🔴 SÉRIE EMPIRICUS IN$IGTS: +100 RELATÓRIOS CORTESIA – LIBERE GRATUITAMENTE

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Longa viagem

Ações da CVC chegam a subir mais de 9% com potencial oferta de ações, mas perdem força

CVC ON dispara nesta terça-feira, reagindo à perspectiva de uma nova oferta de ações pela empresa num momento decisivo para o setor de viagens

Victor Aguiar
Victor Aguiar
8 de junho de 2021
12:00 - atualizado às 18:07
CVC
Imagem: Divulgação

Se há uma empresa da bolsa que precisou enfrentar uma tempestade perfeita, ela é a CVC: a famosa companhia do setor de turismo tem lidado com um problema atrás do outro há anos — a pandemia foi só mais um deles.

Tudo começou lá atrás, em 2019, com os problemas financeiros da Avianca, uma importante parceira do grupo. Em paralelo, o dólar começou a se valorizar em relação ao real, diminuindo a demanda por viagens internacionais. Para completar, a CVC descobriu erros contábeis nos balanços passados.

Como resultado disso tudo, a companhia atrasou diversas vezes os resultados consolidados do ano — e, como desgraça pouca é bobagem, a Covid-19 veio logo em seguida e praticamente paralisou o setor de turismo no mundo.

Essa combinação catastrófica poderia ter arrasado a empresa. Mas cá estamos nós, em junho de 2021, e a CVC segue firme: trouxe Leonel Andrade, ex-presidente da Smiles, para ocupar o cargo de CEO ainda no começo de 2020, renegociou dívidas e vê suas ações recuperarem parte do terreno perdido nos últimos anos.

E essa valorização na bolsa ganhou um novo capítulo hoje: os papéis ON da CVC (CVCB3) chegaram a disparar 9,14% nesta terça-feira (8), indo a R$ 29,97 na máxima do dia. Ao longo da sessão, no entanto, os papéis perderam força e fecharam em alta de 1,89%, a R$ 27,98.

Ainda assim, as ações foram destaque num dia negativo para a bolsa: o Ibovespa fechou em baixa de 0,76%, aos 129.787,11 pontos.

A reação positiva vista durante a manhã tem justificativa: a CVC estuda uma potencial oferta de ações, captando mais recursos para atravessar a crise. Nada oficial por enquanto, mas a empresa já tem até contratou o Citi e o BTG para conduzir os estudos.

Um sinal animador vindo de uma companhia que parecia fadada ao fundo do poço — mas que, vejam só, começa a fazer as malas e pensar na próxima viagem.

Atravessando a turbulência

Caso concretizada, a potencial oferta será a terceira iniciativa para reforço do caixa da CVC desde 2020. Em setembro daquele ano, a empresa aprovou um aumento de capital de R$ 300 milhões por meio de uma emissão de novas ações; em fevereiro de 2021, um novo aumento de R$ 360 milhões, via bônus de subscrição da emissão original.

Além disso, no fim do ano passado, a CVC conseguiu renegociar R$ 1,5 bilhão em dívidas, referentes à tranches passadas de debêntures. Por fim, concluiu uma nova emissão de dívida, levantando mais R$ 436 milhões com vencimento em 2023.

A nova operação ainda não tem estrutura definida ou volume, mas a simples intenção de realizá-la já eleva a confiança dos investidores: é um sinal de que a companhia consegue acessar o mercado de capitais num momento particularmente importante.

Afinal, o cenário adiante para a CVC e para todo o setor de viagem e turismo parece binário: ou teremos uma recuperação da demanda, puxada pelo aumento na vacinação e pela retomada da economia, ou teremos novas ondas da Covid-19, com potenciais paralisações do segmento.

Na primeira hipótese, a CVC precisará de recursos para capturar o bom momento e aproveitar a demanda reprimida; na segunda, será necessário ter poder de fogo para lidar com mais um período de incerteza.

O balanço da CVC no primeiro trimestre mostra que, apesar da evolução desde o começo de 2020, o cenário ainda é bastante nebuloso em termos operacionais. Embora a receita líquida da empresa tenha ficado praticamente estável em relação ao quarto trimestre de 2020, em R$ 165,9 milhões, o Ebitda ficou negativo e o prejuízo foi de R$ 84 milhões.

É um reflexo da segunda onda da Covid, que fechou parte da economia brasileira nos primeiros três meses desse ano — e que deve continuar sendo refletida no segundo trimestre, impactando os resultados.

Em termos de endividamento, no entanto, a CVC tem uma posição relativamente confortável: a dívida líquida era de R$ 600 milhões ao fim de março, enquanto o caixa era de R$ 711 milhões. Uma oferta de ações, assim, traria ainda mais tranquilidade nesse front.

E, na bolsa, a CVC está tendo um ano bastante positivo. Com a alta de hoje, as ações acumulam ganhos de 40% desde o começo do ano. No entanto, ainda estão distantes da máxima histórica, de R$ 64,19, anotada em fevereiro de 2019.

CVC ações

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar