🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Juros em alta

Retorno da renda fixa sobe um pouco mais, e título do Tesouro Direto já paga mais de 11% ao ano

Tesouro Prefixado com vencimento em 2031 já está rendendo 11,05% com disparada dos juros futuros devido às tensões políticas após o 7 de setembro

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
8 de setembro de 2021
17:56 - atualizado às 19:38
App do Tesouro Direto em tela de celular
A última vez que os títulos prefixados pagaram juros de dois dígitos foi no ano eleitoral de 2018. Imagem: Shutterstock

A escalada das tensões políticas que jogam o risco-país e os juros futuros lá para cima continua elevando o retorno da renda fixa no Brasil. Nesta quarta-feira (08), um dia após o discurso agressivo do presidente Jair Bolsonaro no feriado do Dia da Independência, a remuneração do título público Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) com vencimento em 2031, que pode ser negociado no Tesouro Direto, ultrapassou o patamar dos 11% ao ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A remuneração do papel, que paga uma taxa de juros nominal prefixada a cada seis meses e também no vencimento, já havia voltado à casa dos dois dígitos na segunda semana de agosto, com o aumento da incerteza do mercado acerca da capacidade do governo de respeitar o teto de gastos, diante da necessidade de honrar o pagamento de precatórios e o desejo de turbinar o programa Bolsa Família.

De lá para cá, com o aumento das tensões em Brasília e a continuidade do movimento de alta dos juros futuros, a remuneração deste e de outros títulos prefixados, bem como dos títulos atrelados à inflação, também continuou a subir. A última vez que os títulos públicos prefixados tiveram remunerações de dois dígitos foi no ano eleitoral de 2018.

Mais de 10% em dois títulos do Tesouro Direto

Na tarde de hoje, o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2031 negociado pelo Tesouro Direto oferecia uma rentabilidade de 11,05% ao ano para os investidores que o adquirissem hoje e o levassem até o vencimento.

O Tesouro Prefixado (LTN) com vencimento em 2026 também atingiu o patamar de dois dígitos e oferece 10,38% ao ano a quem o adquirir hoje e ficar com ele até o fim do prazo. Entretanto, este título não paga juros semestrais, remunerando o investidor apenas no vencimento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entre os títulos indexados ao IPCA negociados pelo Tesouro Direto, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B) com vencimento em 2055 está pagando 4,90% ao ano mais a variação da inflação, quase o retorno real de 5% ao ano que o investidor brasileiro tanto gosta. E tudo isso com garantia do governo federal, dado que os títulos públicos são emitidos pelo Tesouro Nacional.

Leia Também

Não sabe como investir no Tesouro Direto? Eu explico no vídeo a seguir:

Dia difícil para os mercados domésticos

O dia hoje é de deterioração dos ativos locais, depois que Bolsonaro atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) em sua fala durante as manifestações governistas de ontem (07). O Ibovespa derreteu quase 4%, o dólar subiu quase 3%, a R$ 5,33, e os juros futuros (DIs) dispararam, com os contratos de prazo mais longo fechando em patamares de dois dígitos.

Apesar de não haver um clima de ruptura institucional, a percepção de que o presidente fecha os canais de diálogo com os demais poderes leva os investidores a temerem pela saúde fiscal do país, vislumbrando gastos públicos com objetivos eleitoreiros, desrespeito ao teto de gastos e paralisação no andamento das reformas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No curto prazo, os juros futuros também têm razão para subir, devido às pressões inflacionárias que vêm obrigando o Banco Central a aumentar a taxa Selic.

Garantia de retorno apenas para quem leva o título ao vencimento

A perspectiva de juros mais altos no futuro - seja no curto prazo, por uma questão de política monetária, seja no longo prazo, por um aumento da percepção do risco-país - tende a aumentar o retorno dos ativos de renda fixa prefixados e atrelados a índices de preços.

