Ibovespa avança aos 106 mil pontos apesar de exterior negativo; dólar perde força
Bolsas de Nova York recuam após dados de vendas no varejo negativos e balanços de bancos mistos
A sexta-feira (14) é de clima pesado nos mercados internacionais, mas o Ibovespa vem conseguindo sustentar a alta desde cedo, apesar de tudo.
Os mercados seguem digerindo as indicações de aperto monetário dadas pelo Federal Reserve, o banco central americano, ao longo da última semana.
Os juros futuros mais longos disparam nos Estados Unidos na tarde de hoje, em reação a falas duras de dirigentes do Fed contra a inflação no país, o que contribui para a desvalorização dos ativos de risco.
Além disso, as bolsas americanas reagem aos primeiros resultados da temporada de balanços do quarto trimestre de 2021, inaugurada, como sempre, pelas instituições financeiras. E apesar dos números terem vindo acima das estimativas do mercado, as ações da maioria dos bancos recua forte em Wall Street nesta sexta.
As vendas no varejo decepcionantes nos EUA também decepcionaram os investidores globais, contribuindo para a queda dos principais índices em Nova York. Há pouco, o Dow Jones tinha queda de 0,92%, o S&P 500 caía 0,39%, e o Nasdaq operava estável.
Na Europa, o dia também foi negativo, acompanhando o mercado americano. O índice pan-europeu Stoxx 600, que reúne as principais empresas do continente, fechou em queda de 1,04%, acumulando perda de 1,05% na semana.
Leia Também
No entanto, o Ibovespa consegue se manter em alta, firme e forte, puxado pela valorização de Petrobras, com a alta do petróleo, e dos bancos. Perto das 17h, o principal índice da B3 subia 1,28%, na máxima do dia, aos 106.875 pontos. Já o dólar à vista virou e fechou em queda de 0,29%, a R$ 5,5132.
Os juros futuros fecharam mistos. Veja o desempenho dos principais vencimentos:
- Janeiro/23: alta de 11,927% para 11,94%;
- Janeiro/25: alta de 11,183% para 11,225%;
- Janeiro/27: queda de 11,137% para 11,135%.
Vendas no varejo animam mercado local
Os dados do varejo local animam os investidores dos mercados domésticos nesta sexta. De acordo com o IBGE, as vendas do varejo restrito avançaram 0,6% no mês, próximo ao teto das projeções coletadas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Estadão, e acima da mediana das projeções, que era de estabilidade.
Já as vendas no varejo ampliado subiram 0,5% em novembro de 2021, também próximo ao teto das projeções e acima da mediana das estimativas, que era de queda de 0,6%.
Queda no lucro dos bancos americanos
Lá fora, no entanto, o clima é outro. Ainda com o gosto amargo do fim dos estímulos, os investidores internacionais permanecem atentos aos primeiros resultados da temporada de balanços do quarto trimestre de 2021.
Wells Fargo, Citigroup e JPMorgan foram os primeiros bancos a divulgar seus números, junto com a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo.
Embora todas as principais métricas tenham vindo acima do esperado pelo mercado, Citigroup e JPMorgan registraram queda nos seus lucros no quarto trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior.
O Wells Fargo foi o único dos três bancos que, além de surpreender positivamente em todas as métricas, viu um crescimento no lucro. A Carolina Gama apresenta os resultados das instituições financeiras nesta matéria.
Assim, as ações do Citigroup e do JPMorgan recuam forte nesta sexta, puxando também Morgan Stanley e Goldman Sachs. O Wells Fargo é o único que apresenta alta.
Como as ações dos bancos vinham se valorizando recentemente por conta da perspectiva de alta nos juros nos EUA - fator que tende a beneficiar esse tipo de instituição financeira -, é possível que os investidores estejam optando por uma realização dos ganhos recentes nos papéis das empresas cujos lucros falharam em crescer.
Além da reação ruim aos resultados dos bancos, Nova York também reage mal às vendas no varejo nos Estados Unidos, que caíram 1,90% em dezembro, bem mais do que a queda de 0,1% que havia sido projetada pelos analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal.
Discursos duros dos dirigentes do Fed e um feriado
Hoje, assim como ontem, os mercados globais seguiram de olho nas falas de dirigentes do Federal Reserve em busca de novas pistas acerca dos próximos passos da política monetária americana.
Os comentários duros contra a inflação impulsionam os juros longos dos títulos do Tesouro americano nesta tarde, o que contribui ainda mais para a perda de força dos ativos de risco.
O presidente da distrital da Filadélfia, Patrick Harker, reafirmou que três ou quatro altas de juros devem se fazer necessárias neste ano. Neel Kashkari, presidente da regional de Mineápolis, se disse surpreso com o ritmo de escalada da inflação nos EUA.
Já o presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou que as taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos devem avançar à medida que a autoridade monetária reduzir o seu balanço, isto é, vender de volta ao mercado os ativos adquiridos durante a época dos estímulos.
Ele também disse ser "impressionante" o quão baixos os retornos dos bônus de curto prazo estão neste momento.
Além de tudo, segunda-feira é feriado nos EUA, e os mercados permanecerão fechados, o que tende a ser um fator que leva os investidores a se protegerem e evitarem "dormir comprados", caso algo aconteça durante a folga prolongada e eles não consigam reagir imediatamente.
A kriptonita do superministro
Os investidores locais continuam de olho nas questões políticas, sobretudo aquelas que possam se traduzir em mais pressão sobre o risco fiscal.
Por um lado, o impasse com o reajuste dos servidores públicos permanece no radar. O presidente da República, Jair Bolsonaro, pretendia dar aumento apenas aos policiais federais, o que gerou reação de funcionários da Receita Federal e do Banco Central, que convocaram paralisações e greves para os próximos dias.
O imbróglio, no entanto, tem data para ser resolvido, pois em maio começam a valer as restrições eleitorais, que não permitem ao governo elevar certos gastos em ano de eleição.
Outra questão na qual os investidores permanecem de olho é no decreto, editado por Bolsonaro, que retira influência do ministério da Economia sobre o Orçamento federal, conferindo mais poder à Casa Civil.
O movimento é visto como uma perda de autonomia do ministro Paulo Guedes, chefe da pasta, e um aceno ao Centrão, tendo em vista que a Casa Civil é controlada pelo ministro Ciro Nogueira (PP-PI), um dos líderes do bloco no Congresso, o que pode ser um indicativo de que vêm mais gastos por aí.
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade

