Assaí (ASAI3) é a ação mais recomendada para setembro por 13 corretoras; veja a lista dos papéis preferidos dos analistas
A empresa, que antes fazia parte da do grupo Pão de Açúcar, estreou na B3 em março do ano passado e acumula ganhos de quase 34% desde então
Cada vez mais brasileiros têm trocado os hipermercados pelos atacarejos na hora da compra do mês. O formato, que reúne o atacado e o varejo e promete mais economia, conquistou a preferência de 67% das famílias do país neste ano, segundo dados da NielsenIQ.
Quando a consultoria começou a monitorar o setor, em 2015, esse percentual era de apenas 47%, avançando 20 pontos percentuais de lá para cá. E agora essa tendência também chegou à bolsa de valores, segundo indicam os analistas consultados pelo Seu Dinheiro.
Pela primeira vez desde o início da Ação do Mês, os papéis do Assaí (ASAI3), companhia que aposta no modelo do atacarejo, são os campeões de indicações das carteiras recomendadas de 13 corretoras para setembro.
- VAREJISTA PROMISSORA: considerada uma das mais atrativas e (fora do radar) ação do setor de vestuário, negocia com cerca de 60% de desconto, e tem tudo para disparar daqui em diante, segundo analista. Confira detalhes da ação aqui
A empresa, que antes fazia parte da estrutura do grupo Pão de Açúcar (PCAR3), estreou na B3 em março do ano passado e acumula ganhos de quase 34% desde então. E esse percentual pode subir ainda mais com o impulso das perspectivas de crescimento para a companhia.
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) começou a arrefecer em julho deste ano, mas a queda não é puxada pelo preço dos alimentos. Pelo contrário: os custos com alimentação e bebidas aceleraram de 0,80% em junho para 1,3% no mês seguinte.
Nesse cenário, a população se volta para os atacarejos em busca da economia. Por isso o setor, que já era o preferido dos donos de restaurantes, lanchonetes e outros pequenos comerciantes, também ganha penetração na alimentação domiciliar.
Leia Também
A última dança de Warren Buffett: 'Oráculo de Omaha' vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Preparando-se para atender à demanda maior em todo o país, o Assaí comprou 71 lojas da bandeira Extra Hiper operadas pelo GPA em outubro do ano passado, e agora está convertendo-as em unidades do tipo autosserviço.
A companhia já começou as entregas e, de acordo com o guidance (projeção), deve abrir 40 dessas lojas ao longo do segundo semestre e outras 30 unidades no próximo ano.
Com os analistas de olho nesse crescimento, o Assaí aparece entre os favoritos de quatro corretoras e faz sua estreia no pódio do SD já com a medalha de ouro. A rede de atacarejo divide a primeira posição com a Petrobras (PETR4), também indicada por quatro casas.
Também há uma novidade entre as medalhas de prata. A Vibra Energia (VBBR3) — que não aparecia nos lugares mais altos do pódio desde o início do ano — conquistou três recomendações e faz companhia à Lojas Renner (LREN3), que ocupa a posição pelo segundo mês consecutivo.
Ação da Vale (VALE3) fora do pódio
Além das caras novas, também chama a atenção a ausência daquela que havia sido a favorita absoluta das casas até agora: após nove meses seguidos no pódio, a Vale (VALE3) não recebeu sequer uma indicação em setembro.
Vale destacar que as cotações de seu principal produto, o minério de ferro, fecharam agosto com uma queda de 11,5%. No ano, o recuo acumulado já chega a 15,2%.
Confira abaixo todas as ações apontadas pelas 13 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro:
Entendendo a Ação do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 papéis, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
Assaí (ASAI3) — gatilhos de crescimento para a ação em toda parte
O atacarejo é conhecido por oferecer preços baixos, mas também por ter uma estrutura mais simples e com menos serviços. A proposta do Assaí é mais completa e busca agregar valor à rede sem sacrificar a característica econômica que atrai a maior parte dos consumidores.
Na conversão das antigas unidades da bandeira Extra Hiper, por exemplo, a companhia incluiu na reforma serviços como padaria e açougue e passou a exibir uma variedade maior de marcas mais sofisticadas e raras em grandes atacadistas.
