Mesmo com apoio de grandes investidores, Dotz interrompe processo de IPO
A empresa, que pretendia movimentar R$ 1,1 bilhão com a oferta, citou a atual condição do mercado de capitais brasileiro como o motivo por trás da desistência

A Dotz fez de tudo para emplacar sua Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês), mas não teve jeito: a empresa de programas de fidelidade anunciou hoje a interrupção do processo. A precificação das ações estava prevista para ontem.
Em comunicado, a companhia afirmou que a “deterioração da atual conjuntura do mercado de capitais brasileiro” é o motivo por trás da desistência — a Dotz pretendia movimentar até R$ 1,1 bilhão com a estreia na B3, considerando o ponto médio da faixa indicativa por ação, que variava entre R$ 16,20 e R$ 21,40.
E, de fato, as condições adversas já provocaram diversas baixas nos processos de IPO: somente neste ano, 32 companhias abandonaram os planos para abertura de capital; outras, como LG Informática e Dotz, apenas interromperam por 60 dias.
Tinha (quase) tudo para dar certo
A oferta da Dotz contava com grandes nomes institucionais entre os interessados. No início do processo, por exemplo, a empresa já havia acertado a venda de 5% do capital para a chinesa Ant Group, dona do Alipay.
A entrada da gigante do conglomerado do bilionário Jack Ma ajudou a atrair os holofotes para o IPO, assim com a presença de dois investidores-âncora: as gestoras Farallon e Velt, que se comprometeram com um cheque de até R$ 150 milhões.
Por fim, conforme apurou o Seu Dinheiro, a informação de que o Softbank, fundo japonês especializado em empresas de tecnologia, também estaria interessado na oferta começou a circular às vésperas da data marcada para a precificação dos papéis.
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Porém, mesmo com os investidores de peso, fontes informaram que a demanda pelas ações seguia apertada e o risco de desconto na cotação e possíveis quedas no início das negociações pode ter pesado mais para a empresa.
É o fim?
A interrupção do IPO não significa que a Dotz está desistindo dos planos na bolsa. Segundo a Exame, a empresa pretende fazer uma oferta restrita — modalidade em que apenas um pequeno grupo de 75 investidores profissionais (com pelo menos R$ 10 milhões aplicados) pode participar.
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