Ofertas de ações e títulos de renda fixa têm melhor 1º semestre da série histórica, com captação de R$ 253 bilhões
Volume captado em IPOs e follow-ons de ações também bateu recorde para o período analisado, chegando ao valor de R$ 68 bilhões
A recuperação do mercado de capitais apresentada no primeiro semestre deste ano foi marcada por volumes recordes de captação com ofertas de ações, debêntures e outros títulos de renda fixa.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o volume captado com as ofertas de títulos e valores mobiliários totalizou R$ 253 bilhões, maior valor para um primeiro semestre da série histórica iniciada em 2011.
A cifra corresponde a quase 70% de tudo que foi captado no ano passado inteiro. Foram R$ 68 bilhões em ofertas de ações e R$ 185 bilhões em títulos de renda fixa (como debêntures) e híbridos (como fundos imobiliários) no mercado doméstico.
A captação de R$ 68 bilhões com ofertas públicas de ações, sejam IPOs (ofertas iniciais) ou follow-ons (ofertas subsequentes), também foi recorde para o período. No total, foram captados, até junho, R$ 35,7 bilhões em IPOs e R$ 32,3 bilhões em follow-ons.
Segundo a Anbima, atualmente há 29 ofertas de ações em análise, sendo 28 IPOs e um follow-on.
Mais da metade das ofertas de ações feitas no ano foram primárias, isto é, os recursos foram para o caixa das companhias, totalizando R$ 43,6 bilhões. Os demais R$ 24,3 bilhões foram referentes a ofertas secundárias, em que os recursos foram para os acionistas vendedores.
Leia Também
Os fundos de investimento foram, como nos dois anos anteriores, os que mais participaram das ofertas de ações, ficando com 46,4% do volume, seguidos dos investidores estrangeiros, com 34,8% do volume.
“Há um certo equilíbrio entre a participação de estrangeiros e de fundos locais nas ofertas de renda variável, o que é importante para o desenvolvimento do mercado”, disse José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima, em evento com jornalistas.
Pessoas físicas apresentaram crescimento de participação no volume ofertado em relação aos últimos anos, ficando com 8,5% das ofertas.

Debêntures
No mercado de debêntures, a captação também se mostrou forte: o volume captado no primeiro semestre de 2021, no valor de R$ 99,4 bilhões, correspondeu a 82% de todo o valor captado no ano passado.
Quase R$ 20 bilhões corresponderam às debêntures incentivadas, papéis utilizados para financiar projetos de infraestrutura e isentos de IR para as pessoas físicas.
As pessoas físicas, aliás, ainda participam pouco das ofertas, tendo representado apenas 4,6% dos participantes nas emissões de debêntures no primeiro semestre.
Os principais compradores foram os intermediários e demais participantes ligados às ofertas, com 45% do volume, seguidos dos fundos, com 34,7%.
Laloni, da Anbima, lembra, entretanto, que muitas vezes os intermediários adquirem debêntures na oferta para as revenderem no mercado secundário, frequentemente para pessoas físicas.
O mercado secundário de debêntures, por sinal, foi bastante bem no primeiro semestre, tendo movimentado R$ 102,3 bilhões. Se continuar neste ritmo, irá superar os anos anteriores. Em todo ano de 2019, esse mercado movimentou R$ 113,6 bilhões, e em 2020, R$ 177,6 bilhões.
Em relação a outros produtos de renda fixa e híbridos, o volume captado no primeiro semestre totalizou R$ 85,6 bilhões, sendo R$ 31,3 bilhões referentes a FIDC (fundos de direitos creditórios) e R$ 26,8 bilhões a emissões de cotas de fundos imobiliários.
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
