Ações de Mercado Livre e Magazine Luiza caem mais de 25% em três meses — e Goldman Sachs recomenda compra
Espaço potencial de crescimento para o varejo online é ainda motivo para os analistas recomendarem a compra dos papéis, após incorporação dos resultados do primeiro trimestre
A queda recente das ações de Magazine Luiza (MGLU3) e Mercado Livre (MELI) representa uma oportunidade para o investidor se expor ao e-commerce na América Latina, disse o Goldman Sachs em relatório desta sexta-feira (21).
O banco está reiterando a compra dos papéis dessas empresas, além de B2W (BTOW3) e Americanas (LAME4). A recomendação para Via (VVAR4) é de venda das ações. As avaliações fazem parte de uma atualização que incorpora os resultados do primeiro trimestre.
Apesar do forte avanço das vendas online das empresas, as companhias perderam valor em bolsa nos últimos três meses, em um reflexo do movimento de "rotação de carteiras" do mercado.
Em outras palavras, após os ganhos expressivos no último ano com a perspectiva de avanço do e-commerce, os investidores passaram a apostar em ações de empresas que devem se beneficiar da reabertura das economias.
Com isso, embora acumulem altas expressivas em um ano, considerando os três meses mais recentes MELI cai 31%, MGLU recua 25% e BTOW tem perdas de 36%. No mesmo período, Nasdaq opera em baixa de 3% e Ibovespa avança 3%.
O que faz os analistas do Goldman Sachs continuarem a recomendar a compra dos papéis é a visão de que há muito espaço para crescer. O grupo reitera que o hábito de compra pela internet, impulsionado pela pandemia, deve continuar a fazer parte da rotina de uma parcela dos consumidores mesmo após a vacinação.
Leia Também
Eles levam em conta a penetração de apenas 11% do e-commerce sobre as operações do varejo brasileiro. Para o Goldman Sachs, as vendas online corresponderiam a 13% do total ainda neste ano e a 20% em 2024.
Entre as empresas, a divisão estaria em 35,6% de participação do mercado para o Mercado Livre, enquanto B2W e Magazine Luiza tem 21,5% e 21,1%, respectivamente. A dona das Casas Bahia teria 12,4%.
O Goldman Sachs vê o Mercado Livre crescendo 35% em volume de vendas (GMV, na sigla em inglês) no segundo trimestre em base anual, Magazine Luiza ganhando 24% e B2W subindo 37%. Enquanto isso, Via teria ganhos de 5%.
Segundo o banco, as varejistas devem registrar uma perda de margens — menor eficiência —, enquanto o foco for crescer e ganhar mercado. Na visão dos analistas, o potencial para a alta dos papéis em 12 meses é o seguinte:
- MGLU: R$ 25 (R$ 27 de relatório anterior, diante de uma menor espectativa com GMV);
- BTOW: R$ 93 (ante R$ 97, com o banco prevendo menor EV/GMV;
- LAME: R$ 29 (ante R$31)
- VVAR: R$13 ,4, (ante R$13,2, com estimativa maior para Ebitda)
- MELI: o banco não aprenta preço-alvo para os papéis, negociados na Nasdaq
Mais recentemente, o volume de vendas do marketplace do Mercado Livre teve ganhos de R$ 6,5 bilhões, o que representa um alta anual de 87%, de acordo com o banco. B2W teve ganhos de R$ 2,9 bilhões (+105%) e Magazine Luiza de R$ 1,2 bilhão (+ 98%). Via avançou R$ 600 milhões.
Em vendas próprias (1p), Magazine Luiza lidera os ganhos, com R$ 3,4 bilhões em volume no trimestre, alta anual de 122%. B2W subiu R$ 1,3 bilhões (+69%) e Via R$ 2,2 bilhões (+123%). O banco fez ajustes nos números de Magalu para poder tornar os resultados comparáveis.
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