Ao mesmo tempo, diminui os preços de mercado desses papéis. Assim, os investidores que compraram prefixados ou NTN-B no Tesouro Direto quando os juros estavam mais baixos - contratando, assim, remunerações menores - verão seus títulos desvalorizarem nas suas carteiras. Se os venderem antes do vencimento, portanto, é possível que realizem perdas.

A remuneração prometida por esse tipo de título público no ato da compra, entretanto, é garantida caso o investidor fique com o papel até o vencimento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cenários de juros mais altos também reduzem a atratividade dos ativos de risco, como ações e fundos imobiliários, derrubando os índices da bolsa de valores, como vimos hoje.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RENDA FIXA

Tesouro Direto: retorno do Tesouro IPCA+ supera 8% mais inflação nesta quinta (2); o que empurrou a taxa para cima?

2 de outubro de 2025 - 18:21

Trata-se de um retorno recorde para o título de 2029, que sugere uma reação negativa do mercado a uma nova proposta de gratuidade do transporte público pelo governo Lula

APETITE ESTRANGEIRO

Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro 

24 de setembro de 2025 - 16:15

Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA

DEMANDA RENOVADA

Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê

24 de setembro de 2025 - 6:03

A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo

A HORA É AGORA

Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord

21 de setembro de 2025 - 13:03

Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano

SIMULAÇÃO

Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora

18 de setembro de 2025 - 13:17

Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe

AGF DAY

Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3

18 de setembro de 2025 - 12:02

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência

VALE A PENA?

Nada de 120% do CDI: CDB e LCA estão pagando menos, com queda de juros à vista e sem o banco Master na jogada; veja a remuneração máxima

9 de setembro de 2025 - 17:16

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a julho

CARTEIRA RECOMENDADA

Chamada final para retornos de 15% ou IPCA + 7%? Analistas indicam o melhor da renda fixa para setembro, antes de a Selic começar a cair

9 de setembro de 2025 - 12:45

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente

VALE O RISCO?

CDB do Banco Master a 185% do CDI ou IPCA + 30%: vale a pena investir agora? Entenda os riscos e até onde vai a garantia do FGC

8 de setembro de 2025 - 15:19

Os títulos de renda fixa seguem com desconto nas plataformas de corretoras enquanto a situação do banco Master continua indefinida

PRÊMIO PELO RISCO

Liquidação no mercado secundário dispara retorno de CDBs do Banco Master: de IPCA + 30% a 175% do CDI

5 de setembro de 2025 - 16:20

Sem a venda para o BRB, mercado exige prêmio maior para o risco aumentado das dívidas do banco e investidores aceitam vender com descontos de até 40% no preço

COMPRAR OU VENDER?

Como ficam os CDBs do banco Master e do Will Bank após venda ao BRB ser barrada? Retornos chegam a 25% ao ano ou IPCA + 19%

4 de setembro de 2025 - 14:39

A percepção de risco aumentou e investidores correm para vender seus títulos novamente, absorvendo prejuízos com preços até 40% menores

VISÃO DO GESTOR

SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina

3 de setembro de 2025 - 17:30

Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito

RESILIENTES COM PRAZO

Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s

3 de setembro de 2025 - 14:22

Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela

RISCO SEM PRÊMIO?

Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?

22 de agosto de 2025 - 17:46

Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto

ENTRE O RISCO E O RETORNO

A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR

21 de agosto de 2025 - 12:07

Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno

24/7

Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026

17 de agosto de 2025 - 15:55

Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores

BATALHA DA RENDA FIXA

Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?

13 de agosto de 2025 - 6:01

Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos

CARTEIRA RECOMENDADA

Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto

8 de agosto de 2025 - 15:00

BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras

DOIS ANOS

Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais

6 de agosto de 2025 - 14:29

Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores

GARANTA JÁ O SEU ISENTO

De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores 

23 de julho de 2025 - 16:58

A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar