Ensaio para um mês normalmente difícil para os mercados
Em geral, o último mês completo do verão no hemisfério norte costuma ser complicado para o mercado. A expectativa segue sendo a temporada de resultados
Em geral, o último mês completo do verão no hemisfério norte costuma ser complicado para o mercado. A expectativa segue sendo a temporada de resultados, que a partir de hoje deverá apresentar em até 72 horas algo como 131 relatórios de empresas pertencentes ao S&P 500 (os lucros do segundo trimestre para as empresas do S&P 500 devem agora aumentar 89%, acima da expectativa de um mês atrás).
Por enquanto, os números têm vindo acima do esperado, o que ajuda a nos esquecermos da aceleração dos números da Covid-19 e de alguns relatórios econômicos abaixo do projetado. Bolsas abrem em alta na Europa, acompanhadas por bom humor em futuros americanos.
A ver...
Por favor, tudo menos populismo fiscal
A CPI da Covid retomará seus trabalhos nesta terça-feira (3), com o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula, que recebeu autorização do Ministério da Saúde para negociar 400 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. A questão é secundária na agenda, que deverá perseguir perspectivas fiscais sobre a verdade relativa ao Bolsa Família – ontem (2), fez preços sobre os ativos de risco o ruído já desmentido de um programa na casa dos R$ 400 (hoje, o benefício é de R$ 250).
Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), a Câmara votará urgência para o projeto de lei que trata de mudanças no Imposto de Renda, enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), participa de evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a reforma administrativa. Contudo, olhares atentos ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que participará às 9 horas de evento sobre precatórios – governo quer adiar precatórios (débitos maiores do que R$ 60 mil) em função do programa. Investidores acompanharão para verificar como o governo quer financiar o Bolsa Família.
- Quer saber como a Reforma Tributária mexe com seus investimentos? No vídeo abaixo te explicamos tudo; confira:
Temor fiscal até nos EUA
Só porque conversamos sobre isso aqui ontem, o Fed voltou a assustar em relação ao “tapering” (redução do nível de compra de ativos), com membros apontando para o aviso prévio do início do processo ainda no terceiro trimestre. Paralelamente, a volta do teto de gastos nos EUA pesou no fechamento em Wall Street, em uma semana marcada pela possível sequência do projeto de infraestrutura de Biden.
Leia Também
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Já não é segredo que os senadores republicanos e democratas chegaram a um acordo com funcionários da Casa Branca para desembolsar US$ 1,2 trilhão em oito anos para consertar as estradas e pontes do país, atualizar o transporte público e construir uma rede de carregadores de veículos elétricos. Apesar de estar bem distante do plano inicial de US$ 2,25 trilhões de Biden, os investidores estão bem entusiasmados.
Isso porque indica que os governos continuarão gastando rios de dinheiro para impulsionar o ressurgimento da economia, mesmo com os bancos centrais planejando quando retirar o apoio da era da crise. Os gastos com infraestrutura fortalecem uma perspectiva de crescimento econômico já muito forte, o que reforça a perspectiva de lucros corporativos e deve manter este mercado em alta bem além de 2021. O problema reside no financiamento do projeto. Como o Congresso planeja pagar pelo pacote?
Tremedeira asiática
Apresentado nesta terça-feira por lá, o Índice de Preços ao Consumidor em julho do Japão caiu para patamares deflacionários, apesar da alta dos preços do petróleo. O movimento chama atenção, até mesmo porque tais forças deflacionárias devem crescer ainda em 2021, quando a cesta de bens for ajustada para refletir melhor os padrões de gastos atuais – note que o indicador IPC ao redor do mundo ainda está defasado para os padrões de consumo atuais.
Enquanto isso, a China volta a preocupar o mercado (curto prazo) com regulação potencial, desta vez sobre o segmento de jogos virtuais (jogos de computador). Como a China tem menos transparência regulatória do que outros países, o medo da regulamentação adiciona um prêmio de risco, o que poderia acarretar repercussão no setor de tecnologia na Ásia.
Anote aí!
Lá fora, começamos o dia com os preços ao produtor da zona do euro para junho, que vieram abaixo do esperado, com alta de 1,4% na comparação de junho com o mês anterior, afetados pelos preços do petróleo. Nos EUA, destaque para os dados de pedidos de mercadorias, que podem ajudar a interpretar o setor automotivo e sua inflação recente.
Por fim, no Brasil, vale acompanhar a divulgação pelo IBGE da produção industrial de junho, enquanto também se verifica o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que apresentará seu resultado amanhã.
Muda o que na minha vida?
O número crescente de casos da variante delta (mais infecciosa) do coronavírus continuou a produzir surtos de volatilidade na semana passada. Os casos de Covid-19 nos EUA aumentaram 70% semana após semana e as mortes, 26%, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), enquanto o Dr. Anthony Fauci, principal conselheiro médico do presidente Joe Biden, disse que a variante delta é agora a cepa dominante em todo o mundo.
Apesar dessa tendência desanimadora, a maioria das evidências continua a sugerir que as vacinas são eficazes contra variantes emergentes e enfraqueceram a ligação entre infecções e mortes ou hospitalizações. Por exemplo, o CDC também observou que 97% das pessoas hospitalizadas com Covid-19 não foram vacinadas.
Com a redução das pressões sobre os sistemas de saúde, o risco de novos lockdowns em todo o país diminuiu. Acredita-se, por isso, que o retorno à normalização econômica seguirá acontecendo, dando suporte ao crescimento e às Bolsas. Justamente por isso, os investidores têm se concentrado principalmente no forte crescimento dos lucros e na política monetária.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
