Após alta de 934% do lucro no 4º tri, Gerdau aumenta investimentos para 2021
Siderúrgica vê receita crescer 43% no fim do ano com o crescimento no volume de vendas e depreciação do real ante o dólar
A Gerdau (GGBR4) teve um 2020 para nunca mais esquecer, principalmente no quarto trimestre, quando o lucro líquido cresceu impressionantes 934% em relação ao mesmo período de 2019.
Diante das boas circunstâncias nos mercados interno e externo, a siderúrgica anunciou que vai investir mais que o planejado anteriormente. A previsão de desembolso em 2021 passou de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,5 bilhões.
“Uma vez que a capacidade de a companhia investir está diretamente relacionada à sua geração de fluxo de caixa livre, que tem tido um desempenho bastante favorável, a companhia aprovou uma revisão do seu plano de investimentos para o ano de 2021, substancialmente, realocando os desembolsos postergados no ano 2020 para o ano 2021”, diz trecho do comunicado.
A Gerdau fechou 2020 com um fluxo de caixa livre positivo de R$ 4,5 bilhões pelo segundo ano consecutivo.
Fechando (muito) bem 2020
O anúncio do aumento do montante de investimentos previstos para este ano ocorreu paralelamente à divulgação dos resultados do quarto trimestre.
A Gerdau fechou o período com um lucro líquido de R$ 1 bilhão, muito acima dos R$ 102,2 milhões registrados no mesmo período de 2019. Excluindo itens não recorrentes, o lucro da companhia fica ainda maior – R$ 1,2 bilhão, alta de 1.860%. Em 2020, o lucro líquido foi de R$ 2,4 bilhões, crescimento de 96%.
Leia Também
O resultado do quarto trimestre foi provocado por ganhos vindos em diferentes linhas do balanço. Olhando primeiro para a receita líquida, ela apresentou um crescimento de 43%, para R$ 13,6 bilhões.
A receita foi beneficiada pela combinação de aumento do volume de vendas, principalmente no mercado interno, e a depreciação de 31% do real ante o dólar nos últimos 12 meses, que teve efeito positivo na conversão das receitas vindas das operações na América do Norte.
A produção de aço bruto apresentou aumento de 14% em relação ao quarto trimestre de 2019, em razão da continuidade da retomada da demanda nos diferentes países em que a companhia atua. As vendas subiram 5%, com destaque para o mercado brasileiro e para a América do Norte.
Fora da linha de receita, um ponto que ajudou a impulsionar o lucro líquido foi a linha de “outras receitas operacionais”, que praticamente triplicou, para R$ 965,3 milhões.
A Gerdau também obteve um desempenho positivo no resultado da equivalência patrimonial, método contábil de avaliação de participação em outras empresas. A companhia registrou um ganho de R$ 74,6 milhões, revertendo saldo negativo do quarto trimestre de 2019.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 14%, para R$ 3,2 bilhões. Após ajustes, o Ebitda soma R$ 3 bilhões, alta de 169%, com a margem ajustada subindo de 11,9% para 22,4%. Esse foi o melhor resultado para um quarto trimestre em toda a história da Gerdau.
Alavancagem financeira
A Gerdau fechou 2020 com uma dívida líquida de R$ 9,8 bilhões, abaixo dos R$ 12,3 bilhões registrados em 30 de setembro, mas um pouco acima dos R$ 9,7 bilhões apurados em 2019.
A alavancagem financeira, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, alcançou 1,25 vez, abaixo das 2,07 vezes em 30 de setembro e da 1,67 vez de 2019.
O fluxo de caixa livre do quarto trimestre foi positivo em R$ 2,4 bilhões e reflete, de acordo com a Gerdau, a combinação de um Ebitda superior ao apresentado no trimestre anterior e uma redução do capital de giro.
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