Recursos extras à parte, também chama a atenção dos investidores a estratégia de expansão geográfica da empresa.
“As novas lojas são bem localizadas e têm pouca sobreposição com as atuais unidades do Assaí, além de já entrarem em um estágio mais avançado da curva de maturação”, destaca a Ativa Investimentos, uma das casas que incluiu as ações ASAI3 entre suas favoritas para setembro.
- VAREJISTA PROMISSORA: considerada uma das mais atrativas e (fora do radar) ação do setor de vestuário, negocia com cerca de 60% de desconto, e tem tudo para disparar daqui em diante, segundo analista. Confira detalhes da ação aqui
Os analistas da corretora explicam que, somadas as aberturas orgânicas e conversões, a base de lojas do Assaí crescerá 45% até o próximo ano.
Além dos fatores internos da empresa, elementos externos também devem ajudar na expansão do negócio. A retomada do Auxílio Brasil de R$ 600, por exemplo, impulsiona o consumo da parcela mais pobre da população — um dos principais gastos dessa faixa de renda é com a alimentação.
A retomada dos bares e restaurantes, iniciada após o arrefecimento da pandemia de covid-19 e o fim das medidas de distanciamento social também são catalisadores para a expansão do Assaí.
Por fim, o início da Copa do Mundo do Catar, o evento esportivo mais aguardado de 2022, deve ser o gatilho que faltava para um salto nas receitas de final de ano.
Segundo a XP Investimentos, torcedores costumam frequentar bares e restaurantes no período. Os estabelecimentos, por sua vez, são atendidos por atacados e atacarejos.
As companhias do setor também têm a ganhar com quem fica em casa, mas vai às compras em busca de guloseimas para consumir enquanto assiste aos jogos.
Petrobras (PETR4), Lojas Renner (LREN3) e Vibra Energia (VBBR3): as outras campeãs do mês
Além do Assaí, que foi destaque do mês, outras três ações conquistaram a preferência dos analistas em setembro.
A Petrobras (PETR4), por exemplo, apareceu entre os papéis favoritos de quatro corretoras. O movimento indica que, apesar dos ruídos de governança no alto comando da estatal e da chegada do período eleitoral, a ação ainda é uma boa opção para os investidores — especialmente aqueles que valorizam proventos fartos.
“A Petrobras entregou uma performance excelente na nossa carteira em função do seu fortíssimo resultado e da divulgação de dividendos históricos no segundo trimestre de 2022”, cita a Ativa Investimentos.
Com três indicações, a Lojas Renner (LREN3) também aparece no pódio do Seu Dinheiro, em segundo lugar. Para a Guide Investimentos, o balanço da empresa no segundo trimestre mostrou que sua estratégia de omnicalidade — integração entre canais físico e digital de forma fluída — “está rendendo bons frutos”.
Com isso, a margem bruta da varejista de moda, que foi profundamente afetada pela pandemia de covid-19 e pela alta da inflação e dos juros, voltou a um patamar próximo do que era registrado em 2019.
A última campeã do mês é a Vibra Energia (VBBR3). A companhia voltou ao segundo lugar mais alto do pódio da Ação do Mês após provar, segundo a Ativa, que “consegue extrair uma margem Ebitda saudável mesmo em períodos sazonalmente mais desafiadores”.
- VAREJISTA PROMISSORA: considerada uma das mais atrativas e (fora do radar) ação do setor de vestuário, negocia com cerca de 60% de desconto, e tem tudo para disparar daqui em diante, segundo analista. Confira detalhes da ação aqui
O indicador destacado pela Ativa ficou dentro da estabilidade no segundo trimestre, apresentando apenas um leve recuo de 0,1 ponto percentual ante o mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido saltou 85,1%, na mesma base de comparação, e chegou a R$ 707 milhões.
Repercussão — sem desgosto para as Ações do Mês
Agosto, mês do desgosto? Não para as ações mais indicadas pelas corretoras. O campeão do mês passado, Itaú Unibanco (ITUB4), avançou 8,22%, enquanto a Renner (LREN3), que ocupava a segunda posição, anotou ganhos de 5,37%.
A exceção foi a Vale (VALE3): a ação sentiu o peso da queda do minério de ferro no mercado internacional e recuou 6,44%.
Veja a lista completa:
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
