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Maria Eduarda Nogueira

Maria Eduarda Nogueira

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Já trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens. Atualmente, é repórter de lifestyle do Seu Dinheiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.

RadioCash

Investidores estão procurando ativos mais arriscados para rentabilizar o portfólio e gestoras de recursos se beneficiam; entenda por quê

O gestor da Asset 1, Marcello Siniscalchi, explica que os brasileiros estão aos poucos se expondo para a renda variável, criando uma demanda nas assets por produtos mais sofisticados e com performance que compense os riscos

Pessoa teclando no computador e gráficos aparecendo
Brasileiros estão aos poucos se expondo para a renda variável, criando uma demanda nas assets. - Imagem: Shutterstock

Foram-se os tempos em que o investimento na poupança era sinônimo de baixo risco e retornos satisfatórios. Com a taxa de juros abaixo de dois dígitos, o investidor que se prende na renda fixa sai prejudicado. Aos poucos, os brasileiros estão aprendendo a investir em renda variável, buscando ativos mais arriscados para rentabilizar seus portfólios. Hoje, com acesso muito mais fácil a informações sobre finanças, as estratégias se tornam mais diversificadas. Nesse contexto, novas gestoras de recursos (“assets”) estão surgindo como consequência do financial deepening e da demanda dos clientes por produtos mais sofisticados. 

Marcello Siniscalchi é um dos gestores que resolveu abrir sua própria empresa, a Asset 1, após uma longa e bem-sucedida carreira na gestão de fundos multimercados no Itaú. Para ele, o que vem acontecendo no mercado é “absolutamente transformacional” e a indústria de fundos ainda tem muito para crescer. 

O gestor da Asset 1 foi convidado do podcast RadioCash, apresentado por Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, e por Jojo Wachsmann, sócio da Vitreo. Escute o papo completo abaixo:

Qual o principal erro do investidor iniciante, segundo este gestor de fundos

Atualmente, os conteúdos de educação financeira são mais acessíveis, devido ao trabalho de casas de análise, de influencers de finanças e até mesmo dos próprios “bancões”. Mas, o investidor iniciante (e por vezes também os mais experientes) precisa estar atento para não cometer um erro que pode prejudicar significativamente a rentabilidade de sua carteira: deixar-se vencer pelo medo dos eventos de curto prazo e vender os ativos na baixa, perdendo, então, as chances de obter lucros maiores no futuro. 

Segundo Siniscalchi, um equívoco bastante comum por parte dos investidores de renda variável é comprar ativos na alta, ou seja, no período em que o mercado está subindo, e vender na baixa, quando ocorrem turbulências de curto prazo. “Toda vez que se faz investimentos olhando a performance de curto prazo, há uma tendência enorme de comprar na alta e vender na baixa”, diz ele. 

A melhor estratégia, portanto, é conhecer o seu perfil de investidor, para saber o quanto de perda você consegue suportar nos períodos de crise da Bolsa. Nesse sentido, aqueles que não têm estômago para o risco, devem buscar ativos mais conservadores com retornos menores.

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“Nós temos dois comportamentos que aprendemos a dominar ao longo do tempo, com o trabalho de gestão de recursos: a ganância e o medo” ‒ Marcello Siniscalchi, gestor de fundos multimercado

Ser gestor de recursos é bem menos glamouroso do que retrata “O Lobo de Wall Street”

Desde 1997 no mercado financeiro, Marcello Siniscalchi é categórico ao afirmar: o trabalho de gestão de recursos é duro e não se assemelha em nada com o glamour do filme protagonizado por Leonardo di Caprio. Formado em engenharia na Poli USP, ele começou a carreira no banco BBA, que depois foi comprado pelo Itaú. Lá, ele foi um dos responsáveis por estruturar o produto flagship da casa, o Itaú Hedge Plus.

No RadioCash, ele dá uma dica de carreira para quem pretende montar uma gestora de recursos: “O que você precisa saber é onde você quer chegar, ter a paciência para desenvolver isso ao longo tempo e trabalhar duro, como qualquer outra atividade.”

Um dos desafios que o CIO (chief investment officer) teve que enfrentar assim que abriu a sua gestora, em 2019, foi o de empreender na pandemia. Mas ele conta que conseguiu se adaptar às várias reuniões online e ao novo jeito de tocar os negócios. Atualmente, a Asset 1 tem mais de R$ 3 bilhões sob gestão e se baseia em três pilares: alto investimento em pesquisa, equipe sofisticada de gestão e controle de risco diferenciado. 

Siniscalchi assume que o ano de 2021 tem sido desafiador para a indústria de fundos multimercado. Apesar disso, o fundo da gestora, A1 Hedge FIC FIM, conseguiu uma boa performance no mês de agosto. 

O gestor revela que opera num perfil de macro trading, mudando as posições de acordo dos preços e invertendo eventualmente de comprado para vendido em um prazo mais longo. Nos últimos tempos, ele diz que vem trocando as operações de renda fixa por operações de dólar. “Mas isso é muito dinâmico, ora a gente vai ter uma operação na bolsa, ora a gente vai estar no câmbio, ora a gente pode estar no juros”, explica. 

Crise hídrica, eleições e risco fiscal: quais são os futuros desafios do Brasil?

Não é apenas com as eleições de 2022 que o investidor brasileiro tem que se preocupar. Existem também outras questões à espreita que precisam ser levadas em conta tanto pelos investidores quanto pelos gestores. A crise hídrica, que tem chances de “apagar” a luz no fim do túnel pós-pandemia, é uma delas. 

Enquanto no exterior as Bolsas já caminham para uma recuperação consistente, a B3 ainda amarga perdas relevantes. Em agosto, o S&P acumulou máximas, enquanto o Ibovespa fez os ativos brasileiros sangrarem. 

Quanto às eleições, Marcello Siniscalchi acredita que ainda é cedo para a Bolsa começar a sentir o impacto nos preços, já que ainda falta mais de um ano para o pleito. Mas, segundo ele, qualquer que seja o candidato eleito em 2023, não conseguirá fugir do ajuste fiscal, necessário para evitar a volta da inflação estrutural. 

“De uma maneira geral em todo o mundo desenvolvido, na retomada pós pandemia, vem crescimento sem inflação, que vai dar pra gente tempo suficiente para passar pelo processo eleitoral e voltar para a agenda de ajustes”, conclui. 

Quer ouvir o episódio completo? É só dar play abaixo ou buscar por RadioCash em sua plataforma de podcasts de preferência:

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