Mercados hoje: Em terra de Copom, quem sobe os juros é rei
Para hoje, além da continuidade da temporada de resultados com pesos pesados – por aqui, esperamos nomes como Gerdau, Banco do Brasil e Petrobras –, mais pesquisas de opinião sobre o sentimento empresarial estão por vir
 
					Bom dia, pessoal!
Os investidores ficam na expectativa pelos dados de empregos dos EUA, que começam a ser divulgados hoje (4) e têm o grande desfecho, com seus números mais importantes, na sexta-feira (6). Claro, como não poderia deixar de ser, duas coisas ainda chamam atenção: i) a variante Delta do coronavírus se espalhando nos EUA, Europa, Ásia e, particularmente, na China; e ii) o debate sobre aperto monetário nos países desenvolvidos.
Ao menos a temporada de resultados lá fora tem animado os mercados, com nove em cada dez empresas no índice S&P 500 registrando balanços que superaram as expectativas – vale lembrar que mais de cem empresas apresentarão dados esta semana. A Europa abre a quarta-feira bem, mas não é acompanhada por futuros americanos.
A ver...
Elevação de 100 pontos-base é o que está no preço
O que ajudou a performance dos ativos de risco locais ontem (3) foi a garantia de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, de que o Congresso respeitará o teto de gastos, dispensando o risco de calote dos precatórios e descartando o novo Bolsa Família de R$ 400. As sinalizações foram boas depois de um final de julho atribulado por questões fiscais mal explicadas. Outra coisa que poderá dar um gás hoje é a votação da Medida Provisória que trata da melhoria do ambiente de negócios no país, aliviando um pouco a tensão de Brasília com o mercado.
Contudo, os grandes destaques do dia são:
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- i) a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser divulgada depois do fechamento do mercado de hoje, que deverá elevar a Selic a 5,25%; e
- ii) mais novidades sobre o projeto do Imposto de Renda, que segue com votação atrasada, causando preocupação pelos constantes ajustes. Sobre o primeiro ponto, relacionado com o ambiente inflacionário, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participará às 10 horas da 3ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), podendo ter alguma novidade sobre a possibilidade de crise energética que enfrentamos.
E esse emprego aí?
Os dados mensais da folha de pagamento dos EUA começam a ser divulgados, em uma bateria de números que vai até sexta-feira (6), quando encerra a semana com as apresentações mais relevantes. Para os dados de hoje, há um temor de que a explosão da criação de negócios nos últimos 12 meses possa ser subnotificada. A estimativa é de um ganho de 635 mil empregos no setor privado não agrícola, após um aumento de 692 mil em junho.
Os dados são relevantes para nortear o mercado sobre os próximos passos do Fed. O vice-presidente do Federal Reserve, Richard Clarida, deverá falar sobre política monetária hoje – encontros como esse têm gerado volatilidade nos mercados por conta das mensagens diferentes passadas pelos membros da autoridade monetária. Se os comentários se estenderem à política quantitativa (compra de títulos) ou à política regulatória, como sugeriu outro membro do Fed durante o fim de semana, os mercados provavelmente prestarão mais atenção.
Ponderações asiáticas
Continuamos a monitorar as possíveis regulações dos chineses sobre a indústria de jogos, movimento que tem chamado atenção desde segunda-feira (2). Durante a noite, houve um abrandamento do tom por parte das autoridades asiáticas e da mídia, fato que reduziu os medos mais imediatos. Contudo, é mais um lembrete dos riscos associados à regulamentação imprevisível na China.
Enquanto isso, surgem preocupações renovadas sobre a Covid-19 no gigante asiático. Embora o surto recente na China seja pequeno, infectando centenas em vez de dezenas de milhares de pessoas, como visto em surtos de outros lugares, é de longe o pior que a China teve desde o surgimento da pandemia na cidade central de Wuhan, há um ano e meio. As duras restrições de movimento e viagens já em vigor provavelmente trarão os resultados desejados, mas a variante Delta é um bicho particularmente escorregadio e haverá custo econômico nesse ínterim.
Anote aí!
Para hoje, além da continuidade da temporada de resultados com pesos pesados – por aqui, esperamos nomes como Gerdau, Banco do Brasil e Petrobras –, mais pesquisas de opinião sobre o sentimento empresarial estão por vir. Pela manhã, na Europa, tivemos vendas no varejo e Índice dos Gerentes de Compra, que vieram abaixo do esperado, mas não impedem a alta dos mercados por lá.
Nos EUA, vale acompanhar as vendas de veículos leves para julho, com expectativa de um número anual ajustado sazonalmente de 15,3 milhões de veículos, contra 15,4 milhões em junho. Fora isso, teremos também o Índice de Gerentes de Compras de Serviços para julho, com a estimativa de consenso em uma leitura de 60,8, em comparação com 60,1 de junho.
No Brasil, a Câmara pode votar Medida Provisória que renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores. Também consta da pauta o projeto que trata da privatização dos Correios. A CPI da Pandemia ouve o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa, que participou de um jantar onde teria sido feita a proposta de pagamento de propina na comercialização de doses da vacina AstraZeneca, mas o grande destaque do dia é o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) e sua taxa básica de juros (Selic).
Por falar em rumo da Selic, no vídeo abaixo separamos os investimentos mais rentáveis da RENDA FIXA; confira:
Muda o que na minha vida?
Estima-se que a eficácia da vacina da Pfizer contra o coronavírus, que está estimada em algo como 96%, diminui em média 6% a cada dois meses, de acordo com a própria empresa, e a eficácia em grupos como idosos e imunocomprometidos diminui ainda mais rapidamente. Como resultado, começa a ser recomendada uma terceira dose de sua vacina, que pode aumentar a proteção contra a variante Delta.
Dados preliminares sugerem que uma terceira dose pode elevar os níveis de anticorpos 5 a 10 vezes em relação ao protocolo de duas doses. Outros pioneiros na campanha global de imunização, como AstraZeneca e Johnson & Johnson, ainda não viram evidências para apoiar a necessidade de doses de reforço – as duas gigantes adotam uma abordagem semelhante em sua tecnologia de vacina, usando vetores virais em vez do método com mRNA usado pela Pfizer e Moderna.
Existem duas dimensões para a imunidade:
- i) os anticorpos, que diminuem com o tempo;
- ii) as chamadas células T, que tendem a proteger as pessoas contra doenças em suas formas mais graves, mas também oferecem durabilidade. Segundo a AstraZeneca, a tecnologia que usa permite uma produção muito alta de células T, o que possibilita ter uma vacina durável que protege por um longo período.
Embora a Pfizer pretenda buscar autorização de uso de emergência para uma terceira dose no mês que vem, o FDA e o CDC atualmente consideram que uma dose adicional não é necessária, uma vez que os americanos que estão totalmente vacinados estão protegidos contra quadros graves e morte.
No Brasil, ainda precisamos imunizar com pelo menos duas doses a nossa população. Entretanto, em 2022, quando estivermos começando um outro momento de vacinação no país, uma terceira dose poderá ser discutida, assim como fez Israel, que recomendou recentemente injeções de reforço para adultos mais velhos e para aqueles com sistema imunológico fraco, tornando-se uma das primeiras nações do mundo a aprovar formalmente uma terceira dose da vacina da Pfizer.
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