Queda da lira turca pode ser um mau sinal para o Brasil; entenda o porquê
O risco dos países emergentes pode desagradar grandes investidores estrangeiros e chegar até o Brasil

O que os turcos e brasileiros têm em comum? Pode não parecer para nós, mas para o investidor estrangeiro as distinções são bem poucas, pelo menos em termos de investimento, por mais que os dois países estejam a 10,7 mil quilômetros de distância.
Brasil e Turquia, junto com outros países como África do Sul. México e Rússia, são empacotados dentro do chamado grupo dos emergentes, economias que não apresentam um nível de desenvolvimento alto, mas que tem potencial de crescimento elevado.
Por mais diferentes que possam ser, são vistos como mercados com potencial de alto retorno financeiro, mas cujos riscos são considerados bem elevados.
Quando olham para o mundo em busca de oportunidades, os investidores estrangeiros muitas vezes acabam olhando os emergentes como um bloco, e não como países individuais.
Então quando ocorre alguma coisa ruim em um, os outros acabam sentindo. E hoje devemos sentir as consequências de eventos que nada têm a ver conosco, mas justamente com a Turquia.
Problema turco
A lira turca recuou perto dos 17% ante o dólar na abertura do mercado local, reagindo à notícia de que o presidente do Banco Central foi removido pelo presidente do país, Recep Tayyip Erdogan. O ato foi comunicado no sábado (20) e ocorreu dois dias após uma alta dos juros no país acima do esperado por analistas.
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O dólar operava próximo às 8,40 liras, e há um debate sobre a possibilidade de o movimento atingir outros mercados emergentes, incluindo o Brasil.
O economista-chefe do Instituto de Finanças Internacional (IIF, na sigla em inglês), Robin Brooks, afirmou que algo semelhante ocorreu em 2018, quando a Turquia "era vista como idiossincrática, mas tivemos muito contágio". Segundo ele, os sinais iniciais são semelhantes hoje.
Segundo ele, "o Brasil está sendo citado nos mercados como o mais vulnerável, já que o Banco Central também subiu (juros) esta semana".
Vendo o que aconteceu na Turquia, os estrangeiros temem que um movimento semelhante possa ocorrer por aqui, por mais que o presidente Jair Bolsonaro tenha sancionado, em fevereiro, uma lei garantindo a autonomia do BC, afastando a possibilidade de interferência política.
Atitudes de Bolsonaro como a interferência no comando da Petrobras não ajudam na percepção dos investidores internacionais.
A alta dos Treasuries dos Estados Unidos tem atuado como mais um fator para afastar investidores de ativos de maior risco, como a bolsa e países emergentes.
Motivação
O movimento na Turquia veio após um aumento de 200 pontos-base na mais recente decisão de política monetária do país, superior ao consenso de elevação em 1,00 ponto percentual (p.p.), e elevou as taxas de juros do país em 19%.
Erdogan destituiu o então presidente do Banco Central, Naci Agbal. Sahap Kavcioglu foi nomeado como o novo chefe da autoridade monetária local. Desde 2019, é a terceira vez que o titular do cargo é destituído por Erdogan.
Kavcioglu se apresenta nas redes sociais como deputado pelo Partido da Justiça de Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco), o mesmo do presidente Erdogan. Além disso, mantém uma coluna de economia no jornal Yeni Safak.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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