Em recuperação judicial desde 2016, construtora Viver diz estar pronta para voltar à normalidade
A construtora Viver deu entrada num pedido para o encerramento do processo de recuperação judicial; as ações disparam hoje na bolsa
O ano de 2007 ficou conhecido pelo enorme volume de IPOs: 51 empresas estrearam na bolsa brasileira. E, em meio à febre das aberturas de capital, o setor de construção e incorporação foi destaque, com 14 ofertas públicas — e a Viver, que está em recuperação judicial, fez parte desse grupo.
A companhia, no entanto, está a um passo de deixar esse limbo. A Viver deu entrada num pedido para encerrar o processo de recuperação judicial que já se arrasta por cinco longos anos.
De fato, a construtora já dava sinais de que poderia dar a volta por cima. Em maio, o Seu Dinheiro publicou uma análise sobre as ações de empresas em recuperação judicial. Dos 20 ativos nessa condição, apenas três foram apontados como opções válidas de investimento — e a Viver era um deles.
Na ocasião, destacamos que a Viver já tinha conseguido renegociar parte relevante de sua dívida e que estava numa boa posição para cumprir os compromissos restantes. E, com o pedido para encerramento da recuperação judicial, foram dados mais detalhes do estágio atual do processo.
Em primeiro lugar: lá em setembro de 2016, quando começou a recuperação judicial da Viver, havia um passivo de quase R$ 1 bilhão a ser reestruturado. De lá para cá, foram feitas cinco etapas de capitalização da companhia — e, com isso, 98% da dívida habilitada foi quitada.
Mas isso não quer dizer que a Viver já saiu da recuperação judicial. Com o pedido de encerramento sendo protocolado, cabe à Justiça analisar as etapas processuais restantes — o que pode levar algum tempo. A Dexxos, por exemplo, ficou quase dois anos aguardando o parecer do Judiciário.
Leia Também
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
De qualquer forma, o mercado já reage com empolgação: as ações ON da Viver (VIVR3) dispararam quase 30% no pregão de hoje, fechando a R$ 2,82. Mais cedo, a alta chegou a ultrapassar os 40%, levando os papéis acima da faixa dos R$ 3 pela primeira vez desde o começo de 2019.

A Viver, hoje
Dito isso: qual a situação operacional da Viver neste momento?
Analisando os dados do balanço da companhia no primeiro trimestre, dá para ver que a Viver tem um ritmo de atividade bastante lento. Foram vendidas apenas 41 unidades entre janeiro e março deste ano, ou R$ 13,4 milhões.
A receita líquida somou R$ 23,9 milhões, o Ebitda foi de R$ 9,2 milhões e o lucro líquido de meros R$ 100 mil — números que, embora modestos, representam uma evolução na comparação com o primeiro trimestre de 2020.
Com o fim do processo de recuperação judicial, no entanto, abrem-se novos horizontes para a empresa. Em primeiro lugar, o acesso a linhas de crédito com condições mais atraentes será facilitado, o que facilitará a compra de novos terrenos e o desenvolvimento de empreendimentos nas áreas que já estão em posse da companhia.
Aliás, atualmente a Viver tem um banco de terrenos de R$ 153,7 milhões — mais da metade está na região Sudeste. Uma área pouco expressiva em termos de valor, mas que está em regiões aquecidas.
A classe de 2007
As 14 construtoras e incorporadoras que fizeram IPO em 2007 tiveram histórias bastante distintas. Muitas delas fecharam o capital; outras foram compradas nos momentos de crise do setor e também deixaram a bolsa. Por fim, há as empresas que entraram em recuperação judicial, como a Viver e a PDG.
Mas nem todas tiveram um final triste. Algumas das construtoras que estrearam na bolsa naquele ano seguem fortes até hoje, sendo referência em seus segmentos de atuação. É o caso de MRV, Helbor e JHSF, entre outras.

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
