Após compra da Extrafarma, veja as armas da Pague Menos (PGMN3) na luta pela liderança do varejo farmacêutico
Além dos planos de inaugurar 200 lojas entre 2020 e 2021, a empresa quer aumentar a sua fatia nas vendas online e por telefone
A rede de farmácias cearense Pague Menos (PGMN3) caminha para conquistar a posição de segunda maior empresa do setor no País. O cenário, improvável até pouco tempo atrás, quando o segmento era dominado por Raia Drogasil e DPSP (Drogaria São Paulo/Pacheco), poderá ocorrer graças à compra da Extrafarma, do Grupo Ultra.
Para oficializar a vice-liderança, depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição, fechada por R$ 700 milhões. No horizonte da companhia, estão o aumento da oferta de serviços em lojas e também a expansão do e-commerce.
"A Extrafarma estava numa situação de virada e com um valor que não era o que ela merecia, e vamos atingir um mercado ainda maior com a aquisição", diz Mário Queirós, presidente da Pague Menos. "Mas também queremos crescer nas vendas digitais e também em serviços."
Verba é fruto de IPO
Para conseguir comprar a sétima maior rede do País, a Pague Menos foi buscar dinheiro na Bolsa de Valores e fez o IPO (oferta pública de ações, na sigla em inglês) em 2020. A estreia era um plano antigo, mas foi adiada por problemas de seu fundador.
Em 2018, o fundador da Pague Menos, Deusmar de Queirós, pai de Mário, foi condenado e preso por crimes contra o sistema financeiro nacional entre 2000 e 2006. Segundo o processo, o empresário, ao lado de sócios das corretoras Renda e Pax, operava na Bolsa por meio de empresas que não tinham autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O processo se arrastava desde 2010.
Na época, Deusmar ocupava a presidência do conselho de administração — e logo pediu para sair. O negócio passou a ser tocado por seu filho, que já era o CEO. De lá para cá, houve mudanças para conter a crise. O próprio Deusmar chegou a retornar ao cargo de presidente do conselho, mas foi substituído pela filha Patriciana Rodrigues antes do IPO.
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Briga pela liderança do setor
Apesar dos problemas, a Pague Menos conseguiu seguir na sua rota de crescimento. No primeiro semestre, a companhia faturou R$ 3,9 bilhões, alta de 14,3% em comparação aos resultados de 2020. O número de lojas ao fim do segundo trimestre era de 1.101, sem contar as cerca de 400 da Extrafarma. O avanço pela rede do Grupo Ultra fortaleceu ainda mais a posição da companhia no Norte e no Nordeste, região em que a empresa é líder.
Mas Mário Queirós quer ir além da abertura de farmácias e compra de rivais para competir com a líder do setor. Além dos planos de inaugurar 200 lojas entre 2020 e 2021, a empresa quer aumentar a sua fatia nas vendas online.
No segundo trimestre, o e-commerce, que também contempla vendas por telefone, cresceu 71%, alcançando 7,4% das vendas. Segundo Queirós, é possível alcançar uma participação de 10% no ano que vem. O otimismo se explica também pela pequena fatia das vendas digitais no Nordeste. Hoje, as participações das vendas digitais no Norte e no Nordeste são de 6% e 4%, respectivamente. Já no Sudeste, esse número é de 14%.
Mas, além do digital, a Pague Menos também quer expandir a área de serviços, a exemplo do que fazem suas rivais. No último trimestre, a Clinic Farma, que funciona nas próprias unidades, teve 760 mil atendimentos, número puxado por exames de covid. "A Clinic Farma é mais importante na fidelização do cliente do que na monetização do serviço. Quando um cliente faz uma consulta conosco, ele gasta três vezes mais nas nossas lojas", diz o presidente.
Os investidores têm gostado dos resultados. Desde o IPO, os papéis da Pague Menos subiram 25%, o que fez a empresa ser avaliada em R$ 5,8 bilhões, ante R$ 42,6 bilhões da Raia Drogasil. "A estratégia e resultados da Pague Menos estão começando a se refletir no preço das ações e tirando a desconfiança do mercado", diz Eduardo Rebouças, da Helius Capital. "Acredito que a Pague Menos está muito descontada em relação à Raia Drogasil."
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