decisão do banco foi pelo segundo caminho.

De olho no aumento do interesse por investimentos no exterior, o BTG vai criar dentro de casa uma plataforma de investimentos nas bolsas dos Estados Unidos a partir do aplicativo do banco.

A expectativa é colocar a primeira versão do sistema para funcionários no fim deste ano e fazer o lançamento para os clientes em fase de testes em abril do ano que vem.

Ao optar por criar a plataforma para investimentos no exterior do zero, o BTG deve chegar ao mercado depois de concorrentes como a XP, Inter e mesmo o Itaú, que cortou caminho com a compra da Avenue.

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Mas nesse caso o cenário de queda das bolsas lá fora e de juros altos aqui no Brasil acaba ajudando o BTG, segundo Flora. “Estamos protegidos por esse ambiente, então vai dar tempo de desenvolver a nossa solução.”

BTG Pactual: uma marca e dois aplicativos

Outro trabalho interno do banco nesse tempo de vacas mais magras no mercado foi o de simplificar a marca e a estrutura tecnológica da plataforma digital.

As diversas marcas com as quais o banco operava — BTG+, BTG Digital — desapareceram e foram todas reunidas sob o guarda-chuva do BTG Pactual.

O próximo passo agora é integrar os aplicativos de banco digital, investimentos, wealth management e pequenas e médias empresas, que hoje estão separados. O único que vai seguir como app exclusivo é a ferramenta de trade.

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A união dos aplicativos também deve ajudar o BTG a aumentar a penetração e o volume de transações do cartão do banco digital entre os clientes da plataforma de investimentos.

Outra avenida de crescimento para o banco digital deve vir das empresas que foram adquiridas nos últimos anos. Entre os planos, por exemplo, está o de oferecer um cartão com a marca Empiricus para os clientes da casa, usando a estrutura do BTG.

Quanto vale o show?

Na primeira entrevista que concedeu ao Seu Dinheiro, há quatro anos, Marcelo Flora deu uma boa dimensão do potencial da plataforma de investimentos. Na ocasião, ele disse que o negócio teria o potencial para pelo menos triplicar o valor de mercado do banco na bolsa.

De lá para cá, as ações BPAC11 se multiplicaram por cinco. E isso mesmo depois de o banco captar aproximadamente R$ 10 bilhões em quatro ofertas de ações e da queda recente dos papéis. 

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Nada mais natural, portanto, perguntar novamente ao sócio do BTG Pactual o que ele pensa sobre a avaliação de mercado atual do banco.

“No cenário atual os ativos de risco de maneira geral sofreram bastante. Apesar desse ajuste, o banco continua sendo percebido como boa alternativa.”

Mesmo assim, a visão da transformação provocada pela entrada do BTG na briga pelos recursos dos investidores de varejo não é tão clara, segundo Flora. Isso porque o mercado ainda enxerga o banco como voltado primordialmente para o público institucional.

Em outras palavras, a percepção é que a maior parte dos recursos sob gestão vem de investidores como fundos de pensão e grandes fortunas. “O mercado se surpreenderia com os números”, afirma o sócio do BTG Pactual.

Riscos para a economia no 2º semestre: Lula x Bolsonaro, inflação, juros e risco de recessão. Assista ao vídeo:

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