KaBuM! Magazine Luiza dispara com aquisição bilionária no mercado de tecnologia e games
O Magazine Luiza comprou o KaBuM!, plataforma de e-commerce focada no setor de tecnologia e games, e ainda anunciou uma oferta de ações
O Magazine Luiza parece ter encontrado sua nova avenida de crescimento: o setor de tecnologia e games. Há pouco, a gigante do varejo anunciou a compra do site KaBuM!, plataforma de e-commerce especializada nesse segmento, numa transação bilionária que envolve dinheiro, ações e bônus.
O movimento de hoje se junta às aquisições do Canaltech e do site Jovem Nerd, feitas ao longo dos últimos 12 meses. E, como sempre, a palavra de ordem do Magalu é ecossistema: agora, a empresa passará a oferecer experiências de compra, conteúdo e entretenimento para os amantes de tecnologia e games.
Indo aos detalhes da mais nova transação: o Magazine Luiza vai pagar R$ 1 bilhão em dinheiro, à vista; emitir 75 milhões de papéis ON (MGLU3) em favor dos acionistas do KaBuM!; e um bônus de subscrição de até 50 milhões de ações, a depender do cumprimento de certas metas.
Fazendo uma conta rápida: considerando o fechamento de ontem dos papéis do Magalu, a R$ 22,93, a parcela em ações equivale a cerca de R$ 1,7 bilhão, enquanto o bônus pode chegar a R$ 1,1 bilhão. Ou seja, estamos falando de uma operação que pode girar em torno de R$ 3,8 bilhões.
E o KaBuM! vale tudo isso?
Bem, de acordo com o Magazine Luiza, a plataforma de e-commerce tem dois milhões de clientes ativos e conta com mais de 20 mil itens diferentes — computadores, hardware, periféricos e produtos do universo gamer (videogames, jogos, cadeiras e consoles), entre outros.
Leia Também
Em termos financeiros, o KaBuM! teve receita bruta de R$ 3,4 bilhões e lucro líquido de R$ 312 milhões nos últimos 12 meses. Com a pandemia, a demanda por seus produtos cresceu fortemente — as vendas da plataforma mais que dobraram em 2020 em relação a 2019.
O mercado gostou do que viu: as ações ON do Magazine Luiza tiveram a maior alta do Ibovespa no dia, com avanço de 3,45%, a R$ 23,72. Na máxima, chegaram a subir 7,15%.

Magazine Luiza com o controle
Essa é uma transação de grande porte para uma empresa que, tradicionalmente, não é muito ativa no lado das fusões e aquisições — o Magazine Luiza sempre apostou mais no crescimento orgânico, tanto no lado das lojas físicas quanto no desenvolvimento da plataforma digital.
A empresa, no entanto, não dá ponto sem nó: em paralelo ao anúncio da compra do KaBuM!, o Magalu também aprovou uma oferta de 150 milhões de novas ações. O preço unitário ainda será definido, mas, tendo novamente como base os R$ 22,93 do fechamento de ontem, a operação pode movimentar R$ 3,5 bilhões.
E, vale lembrar: dependendo da demanda, o Magazine Luiza ainda pode colocar à venda um lote adicional de até 50 milhões de ações — nesse cenário, a oferta chegaria a R$ 4,5 bilhões.
No lado estratégico, o plano também parece bem amarrado. Por um lado, os produtos do KaBuM! passarão a ser oferecidos no superapp do Magalu e terão os benefícios logísticos e de entrega da empresa; por outro, alguns itens de tecnologia e games do Magazine Luiza, assim como seus serviços financeiros, passarão a constar no catálogo do site do novo parceiro.
KaBum! + Lu do Magalu
Esse novo filão que vem sendo explorado pelo Magazine Luiza — a fronteira entre o consumo e o entretenimento — nos remete ao que os analistas de mercado chamam de segunda fase do e-commerce.
O Magalu foi pioneiro no aprimoramento das plataformas digitais para o varejo, criando um marketplace amplo e melhorando a qualidade dos serviços de entrega e logística numa época em que os competidores ainda estavam 100% focados no varejo físico.
Mas, com a concorrência encurtando a distância, a companhia agora busca maneiras de expandir seu negócio. A compra da Netshoes já foi um passo nessa direção, marcando a entrada do Magazine Luiza no setor de calçados e artigos esportivos através de um nome já consolidado no mercado.
A aposta no segmento de tecnologia e games é outro braço da segunda onda do e-commerce: o KaBuM! é um nome estabelecido no lado comercial, enquanto o Jovem Nerd e o Canaltech são referência na produção de conteúdo e entretenimento.
Essa multicanalidade, com diversas fontes de atuação que direcionam o usuário para a plataforma de vendas, é encarnada pela Lu do Magalu, a influenciadora digital da marca.
No Instagram, são mais de 5 milhões de seguidores recebendo posts que vão de ofertas a clipes com o DJ Alok; no Twitter, são comuns as interações com outros usuários e páginas de memes. E, no YouTube...
Bem, enquanto eu escrevia essa matéria, descobri que a Lu do Magalu se converteu em gamer no YouTube, postando vídeos de jogos e falando sobre os últimos lançamentos no mundo da tecnologia — novamente, a empresa não dá ponto sem nó.
E, igualmente importante: o Magazine Luiza não abandonou sua rede física. Há poucos dias, a companhia desembarcou no Rio de Janeiro, com uma pesada campanha de marketing para conquistar um território que, tradicionalmente, pertence às Lojas Americanas.
E tem mais
Como novidade pouca é bobagem, o Magazine Luiza também anunciou hoje algumas projeções operacionais para os próximos anos:

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
