Depois de muita especulação do mercado e resistência por parte dos conselheiros do Twitter, o bilionário Elon Musk finalmente conseguiu engaiolar o passarinho azul.
Na última segunda-feira (25), o dono da Tesla e da SpaceX fechou a compra da rede social por nada menos que US$ 44 bilhões.
Não é segredo que Musk adora o Twitter, como usuário. Ele é bem ativo no microblog, o qual utiliza de maneira bastante pessoal, ou seja, não institucional.
Ele posta piadinhas e memes, conteúdos misteriosos, informações sobre seus negócios, opiniões políticas, enquetes, além, é claro, de algumas opiniões um tanto polêmicas, como o questionamento sobre a eficácia da vacina contra a covid-19.
Ao falar sobre a Tesla na rede social, por vezes o homem mais rico do mundo se encrencou com a SEC, a comissão de valores mobiliários americana, postando o que não devia.
Afinal, por mais informal que se possa ser no Twitter, e por mais que a rede aproxime autoridades, empresários, artistas e intelectuais do grande público, uma empresa aberta ainda é uma empresa aberta, e tem certas coisas que não se podem divulgar, a não ser via comunicação oficial e regulada.
Mas agora, Musk colocou dinheiro onde seu coração já estava. Ele deseja ser o dono da bola: comprou 100% do Twitter e quer fechar o capital da companhia. E quando fala da rede social, menciona liberdade de expressão e o que ele considera serem melhorias para os usuários, mas não tanto para o negócio em si.
Qual será o futuro do Twitter sob Elon Musk?
A compra do Twitter pelo bilionário foi um dos principais assuntos a mexerem com o mercado na última semana e deixou uma série de dúvidas: afinal, Musk pretende aprimorar o Twitter como negócio, ou essa compra é apenas um capricho de um ricaço que quer ter a própria rede social? Ele vai conseguir implementar as mudanças que pretende? Elas serão boas - e para quem? Com que dinheiro ele vai pagar essa bolada? E será que os outros negócios do empresário podem sofrer, depois dessa aquisição?
Eu e o Victor Aguiar tentamos responder a essas questões no podcast Touros e Ursos dessa semana. Também conversamos um pouco sobre os melhores e piores investimentos de abril e os problemas de governança corporativa da Natura. Para ouvir, basta apertar o play no tocador abaixo.