Buscando táxi em dia de chuva: como a Cognitivo quer se tornar o Uber dos profissionais de tecnologia
Startup recebeu R$ 2,4 milhões na mais recente rodada de investimentos com “marketplace de experts gerenciado com inteligência artificial”
No início da década passada, tentar pegar um táxi em uma cidade como São Paulo em dia de chuva era tarefa que exigia muita paciência: os valores eram altos e você ainda corria o risco de ser atendido por um motorista, no mínimo, não muito alinhado com suas expectativas.
O imbróglio é parecido com o que empresas de tecnologia têm de lidar hoje para buscar profissionais da área. Há poucas pessoas qualificadas para a mão de obra, que é crescente no Brasil. Fora isso, sempre há um risco de o escolhido não ser a cabeça ideal para determinado projeto.
Uma startup chamada Cognitivo está de olho nessa demanda e quer se tornar uma espécie de Uber dos profissionais de tecnologia — ou um "marketplace de experts gerenciado com inteligência artificial", segundo o cofundador e CEO da empresa, Raul Magno.
A companhia fechou recentemente uma captação de R$ 2,4 milhões em uma rodada de investimentos com a Empiricus (do mesmo grupo do Seu Dinheiro), Visagio, Next e Alievo. O plano agora é investir na captação de clientes, duplicar o banco de talentos e triplicar a receita.
It's a match
A Cognitivo tem uma plataforma em que profissionais de dados — são cerca de 800 — são cadastrados no sistema depois de uma triagem rigorosa (apenas 4% são aprovados no processo). Uma vez dentro da plataforma, eles ficam disponíveis para projetos em outras empresas.
O algoritmo então seleciona os profissionais que fazem parte dessa base para atender as companhias que recorrem à startup conforme o problema que elas precisam resolver. O que remete a outro aplicativo famoso, o Tinder, só para relacionamentos na área de tecnologia.
Leia Também
Oi (OIBR3) não morreu, mas foi quase: a cronologia de um dos maiores desastres da bolsa em 2025
O entrave da empresa-cliente pode virar um desafio para a equipe contratada pela plataforma da Cognitivo, que por sua vez tem chances de se materializar em predição, otimização ou recomendação para a empresa.
A solução da Cognitivo passa por engenharia de dados — busca de tendências através de um conjunto de informações —, "analytics" — encontro de padrões com base em matemática, estatística, entre outros — e inteligência artificial.
“A ideia é construir ao longo do tempo soluções que ajudem empresas a saírem de um estágio em que não sabem nada de dados até o momento em que as soluções são todas tomadas com base nos dados ou pelos algoritmos”, diz o CEO da Cognitivo.
De fora para dentro
Magno fundou a Cognitivo há três anos, depois de notar que as empresas tinham "dificuldade em gerar valor no negócio com o uso de dados". O empresário havia acabado de voltar a morar no Brasil e trabalhava em uma agência de viagens como responsável pela área de dados.
Segundo ele, havia problemas de contratação de profissionais de áreas relacionadas — que eram caros e incompletos, diz. "Quando o profissional, depois de meses contratado, estava 'pronto', vinha um 'Nubank' e o tirava da empresa."
Magno afirma que, na época, existiam empresas nos Estados Unidos fazendo o que faz hoje a Cognitivo, mas no Brasil não havia quem despenhasse a mesma função.
O que impede então que hoje alguém crie uma plataforma como a da Cognitivo? Segundo Magno, a "comunidade" montada pela empresa é uma barreira de entrada no mercado. "Além disso, nós desenvolvemos um conjunto de tecnologias e metodologias que não se criam do dia para noite."
Em três anos, a startup contabiliza cerca de 150 projetos, com empresas como Magazine Luiza, Fleury, Globo Play e Claro. Mas os clientes não se restringem aos gigantes, diz Magno. "Os dados precisam ser vistos como ativos por todos."
Quem, de certa forma, "manipula" esse ativo vê na plataforma da empresa uma oportunidade para diversificar o portfólio, ter flexibilidade de horário e aumentar a própria renda. "Há profissionais que chegam a ganhar R$ 18 mil por mês, mas depende da senioridade", diz Magno. A Cognitivo tem uma assessoria jurídica e diz tomar o cuidado de não chamar os mesmos profissionais de maneira consecutiva.
Correios precisam de R$ 20 bilhões para fechar as contas, mas ainda faltam R$ 8 bilhões — e valor pode vir do Tesouro
Estatal assinou contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco bancos, mas nova captação ainda não está em negociação, disse o presidente
Moura Dubeux (MDNE3) anuncia R$ 351 milhões em dividendos com pagamento em sete parcelas; veja como receber
Cerca de R$ 59 milhões serão pagos como dividendos intermediários e mais R$ 292 milhões serão distribuídos a título de dividendos intercalares
Tupy (TUPY3) convoca assembleia para discutir eleição de membros do Conselho em meio a críticas à indicação de ministro de Lula
Assembleia Geral Extraordinária debaterá mudanças no Estatuto Social da Tupy e eleição de membros dos conselhos de administração e fiscal
Fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes já impactou mais de 15 milhões de pessoas — e agora quer conceder crédito
Rede Mulher Empreendedora (RME) completou 15 anos de atuação em 2025
Localiza (RENT3) e outras empresas anunciam aumento de capital e bonificação em ações, mas locadora lança mão de ações PN temporárias
Medidas antecipam retorno aos acionistas antes de entrada em vigor da tributação sobre dividendos; Localiza opta por caminho semelhante ao da Axia Energia, ex-Eletrobras
CVM inicia julgamento de ex-diretor do IRB (IRBR3) por rumor sobre investimento da Berkshire Hathaway
Processo surgiu a partir da divulgação da falsa informação de que empresa de Warren Buffett deteria participação na resseguradora após revelação de fraude no balanço
Caso Banco Master: Banco Central responde ao TCU sobre questionamento que aponta ‘precipitação’ em liquidar instituição
Tribunal havia dado 72 horas para a autarquia se manifestar por ter optado por intervenção em vez de soluções de mercado para o banco de Daniel Vorcaro
Com carne cara e maior produção, 2026 será o ano do frango, diz Santander; veja o que isso significa para as ações da JBS (JBSS32) e MBRF (MBRF3)
A oferta de frango está prestes a crescer, e o preço elevado da carne bovina impulsiona as vendas da ave
Smart Fit (SMFT3) lucrou 40% em 2025, e pode ir além em 2026; entenda a recomendação de compra do Itaú BBA
Itaú BBA vê geração de caixa elevada, controle de custos e potencial de crescimento em 2026; preço-alvo para SMFT3 é de R$ 33
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
