Depois de quase uma semana, o porta-contêineres Ever Given foi desencalhado do Canal de Suez, no Egito, uma das principais rotas de abastecimento do mundo.
Segundo a Leth Agencies, operadora do canal, a embarcação está sendo rebocada para um lago que fica no meio do canal para que possa seguir viagem por conta própria.
Mas o tráfego de navios deve demorar um pouco para ser normalizado. O trânsito segue paralisado desde o dia 24 de março, com um total de 367 navios aguardando autorização para atravessar o Canal de Suez.
Grande problema
A Ever Given é uma embarcação de 400 metros de comprimento e fechou a passagem, construída para conectar os mares Vermelho e Mediterrâneo.
O Canal de Suez é uma das rotas mais movimentadas do mundo, ao permitir a comunicação marítima entre a Europa e a Ásia sem a necessidade de realizar o contorno do continente africano. De acordo com a Lloyd's List, a estimativa é de que o valor diário dos contêineres que transitam pelo canal seja de US$ 9,5 bilhões (mais de R$ 53 bilhões).
Segundo a Autoridade Egípcia do Canal de Suez (SCA), o incidente foi causado por uma rajada de vento, fenômeno comum na região.
A situação provocou alta de mais de 6% no preço do petróleo no dia 24, diante dos temores de atraso nas entregas da commodity. Estima-se que 9% de todo o tráfego marítimo de petróleo e 8% de todo gás liquefeito do mundo seja feito pelo canal.
O navio porta-contêiner pertence a japonesa Shoei Kisen e é operado pelo conglomerado taiwanês Evergreen Group. A embarcação viajava da China para o porto de Rotterdam, na Holanda.