CEO da Eletrobras está otimista com cumprimento do cronograma de capitalização após novo passo concluído
Em evento organizado pelo Bradesco BBI, Rodrigo Limp afirmou que todas as partes envolvidas no processo estão alinhadas e que a capitalização da Eletrobras deve sair no tempo programado

Pouco mais de dois meses após a aprovação da Medida Provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras ser aprovada no Senado, a estatal deu mais um importante passo no seu processo de capitalização.
Na noite de ontem, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão presidido pelo Ministério de Minas e Energia, divulgou o valor total que a futura Eletrobras capitalizada deverá pagar à União pelos contratos de concessão das 22 usinas hidrelétricas da estatal - R$ 23,218 bilhões, que serão pagos assim que o processo for concluído.
Além disso, a companhia também terá que pagar R$ 29,886 bilhões ao longo de 25 anos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que bancará subsídios e descontos tarifários para os consumidores.
Para o presidente da estatal, Rodrigo Limp, a publicação da resolução é um sinal de que o cronograma previsto pelo governo e pela Eletrobras será possível. A projeção atual é que todas as etapas do processo sejam concluídas até fevereiro.
“É um marco importante e segue estritamente o cronograma previsto. Temos confiança, o cronograma é desafiador, mas conseguiremos avançar todas as etapas necessárias”, explicou o CEO em participação em evento realizado pelo Bradesco BBI nesta tarde. Segundo Limp, uma análise interna será feita agora para comparação com os valores divulgados pelo CNPE.
O mercado gostou de ver que o processo segue adiante e as ações da estatal reagira nesta quarta-feira (01). As ações ordinárias da companhia (ELET3) fecharam em alta de 2,79%, a R$ 38,68.
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Os próximos passos da Eletrobras
Questionado sobre em qual fase da operação a Eletrobras se encontra, o chefe da estatal informou que no momento a companhia acompanha o cronograma inicialmente definido, e está atuando para a contratação do sindicato de bancos que devem coordenar a operação.
Na visão de Limp, a avaliação dos ativos da Eletronuclear e Angra 3, para posterior segregação e criação da nova estatal que gerenciará esses ativos e que precisa de um conselho e uma diretoria antes da cisão, deve ser a fase mais complexa da operação.
Ainda segundo Rodrigo Limp, o alinhamento e o engajamento do governo, Eletrobras e todas as partes necessárias para a operação devem garantir o sucesso da capitalização até fevereiro. O otimismo com o cronograma, no entanto, não elimina a necessidade de ter planos alternativos, por isso a companhia já se prepara para diversos outros cenários.
A avaliação do projeto por parte do Tribunal de Contas da União (TCU) não é vista como um possível entrave para a operação. O próximo passo agora deve ser a avaliação do valor de mercado da companhia, feita pelo BNDES, esperada para outubro.
A crise hídrica
Para Rodrigo Limp, o governo atuou de forma diligente durante a crise hídrica que afeta o país, com “as medidas necessárias sendo tomadas”. O encarecimento da tarifa de energia e a criação da bandeira de “escassez hídrica” pesarão no bolso do consumidor e também da Eletrobras.
Depois de capitalizada, a companhia deverá adiantar R$ 5 bilhões do montante que deverá ser pago ao longo de 25 anos, em uma tentativa de amenizar o impacto da elevação nos bolsos dos consumidores.
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