CEO do Assaí afirma que não aderiu ao e-commerce por estratégia da empresa
Após a separação do Assaí do Grupo Pão de Açúcar, ao presidente da rede atacadista concedeu uma entrevista falando sobre o e-commerce
 
					O aparente atraso do Assaí no e-commerce é uma decisão consciente da varejista, e não impediu o forte crescimento das receitas da companhia inclusive no ano de 2020, marcado pela pandemia e pela explosão das vendas online no País. Quem defende a tese é Belmiro Gomes, presidente da varejista, que acaba de ser separada do GPA, dono do Pão de Açúcar, após mais de uma década de união.
A separação, porém, já existia dentro da empresa. "Talvez tenha sido a última etapa", diz ele sobre a cisão completa do Assaí e do GPA. Segundo ele, a separação era uma demanda do mercado financeiro. "Eu escutei isso várias vezes. 'Teu negócio vai bem e tudo, mas junto eu estou comprando risco do hipermercado'."
O mercado avalia que seria um desafio para o Assaí entrar no digital. Como está o processo?
Um dos primeiros temas que desenvolvi na concorrência, nos anos 90, foi o software de automação de venda online dos representantes. No caso do Assaí, foi uma decisão não ir para e-commerce. No ano passado, o que se vendeu em todas as empresas de e-commerce no Brasil foi menor que o nosso crescimento. Boa parte do comércio vai ser afetada pelo online, mas o que é verdade para o bem durável não necessariamente será para o alimento. Você compra uma caixa de som que custa R$ 500 e pesa um quilo, o site lhe cobra R$ 10 para entregar. Se você comprar quatro quilos de açúcar a R$ 10, e alguém cobrar R$ 10 para entregar, é injusto.
Podemos esperar o e-commerce do Assaí na venda direta para outros comércios?
Cerca de 3% da nossa venda é feita de forma direta para cliente B2B. Ainda não demos visibilidade porque é uma ferramenta de relacionamento direto, de televendas. Essa operação na concorrência sempre existiu, o que há é uma roupagem nova para dizer que é digital. Antes, tínhamos quem fazia dentro do grupo. Vamos avançar no e-commerce para o consumidor final, mas em parceria com empresas, (como) iFood, Rappi. Entrar no e-commerce não fazia sentido. Éramos uma empresa de 30% de crescimento ao ano.
A decisão de separar Assaí de GPA foi do controlador?
Na prática, sempre fomos separados do GPA. Estamos na Zona Leste, o GPA na Brigadeiro (Luís Antônio). Consolidávamos resultado, mas o nível de integração era pequeno, e o Assaí se tornou maior sem se alavancar nem usar caixa do GPA. Do ponto de vista interno, não fazia sentido estar debaixo do GPA. No mercado financeiro, os investidores olhavam e falavam: 'eu não quero comprar com o multivarejo, eu quero investir no segmento de atacarejo'.
Você ouvia isso de analistas?
Escutei isso várias vezes. 'Teu negócio vai bem e tudo, mas junto eu estou comprando risco do hipermercado, do Pão de Açúcar'. Identificou-se uma oportunidade de destravar valor.
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E por que mantiveram o atacarejo independente do GPA antes mesmo da cisão?
Foi condição. Coordenei a compra da concorrência (Atacadão) por outra companhia (Carrefour). A ideia era juntar, mas quando se fez um estudo, as sinergias projetadas viraram alergias. Quando me convidaram para ficar (no Atacadão), definimos uma política chamada Muro de Berlim. Quando fui convidado para o Assaí, a condição para eu vir foi a separação.
Existem limitações por seguir com o mesmo controlador do GPA, o Casino?
A cisão é mais visível fora que dentro da companhia. Tínhamos junto áreas que não faziam sentido separar, como negociação com bancos. E, ao longo dos 10 anos, não tive problemas com o Casino. O Assaí saiu de um faturamento de R$ 3 bilhões, em 2010, para R$ 39,3 bilhões.
Qual a visão para este ano?
A perspectiva era de melhora, e não de piora da pandemia como estamos vendo. Estamos em um cenário de baixa visibilidade. É possível que daqui a três ou quatro meses haja melhora com a vacinação, mas também é possível que haja uma nova cepa. A vantagem do formato alimentar é que é resiliente.
Mas parte dos alimentos não é cotada em dólar?
Compramos no mercado nacional, não corremos risco de importação. Mas vai ter impacto nos micro e pequenos empreendedores. Infelizmente, o fôlego que tiveram ano passado não deve se repetir. Por outro lado, por sermos um modelo de baixo custo, continuamos atraindo o consumidor final. Em janeiro, a diferença de crescimento entre o atacarejo e outros segmentos alimentares aumentou. Sabemos que vamos sofrer, mas vamos sofrer menos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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