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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
Semana dura

Criptomoedas têm semana difícil e bitcoin vai abaixo dos US$ 50 mil pela primeira vez desde março

Todas as principais criptomoedas do mercado fecharão a semana no vermelho, algumas com queda de quase 30%

Renan Sousa
Renan Sousa
24 de abril de 2021
6:34 - atualizado às 17:42
Bitcoin Boxe Ring Soco
(Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock) - Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Soa o gongo. Para alguns, é uma salvação. Para outros, a frustração e o gostinho de "poderia ter ganhado". Não, não estamos falando de boxe, mas de investimentos. O fim do pregão pode ser um momento feliz para muita gente. "É o fim desse sofrimento", diriam, em um dia ruim.

Mas no mundo das criptomoedas, sempre que soa o gongo, o anúncio é do próximo round. E o próximo. E o próximo, sem pausa para água, descanso ou um gelo no já roxo olho. Em uns você ganha, em outros você perde, mas não pode parar de lutar.

Afinal, o mercado das criptomoedas fica aberto 24h todos os dias da semana. Não há espaço para nocaute. E depois da última semana, o investidor estava feliz de estar ganhando algumas. Mas hoje veio aquele matador cruzado no queixo.

O preço do bitcoin caiu abaixo dos US$ 50 mil pela primeira vez desde o início de março. Por volta das 5h, a principal criptomoeda do mercado viu seu valor cair para US$ 47.814,31, acumulando uma desvalorização de 22% em uma semana.

Esse movimento contaminou todo o mercado das criptomoedas, fazendo todas cinco as principais acumularem queda nos últimos sete dias, de acordo com o site Coin Market Cap.

Motivos

Tudo começou há duas semanas na província de Xinjiang, na China, quando uma mina de carvão, principal fonte de energia do país, explodiu e foi inundada. Isso paralisou a produção de energia elétrica, além de gerar um blackout temporário na região.

Mas a China é o principal polo de mineração de bitcoin do mundo, sendo responsável por uma parcela significativa da validação de blocos e inserção de novos bitcoins na rede. Para entender mais sobre o que é e como funciona a mineração de bitcoins, clique aqui.

Com isso, a rede ficou mais congestionada e, de acordo com especialistas do mercado, ela poderia ficar “menos segura” com a queda no número de mineradores. Isso acaba diminuindo o apetite de risco dos investidores, que vendem suas posições em criptomoeda.

Mais impostos

E não foi apenas isso. O anúncio de novos impostos sobre ganhos do presidente americano Joe Biden também tem sua parcela de culpa na queda de preço dos criptoativos.

“É claro que o bitcoin é mais sensível às ameaças de impostos sobre ganhos de capital do que a maioria das classes de 'ativos'. A ameaça de regulamentação, seja diretamente em mercados desenvolvidos ou indiretamente por meio do fisco, sempre foi o calcanhar de Aquiles da criptografia, na minha opinião ”, disse Jeffrey Halley, analista de mercado sênior da Oanda, em uma nota aos clientes, como foi mostrado pelo portal MarketWatch.

Assim, de acordo com o site Bybt.com, quase US$ 500 milhões em posições compradas em bitcoins foram liquidadas nas últimas horas devido à queda nos preços.

Boatos e fatos

De acordo com André Franco, especialista em criptomoedas da Empiricus, alguns boatos descolados da realidade sobre essa alta nos impostos chegaram ao mundo das criptomoedas. Sem comprovação, algumas postagens em redes sociais chegaram a afirmar que os novos impostos comeriam cerca de 80% do retorno das criptomoedas.

A informação, entretanto, não foi confirmada oficialmente pela Casa Branca ou pelo Tesouro americano até o fechamento desta matéria.

Outro boato que também rodou o mundo criptográfico foi de que a Binance estaria manipulando o mercado. Por meio de sua conta no twitter, o empresário e comerciante de criptomoedas, Willy Woo, comentou uma movimentação atípica do mercado.

Em sua conta no Twitter, ele afirma que, antes da queda, entraram cerca de 9 mil bitcoins na rede, mas 27 mil saíram após a queda de preços.

“Eu fico pensando: essa é a mesma baleia?”, comentou ele. “Baleia” é o nome dado a grandes investidores que possuem muitos bitcoins ou outras criptomoedas.

Como a rede de blockchain é aberta ao público, é possível saber qual endereço de conexão movimentou essa quantidade de bitcoins. Mesmo sendo suspeito, a movimentação também não foi confirmada como uma manipulação de mercado. Entretanto, a suspeita atingiu diretamente os investidores.

Além disso, após a Turquia proibir pagamentos em criptomoedas no país, o bitcoin também registrou uma dura queda. Todos esses eventos contribuem para o recuo no valor das criptomoedas e o aumento da desconfiança em todos os criptoativos de maneira geral.

Uma cai, todas caem

Na opinião do executivo da área de Investimentos do Mercado Bitcoin, Bruno Milanello, a queda nas demais criptomoedas se deve a uma visão limitada do mercado. “Se considerarmos que as criptos são uma classe de ativos, o comportamento tende a ser na mesma direção, mas com intensidades distintas em função do projeto de cada cripto, suas funcionalidades e adoção”, diz ele.

André Franco vai na mesma direção, e afirma que o investidor menos especializado enxerga as criptomoedas da mesma forma que o investidor estrangeiro vê a bolsa brasileira. “Acontece quando o número de mortos por covid aumenta ou alguma turbulência política acontece. O investidor que tem posições em bancos e Petrobras vende tudo que tem, quando, na verdade, o risco pode ser só em um ou em outro”, comenta.

Depois da tempestade…

Quando a maré de azar das criptomoedas irá acabar? É difícil dizer. Entretanto, Bruno Milanello afirma que os investidores em criptomoedas devem estar cientes de que oscilações na casa dos dois dígitos são comuns no mundo digital.

Mas uma movimentação de mineradores de bitcoin e investidores mais antigos (com contas de mais de três anos em investimentos em cripto) podem nos dar uma dica. 

Em 2017, houve um movimento parecido com agora, uma queda de 30% no preço do bitcoin. Nessa época, os mineradores compraram massivamente na baixa e venderam quando o valor da criptomoeda disparou meses depois. E o mesmo movimento foi visto por investidores posicionados em cripto na época.

Da mesma forma que, na semana passada, o bitcoin bateu recordes seguidos e atingiu os US$ 65 mil, é possível que essa retração dê um novo fôlego aos negócios. Não é possível dizer quando esse movimento de queda irá terminar, mas, de acordo com especialistas ouvidos pelo Market Watch, o bitcoin pode voltar a valer US$ 42 mil.

É válido lembrar também que isso não significa que o bitcoin ou outras criptomoedas voltarão aos mesmos patamares tão cedo. O investimento em criptoativos é considerado altamente arriscado, portanto é aconselhável que o investidor esteja seguro e ciente de todas as transações que fizer.

* Colaborou com está matéria Ricardo Da Ros, diretor da Binance

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