2 motivos para o Magazine Luiza (MGLU3) estar caindo 50% na Bolsa em 2021 – e um para as ações da empresa voltarem a subir
Múltiplos de venda da varejista podem crescer após aquisições – e isso pode impulsionar ações; confira os números e entenda
Após uma alta de 105% em 2020 e uma valorização acumulada de 2.400% na última década, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) amargam uma queda de 50% neste ano. As rivais Via (VIIA3) e Americanas (AMER3), por sua vez, também estão sendo duramente penalizadas, com quedas de 40% e 53%, respectivamente, em 2021.
"Esse movimento está relacionado à alta dos juros, porque, se a gente pegar o sortimento do Magazine Luiza, a maior parte é composta por eletrodomésticos e móveis, e isso depende muito de crédito", explica a analista Larissa Quaresma em seu quadro "A Bolsa como ela é", no YouTube do Seu Dinheiro (acesse aqui).
"A maioria das pessoas compra parcelado no cartão ou no crediário, então quando os juros sobem a demanda por esses produtos cai e, assim, o investidor tende a penalizar a MGLU3", completa.
Mas não é só isso que contribui para a queda das ações do Magalu...
O segundo motivo é a inflação em toda a cadeia de suprimentos da empresa. O aumento do dólar, do petróleo e do aço, por exemplo, faz muitos eletrodomésticos e móveis comprados pelo Magazine Luiza encarecerem. "Por essa razão, ela está tendo dificuldade em repassar o aumento de preço para o consumidor final. Isso está prejudicando um pouco as margens da companhia", afirma Larissa Quaresma.
Antes de continuar abaixo para entender por que as ações do Magalu estão baratas na visão de players do mercado, você pode conferir também uma análise de mercado que nós fizemos no nosso Instagram sobre a concorrente Via (antiga Via Varejo).
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Apesar de o cenário macroeconômico não ajudar a varejista, alguns players do mercado avaliam que a ação está barata como há muito tempo não esteve. "A varejista continua sendo a melhor dentro do segmento de varejo e tem tudo para aproveitar os últimos dois meses do ano, que costumam ter vendas muito fortes, para mostrar ao mercado que continua acima das rivais", diz o analista de ações e opções Ruy Hungria.
O economista e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, destaca em relatório da sua série Palavra do Estrategista que "as dificuldades macroeconômicas forçarão as companhias a espremer suas margens brutas (briga por preço) e ampliar as despesas de marketing".
Dado o poder de marca de Magalu e Mercado Livre (MELI34), a equipe de análise de Miranda espera resultados mais sólidos da companhia daqui em diante, sem um comprometimento exagerado de seus caixas, o que será importante para começar 2022.
Além disso, o múltiplo de venda projetado para o Magalu para os próximos 12 meses é de 2,3 vezes. E, embora esteja abaixo do Mercado Livre (9,6x), pode ser um fator positivo para o futuro das ações.
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"Entre Americanas, Via e Magalu, as operações da última parecem mais à frente após as boas aquisições e a entrada em novos segmentos (delivery, moda, conteúdo, etc)", afirma Miranda.
"Isso justificaria múltiplos de vendas maiores do médio ao longo prazo e, se os investidores aceitarem pagar múltiplos como o atual daqui a dois anos, o preço das ações poderá estar associado ao crescimento da empresa, que deve ficar na casa dos 25% ao ano", avalia.
É importante destacar, porém, que há riscos, como qualquer outro investimento. Uma piora na inflação, aumento dos juros, questões regulamentares, possíveis ruídos internos da companhia, volta das restrições devido à covid-19 e outros fatores podem jogar a cotação do papel para baixo.
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Balanço está vindo aí...
O balanço do 3º trimestre de 2021 do Magazine Luiza será divulgado na quinta-feira (11), após o fechamento do mercado (esta reportagem será atualizada)., mas fato é que a varejista surpreende os investidores a cada balanço.
No 2º trimestre deste ano, o império de Luiza Trajano teve lucro líquido de R$ 95,5 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 64,5 milhões do mesmo período do ano passado. As vendas totais da companhia, por sua vez, cresceram 60% no segundo trimestre, atingindo R$ 13,7 bilhões, em um reflexo da alta de 46% do e-commerce e avanço de 111,6% das lojas físicas.
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