Novatas na bolsa, Intelbras e Track&Field fecham 4º trimestre com bom desempenho
Em meio a dificuldades provocadas pela pandemia, empresas fecham ano com expansão de receita, recebendo elogios de analistas
Conseguir fechar 2020 com um desempenho positivo, diante tudo o que passamos no ano passado, não foi exatamente uma tarefa simples.
Mas tanto a Intelbras (INTB3) quanto a Track&Field (TFCO4), dois novos nomes da bolsa, apresentaram bons resultados no quarto trimestre, arrancando elogios dos analistas.
As ações da varejista de roupas esportivas começaram a ser negociadas no final de outubro, acumulando alta de 29,7% desde então, enquanto os papéis da fabricante de câmeras e equipamentos de segurança, que foram listados em fevereiro, têm queda de 0,71%.
Confira como foi o desempenho da cada uma e o que os analistas acharam:
Intelbras
O primeiro balanço divulgado pela companhia desde a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) foi bastante elogiado pelo BTG Pactual, com os analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi afirmando que “não poderiam esperar uma estreia melhor” (aqui vale destacar que o banco foi o coordenador líder da oferta).
A empresa registrou no quarto trimestre um lucro líquido de R$ 206,7 milhões, alta de 190,2% em relação ao mesmo período de 2019, ganhando um forte impulso na linha de receita financeira líquida.
Leia Também
Ainda assim, a empresa apurou um crescimento de 39,7% da receita líquida, para R$ 671,2 milhões, e crescimento de volumes em todos os segmentos de atuação. A Intelbras informou que a alta poderia ter sido de 57% não fosse a nova forma de contabilização do crédito financeiro decorrente da Lei de Informática, cujo ajuste foi reconhecido no período.
A situação, de acordo com a empresa, também prejudicou a margem bruta, que recuou 10,9 pontos percentuais (p.p.), para 24,7%, com o resultado recuando 3,1%, a R$ 165,7 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 156,3%, para R$ 159 milhões.
“Achamos que a Intelbras passará por um processo de reavaliação de valor enquanto ela estabelece seu histórico (que é impecável, quando olhamos para a última década) como companhia de capital aberto. Não ficaremos surpresos se a Intelbras for negociada a um múltiplo próximo de 30 vezes o P/L [que demonstra quanto os investidores estão dispostos a pagar pelo lucro potencial]”, diz trecho do relatório do BTG, que inicialmente projeta que as ações cheguem a ser negociadas a um P/L de 18,8 vezes em 2021.
Track&Field
A varejista fechou o quarto trimestre com queda de 26,5% do lucro líquido, para R$ 21 milhões, mas quando se excluem despesas relacionadas ao plano de opção de ações e os efeitos provocados pela mudança na norma contábil que trata de aluguéis e outros itens não recorrentes, o lucro da empresa subiu 114,3%, para R$ 22,1 milhões.
Isso também vale para o Ebitda, que caiu 10,3% quando considerados estes itens, para R$ 33,3 milhões. Excluídos estes pontos, o Ebitda aumentou 88,5%, a R$ 31 milhões.
Para Thiago Macruz, Helena Villares, Gabriel Simões e Maria Clara Briza Infantozzi, analistas do Itaú BBA, o resultado da Track&Field superou as estimativas “de cima abaixo” (o banco também participou do IPO da empresa).
Eles destacaram o aumento de 32,9% das vendas no conceito “mesmas lojas”, que consideram o desempenho de unidades em funcionamento há mais de 12 meses, afirmando que é um dos melhores desempenhos entre as varejistas de roupas e acessórios no período, com a companhia se beneficiando da flexibilização das medidas de distanciamento social. E também as vendas pela internet, que avançaram 227%.
O crescimento de 34,4% da receita, para R$ 121,5 milhões, foi ajudado também pela abertura de novas lojas. E a margem de 61% também foi considerada um ponto alto do resultado do quarto trimestre, ao superar as projeções em 1,7 p.p.
“Acreditamos que o agressivo plano de expansão da Track&Field, seu interessante modelo de franquias e o potencial de forte crescimento do e-commerce (como evidenciado nos resultados do quarto trimestre) colocam a companhia numa interessante posição de continuar crescendo e entregando resultados robustos nos próximos trimestres”, diz trecho do relatório.
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
