Banco do Brasil tem queda de 30% no lucro em 2020, que chega a R$ 12,6 bilhões
No quarto trimestre, a instituição teve lucro R$ 3,199 bilhões; resultado é marcado por provisões por causa da pandemia; banco retomou projeções, esperando lucro de até R$ 19 bilhões em 2021
O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 12,697 bilhões em 2020, em uma queda anual de 30,1%, segundo balanço divulgado pela companhia nesta quinta-feira (11).
No quarto trimestre, a instituição teve lucro de R$ 3,199 bilhões - ajustada, a cifra chega a R$ 3,695 bilhões, queda de 20,1%, enquanto analistas projetavam R$ 3,512 bilhões, segundo consulta feita pela Bloomberg.
O resultado ajustado não considera itens extraordinários, que são as receitas e despesas não recorrentes.
O Banco do Brasil destacou que no quarto trimestre houve redução de 6,3% da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) ampliada, em relação ao trimestre anterior. No ano, a linha avançou 47,6%, impactada pelas provisões, que somaram R$ 8,1 bilhões.
Perdas por causa das provisões foram roteiro comum entre bancos ao longo de 2020. As instituições tiveram de reservar cifras bilionárias, esperando um aumento de calotes por causa da crise causada pela pandemia.
Até agora, o Itaú Unibanco já revelou uma queda de 34,6% do lucro em 2020, que somou R$ 18,536 bilhões, por causa das provisões. Bradesco registrou resultado de R$ 19,458 bilhões no período - recuo de 24,8%.
Leia Também
Carteira de crédito, rentabilidade e margem financeira
O Banco do Brasil informou ainda ter uma carteira de crédito ampliada de R$ 742,0 bilhões ao final de dezembro, em uma alta de 1,5% sobre os dados de setembro e em avanço de 9% na comparação anual.
Para pessoa física, a carteira cresceu 3% em relação a setembro, por conta do desempenho do crédito consignado, diz a empresa. Para pessoa jurídica o avanço foi de 3,1% e de 0,7% para o agronegócio.
A retabilidade sobre o patrimônio líquido chegou a 12,1%, afetada pelas provisões. A linha - importante para o setor financeiro, cujo desempenho do BB deixava a desejar sobre os pares privados - era de 12% ao final do trimestre anterior e de 17% em 2019.
A Margem Financeira Bruta (MFB) - razão entre lucro bruto e receita - totalizou R$ 14,2 bilhões no quarto trimestre, em um crescimento de 1,1% na comparação com os três meses anteriores. O resultado é explicado pelo aumento de 1,0% da receita com operações de crédito, disse a companhia.
Em 2020 a MFB totalizou R$ 56,7 bilhões, em uma alta anual de 5,1%, justificado pela queda de 30,1% das despesas de captação, parcialmente compensada pelas reduções de 7,3% da receita com operações de crédito e de 16,8% do resultado de tesouraria.
Projeções
O Banco do Brasil retomou a divulgação de projeções, que haviam sido retiradas por causa da incerteza com a pandemia. A instituição espera um lucro líquido ajustado entre R$ 16 bilhões e R$ 19 bilhões em 2021.
No critério ajustado, o lucro da instituição foi de R$ 13,884 bilhões no ano passado.
A carteira de crédito ampliada deve crescer entre 8% e 12%, diz o BB, que espera aumentar empréstimos no segmento de varejo em até 13%.
Já a receita de serviços deve avançar 1,5%, mas pode encolher 1,5%, projeta a empresa. O Banco do Brasil ainda prevê a mesma janela de variação para as despesas.
BB em mudança
O quarto trimestre do Banco do Brasil foi marcado pela gestão de um novo presidente, André Brandão, que assumiu a cadeira prometendo melhorar os indicadores de rentabilidade do banco.
No período, a instituição deu prosseguimento a um plano de reestruração organizacional que envolvia, entre outras medidas, a demissão incentivada de cerca de 5 mil funcionários.
A medida foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, alimentando os rumores de demissão de Brandão — e de uma ingerência política sobre o banco. Mas o executivo ficou no cargo.
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
