Mercado Livre (MELI34) ultrapassa Vale (VALE3) e se torna a empresa mais valiosa da América Latina
A gigante de comércio eletrônico argentina conquistou o posto após a mineradora brasileira perder R$ 43,6 bilhões em valor de mercado na última semana

Enquantos os acionistas da Vale (VALE3) lamentam os efeitos do novo tombo do minério de ferro — que derreteu 8,8% no porto de Qingdao nesta segunda-feira (20) — nas ações da mineradora, quem investe no Mercado Livre (negociada na B3 com o BDR MELI34) ganhou motivos para sorrir em meio ao baque que afeta todo o mercado de ações.
A gigante de comércio eletrônico argentina, que tem ações listadas na Nasdaq e grande presença no Brasil, conquistou o posto de empresa mais valiosa da América Latina após a mineradora brasileira perder R$ 43,6 bilhões em valor de mercado na semana passada, quando acumulou queda de cerca de 9%.
A queda das ações derrubou o valor de mercado da Vale para US$ 81 bilhões (aproximadamente R$ 432 bilhões, na cotação atual), contra US$ 93 bilhões (R$ 496 bilhões) do Mercado Livre, de acordo com dados da consultoria Economatica.
Veja as dez primeiras empresas no ranking da Economática, incluindo cinco companhias brasileiras:
Empresa (país) | Valor de mercado* em bilhões de USD |
Mercado Livre (ARG) | R$ 93,3 |
Vale (BRA) | R$ 81,7 |
Wal Mart do México (MEX) | R$ 63,3 |
Petrobras (BRA) | R$ 62 |
America Movil (MEX) | R$ 60,3 |
Itaú Unibanco (BRA) | R$ 49,4 |
Ambev (BRA) | R$ 46,6 |
Marvell Technology Group (BER) | R$ 41,9 |
BeiGene (CYM) | R$ 37,5 |
Bradesco (BRA) | R$ 34 |
*Até o dia 17 de setembro de 2021
Além do impacto nas cotações, a situação atual do minério de ferro tem atrapalhado o casamento da Vale com os analistas e ameaçam seu posto de “queridinha do mercado financeiro”.
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O UBS, por exemplo, rebaixou a recomendação dos papéis da Vale de "compra" para "venda" na última sexta-feira (17). Os analistas do banco suíço também reduziram de US$ 22 para US$ 15 o preço-alvo dos ADRs — recibos de ações da mineradora brasileira negociados em Nova York.
Se a onda de quedas da commodity — que chega a mais de 60% desde maio — prosseguir, as ações da mineradora podem ser ainda mais prejudicadas. Mas, afinal, o que leva o minério de ferro a perder mais da metade de seu valor?
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Minério de ferro — do topo ao fundo em três meses
Com o resultado de hoje, o preço do minério de ferro ficou abaixo dos US$ 100 por tonelada pela primeira vez em mais de um ano. Em maio deste ano, a commodity chegou a valer US$ 237,57 no porto chinês, referência para o setor.
Os principais motivos por trás do recuo, que pôs fim ao ciclo de alta observado nos primeiros meses deste ano, você confere abaixo:
- China pressiona cotações: nas últimas semanas, o Gigante Asiático reduziu a produção de aço e limitou a demanda para o mercado internacional para conter a inflação crescente do país e possíveis especulações com o preço da commodity;
- Retomada mais fraca: outro fator que preocupa os investidores internacionais é a recuperação econômica dos principais países do mundo. Tanto a China quanto os Estados Unidos apresentaram fracos dados de produção industrial e atividade econômica na semana passada;
- Caso Evergrande: a construção civil utiliza muito aço e o setor deve sentir o baque da notícia de que a gigante incorporadora chinesa Evergrande - a segunda maior empresa do setor imobiliário - está na iminência de dar um calote, com uma dívida de aproximadamente US$ 300 bilhões.
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