Protagonistas de uma grande corrida por aquisições desde que abriram o capital na B3 em 2018, os grupos de saúde Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3) podem agora atuar no mesmo time.
A Hapvida confirmou que fez uma proposta de fusão com a rival com a combinação das bases acionárias das duas companhias. Caso o negócio seja aprovado, os acionistas da Hapvida vão deter 53,1% da empresa que será fruto da união, e os da Intermédica, 46,9%.
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A relação de troca das ações considera um preço médio ponderado por volume das ações da GNDI e da Hapvida no período de 20 dias de negociação imediatamente anteriores a 21 de dezembro de 2020, mais um prêmio de 10% (dez por cento), de acordo com fato relevante encaminhado pela Hapvida.
A notícia sobre as negociações entre os grupos de saúde foi publicada no início da tarde pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
As ações das companhias dispararam após a divulgação da notícia e ampliaram a alta com a confirmação da proposta. Os papéis da Hapvida (HAPV3) fecharam hoje em alta de 17,67%, mas chegaram a avançar 30% mais cedo. E as ações da Intermédica (GNDI3) fecharam com ganho de 26,59%.
Juntas, Hapvida e GNDI formam um conglomerado com quase 13 milhões de usuários de seus planos de saúde e odontológicos. A receita líquida combinada das duas companhias chega a R$ 4,8 bilhões, de acordo com dados dos balanços do terceiro trimestre de 2020.
A proposta feita pela Hapvida contempla a expansão do conselho de administração da empresa resultante da fusão para nove membros, dos quais cinco serão indicados pela Hapvida, dois pela Intermédica e dois independentes.
“Pretendemos oferecer e negociar de boa fé, com os principais executivos da GNDI, um pacote atrativo de remuneração, incluindo incentivos de longo prazo baseados em ações”, acrescentou a Hapvida, no comunicado encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).