Megaleilão de concessão da Cedae vai ter quatro grupos na disputa
Considerado o maior projeto de infraestrutura do País, licitação do Cedae tem capacidade para dobrar o tamanho de alguns operadores que atuam no mercado, afirmam especialistas
O leilão de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), previsto para ocorrer na sexta-feira, na B3, vai colocar o setor de saneamento e as empresas vencedoras da disputa num novo patamar.
Considerado o maior projeto de infraestrutura do País, a licitação em blocos tem capacidade para dobrar o tamanho de alguns operadores que atuam no mercado, afirmam especialistas.
O Estadão apurou que quatro consórcios apresentaram documentos para se habilitar ao leilão. O grupo Aegea (Equipar, Gic, fundo soberano de Cingapura e agora Itaúsa), confirmou a participação - ele deve competir em todos os lotes.
Fontes afirmam que Iguá (do fundo canadense CPPIB), BRK, Águas do Brasil, Equatorial e Vinci Partners também vão entrar na disputa na sexta-feira, algumas em consórcios. BRK e Águas do Brasil vão entrar juntas no certame. Com exceção da Aegea, que confirmou a entrega dos documentos, as demais empresas não quiseram comentar o assunto.
"O importante é que teremos competição", diz o diretor de Infraestrutura, Concessões e PPPs do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fábio Abrahão, sem querer confirmar o número de participantes na licitação. Ele apenas destacou que são empresas com grande capacidade financeira.
Dividida em quatro blocos, a concessão exigirá investimentos de R$ 30 bilhões durante os 35 anos de contrato. Boa parte desse volume, cerca de R$ 25 bilhões, terá de ser aplicada na universalização dos serviços nos primeiros 12 anos de concessão, e R$ 12 bilhões nos primeiros cinco anos.
Leia Também
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
"A média anual de investimento nos próximos dez anos é 12 vezes maior que o volume anual investido pela Cedae nos últimos dez anos", diz o chefe do Departamento de Desestatização e Estruturação de Projetos do BNDES, Guilherme Albuquerque.
Na avaliação dele, este é o maior projeto da atualidade no País. Além do elevado volume de investimentos, a outorga a ser paga a Estados e municípios também é alta: o preço mínimo será de R$ 10,6 bilhões - sendo que 65% do montante precisa ser pago até a assinatura do contrato.
"Estudamos todos os blocos para avaliar o que mais interessava para a empresa", afirma o vice-presidente da Aegea, Rogério Tavares. Segundo ele, seguramente, hoje a Cedae é o maior ativo à venda no País e, por isso, chama mais atenção.
No total, os investimentos vão universalizar os serviços de água e esgoto para 12,8 milhões de pessoas - esse número representa mais de um terço do total de clientes atendidos atualmente pela iniciativa privada, que detém apenas 6% de participação no setor.
Venda simbólica
"Esse leilão é simbólico não só porque é o maior do País, mas pelos desafios ambientais gigantescos", afirma o presidente do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos. Ele lembra que a população do Rio está há mais de dois anos bebendo água com geosmina (que provoca cheiro na água), causado, segundo o executivo, pela contaminação dos rios e das lagoas pelo esgoto.
"A estação de tratamento do Guandu (considerada a maior estação de tratamento de água do mundo) não consegue mais tratar as águas dos rios. É uma situação dramática, com a população pobre tendo de comprar água para beber", diz Carlos.
Além disso, segundo ele, muitos governadores estão de olho no certame para decidir como fazer suas licitações. O leilão da Cedae será como um modelo a ser seguido. Seu sucesso pode incentivar outros administradores a adotar a mesma fórmula para universalizar os serviços de água e esgoto, que tem data para ocorrer: 2033.
No mercado, a expectativa é que o leilão seja bem-sucedido e com disputa. "Mas não podemos esperar a mesma competição que ocorreu na Casal (Companhia de Saneamento de Alagoas), em que a BRK ofereceu mais de 13.000% de ágio", diz o sócio da área de Infraestrutura e Saneamento do Felsberg Advogados, Rodrigo de Pinho Bertoccelli.
De acordo com ele, isso é natural, considerando o tamanho da concessão e também por se tratar de um ativo que envolve mais riscos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social