Gol vê queda na demanda por voos em fevereiro e alerta que situação não vai melhorar em março
Segunda onda de covid-19 e baixa temporada reduzem volume de vendas em fevereiro e levam a consumo líquido de caixa diário de R$ 3 milhões
Após ver as operações retomarem de forma consistente no final do ano passado, a Gol (GOLL4) voltou a sentir os efeitos da pandemia de covid-19 neste começo de 2021, vendo queda na demanda por viagens. E ela alerta: a situação não deve melhorar nos próximos meses.
No mês passado, a companhia aérea registrou recuo de 15% na busca por passagens aéreas, na comparação com janeiro, levando a uma diminuição de 28% no volume de vendas durante o mês.
A receita bruta consolidada de fevereiro somou R$ 503 milhões e a taxa de ocupação alcançou 80,8%. A receita de passageiros por assentos-quilômetros oferecidos (Prask), um indicador que mostra a receita de passageiros dividida pelo total de assentos disponíveis, caiu 12,7% em relação a janeiro e 15% ante o mesmo período de 2020.
A Gol informou que a piora na demanda foi provocada pela segunda onda de contaminações de covid-19 no país, com os clientes aguardando o avanço da vacinação, além do início da baixa temporada.
E citando essas mesmas questões, a Gol anunciou que vai reduzir ainda mais a sua capacidade, passando a operar 250 voos por dia, cerca de 40% do realizado no mesmo período de 2020.
Ela vai utilizar 65 aeronaves de sua frota neste mês, para “controlar a capacidade e os custos no período de menor demanda”.
Para lidar com os efeitos da queda nas vendas, no aumento no número de cancelamentos e no índice de não comparecimento de passageiros em fevereiro, a empresa decidiu reduzir sua malha aérea em 4% entre a primeira e a quarta semana de fevereiro, de modo a adequar os custos ao patamar de entradas.
Ela também ajustou sua capacidade para uma média de 355 voos por dia, queda de 28% ante o número de janeiro, operando 469 voos diários em dias de pico.
“Mantivemos nossa alta taxa de ocupação média por meio da diminuição da frota operacional e da planejada reestruturação da malha para fevereiro, março e abril. A Gol está preparada para reagir de forma rápida na adaptação de sua oferta de assentos, com flexibilidade para enfrentar oscilações de demanda nos próximos meses”, diz, em nota, o CEO da Gol, Paulo Kakinoff.
Situação financeira
A Gol fechou fevereiro com consumo líquido de caixa de R$ 3 milhões ao dia em fevereiro, com a saída de recursos crescendo 19% em relação ao apurado em janeiro.
Para o primeiro trimestre, a expectativa é de que o consumo do caixa seja da ordem de R$ 3 milhões por dia, com a empresa informando que se trata de uma “visão conservadora com base no recente aumento de casos de covid-19 no Brasil”.
Apesar disso, ela estima ter liquidez suficiente para administrar seu capital de giro, despesas e serviços da dívida nos próximos meses, mesmo diante dos impactos que a redução das operações terá no fluxo de caixa.
A Gol encerrou fevereiro com R$ 2 bilhões em liquidez, registrando uma redução no volume de recebíveis em cerca de R$ 900 milhões e R$ 70 milhões em amortizações de dívida bancárias.
Em relação a custos e despesas, a empresa espera manter os gastos com pessoal em 40% dos patamares pré-pandemia e vai diminuir sua frota em 17 aeronaves Boeing 737 arrendadas até o final de março, e vai reduzir em 34 aviões os recebimentos de 737 Max previstos para o período de 2020 a 2022.
Magazine Luiza (MGLU3): reversão de prejuízo em lucro no 4T23, geração de caixa e melhora de margens — mas ano ainda foi difícil; veja os números
Apesar da virada na reta final, 2023 não foi um ano fácil para a varejista, que teve um prejuízo ajustado de R$ 550,1 milhões
Operação bilionária: o que os Correios vão fazer com R$ 4 bilhões emprestados pelo Banco do Brics, comandado por Dilma
Além dos Correios, os governos estaduais também foram autorizados a desenvolver projetos com recursos de instituições internacionais
Itaúsa (ITSA4) lucra R$ 14 bilhões em 2023 e vai depositar mais de R$ 700 milhões na conta dos acionistas; veja quem terá direito aos proventos
A companhia, que registrou lucro líquido recorrente de R$ 14,1 bilhões em 2023, decidiu antecipar parte dos proventos do próximo exercício
Google se une à Apple para concorrer com ChatGPT e ações saltam mais de 6%
As empresas ainda não entraram em um acordo formal, mas os investidores não perderam tempo em correr para se antecipar à possível união
Vivara (VIVA3): fundador tenta acalmar mercado após reassumir cargo de CEO, mas ação amplia tombo na B3; saiba o que ele disse aos analistas
A ação chegou a cair mais de 15% em reação ao anúncio da renúncia de Paulo Kruglensky; saiba por que o mercado torceu o nariz para a dança das cadeiras da joalheira
De Raia Drogasil (RADL3) para RD Saúde: farmacêutica ganha novo visual e expande operação
A alteração da marca Raia Drogasil S.A. começa já em março; expansão da farmacêutica vem sendo realizada desde 2023
Gafisa (GFSA3) despenca mais de 10% na B3 após CVM barrar assembleia; gestor critica decisão
Data da realização da assembleia se tornou fundamental para a Esh Capital, que trava uma batalha societária com o empresário Nelson Tanure na Gafisa
Ações da Embraer (EMBR3) no exterior chegaram a saltar mais de 9% após balanço — então por que os papéis caem mais de 4% na bolsa hoje?
Os números foram bastante positivos, na visão do Citi, que reiterou a recomendação de compra para as ações da Embraer
Após mais um trimestre negativo, Marisa (AMAR3) agora vê duas alternativas para colocar dinheiro novo no caixa. Vem follow-on pela frente?
A Lojas Marisa anunciou que avalia duas possibilidades para levantar dinheiro novo: um follow-on no Brasil ou um aumento de capital privado; entenda
O pior já passou para o Magazine Luiza (MGLU3)? Saiba o que esperar do balanço do 4T23 que a varejista divulga hoje
A expectativa dos analistas é que o Magalu registre um lucro líquido ajustado de R$ 40,5 milhões no quarto trimestre, segundo a média das projeções compiladas pela Bloomberg
Leia Também
Mais lidas
-
1
Operação bilionária: o que os Correios vão fazer com R$ 4 bilhões emprestados pelo Banco do Brics, comandado por Dilma
-
2
Rombo bilionário: como as operadoras de celular deram um desfalque de R$ 12 bilhões nos cofres públicos e levaram União à justiça
-
3
Operação bilionária: o que os Correios vão fazer com R$ 4 bilhões emprestados pelo Banco do Brics, comando por Dilma